segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

DEIXAR VIVER E DEIXAR MORRER


Acabo de ler no "Observador", em notícia de hoje, este testemunho de João Gouveia, presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional de Medicina Intensiva : "Temos de escolher doentes a partir da próxima semana".

Assumam a vossa responsabilidade senhores  políticos vacinando rapidamente a população sem excepção para que só não seja, ao que se diz, a candidata à Presidência da República  Ana Gomes a estar vacinada por  ter mandado vir a sua vacina de França sem ser no bico de uma cegonha! E o resto dos políticos (se é que ainda haja algum por vacinar?), quantos estão já vacinados? Entretanto, os pobres e deserdados vivem  numa espécie de tômbola à espera  de morrerem  por não estarem vacinados.

Com este título publiquei, aqui no "De Rerum Natura",o meu post que ora republico com o título supracitado (09/11/2020):

"A consciência é a memória inserida no tempo" (Fernando Pessoa).

Extraordinário testemunho do médico Dr. Manuel Damas (09/11/2020) que confronta a consciência cívica, o desempenho profissional e a ética médica da sua profissão com a decisão do Governo Socialista em poder vir tirar a vida a doentes em cuidados intensivos de tratamento ao corona vírus, pouco tempos depois deter sido rejeitada a eutanásia em Portugal!

Suponhamos, por exemplo, o critério de idade desta medida em que, por exemplo, doentes com 65 anos ou mais de idade ,“in extremis”, poderão ser desligados da máquina que os mantém com vida, apesar de “em todas as lágrimas haver uma esperança” (Simon Beauvoir).

Suponhamos, ainda, estarem dois doentes nesta situação: um com 65 anos de idade feitos na véspera da tomada da decisão que tem uma vida de doação de mérito à sociedade e outro com 64 anos com várias penas de prisão por crimes hediondos cometidos. Qual deles deveria ser sacrificado?

Suponhamos, finalmente, que no dia fatídico dessa decisão, posta em mãos médicas, que fizeram o juramento de Hipócrates, um dos doentes tem 65 anos de idade feitos nesse dia e o outro que cumprirá o requisito que o salvará no dia seguinte, a qual deles deveria ser aplicada essa medida que só pode ser gerada em cabeças sem vestígios de consciência de um governo que cumpriria esta norma com a consciência tranquila de um alibi que salvaguardasse a sua inoperância em agir com o à-vontade dos doentes serem títeres de governantes que possam tomar medidas destas com a esperança do beneplácito de portugueses quais ferrenhos adeptos de clubes de futebol que neles continuariam a votar, quer sejam bem ou mal geridos.

A confissão de António Costa, na televisão, de ter havido erros, por parte do Governo a que preside, no combate ao corona vírus não pode deixar morrer solteira a sua culpa e muito menos isentar os governantes das mortes, entretanto, havidas.

E isto já para não falar na manutenção da ministra e directora-geral da Saúde numa evidente manifestação de não estarem à altura da ocasião gerada pelo pandemónio do corona vírus. Pertenci ao número de pessoas a pedir inicial e publicamente as respectivas demissões num país em que as vozes dos cidadãos não chegam ao céu de quem nos governa.

Assim vai um país, sem rumo e sem destino, que passou do punho cerrado sinistro a punho dextro e desmaiou para rosa o vermelho do símbolo dos países comunistas. É, portanto, hora de tomar medidas sérias pensadas e moralizadoras numa altura em que estão à porta as eleições presidenciais e as eleições autárquicas estão perto! Saibam os seus votantes reflectir na hora de votar não tornando o voto num determinado partido num hábito difícil de deixar como fumar, ainda que sabendo o mal que faz à saúde! Em evocação do título de um filme norte-americano: “Este país não é para velhos!

"Post scriptum”: Já chega a ADSE ter retirado a familiares de beneficiários seus o respectivo usufruto não permitindo acumular com reformas de miséria. Algumas não chegam, apesar de para elas, terem sido feitos ou não descontos, isto é, tratando igualmente duas situações diferentes, a metade do salário mínimo nacional.

Sem comentários:

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