quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Educar para quê?

Face à desorientação que se constitui (mais uma vez) como matriz do pensamento educativo, precisamos de voltar a perguntas básicas, mas absolutamente essenciais. E precisamos de recuperar respostas sábias, respostas que vão além da "narrativa", da "retórica" instituída que fecha a discussão. Precisamos (mais uma vez) de perguntar, por exemplo, educar para quê? 

Tão preocupado como eu com essa desorientação, alguém, que está a entrar no estudo da educação escolar, mandou-me um recorte do filme "Iris", sobre a vida e obra da escritora e, também, filósofa irlandesa Jean Iris Murdoch. 

"A educação não nos faz felizes. Nem a liberdade. Não ficamos felizes apenas por sermos livres, se o formos... ou porque tivemos uma educação, se a tivermos. 

Mas porque a educação pode ser o meio através do qual compreendemos que somos felizes. Abre-nos os ouvidos, os olhos. Diz-nos onde os prazeres se ocultam. 

Convence-nos de que existe apenas uma liberdade... verdadeiramente importante. A intelectual. 

E dá-nos a segurança, a confiança para podermos trilhar o caminho que a nossa mente educada nos oferece."

2 comentários:

Maria disse...

Vale muito a pena ver o filme todo, aborda temas muito interessantes e não apenas os relacionados com a educação.
Boa tarde.
🌿

Anónimo disse...

Os especialistas em educação, pelo menos em Portugal, conseguiram, pela via legislativa, retirar ao professor a liberdade de ensinar, argumentando sub-repticiamente que o verdadeiro sucesso educativo não se mede pelo grau de conhecimentos adquiridos pelos alunos, mas pelos diplomas passados a todos os que concluem a escolaridade obrigatória!
Estes grandes educadores das massas pobres destruíram a verdadeira educação. Agora dizem que a culpa é da Covid!

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