Uma visão cinematográfica espanhola (realizador Mateo Gil) que mistura física e o amor:
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5 comentários:
"As mais belas palhas têm a tinta fanada debaixo dos ferrolhos." - manifeste surréaliste
Quando não consegues o que queres, invoca Hermes. O que está por cima não é o que está por baixo e o que está por baixo, não é, com toda a certeza.
O amor divide-se em amor físico e amor platónico. O amor físico é mais sensual e o amor platónico é mais ideal.
O amor platónico, se não se inscrever num enquadramento de lucidez (impossibilidade real de o tornar concreto/físico), é qualquer coisa de psicótico. Diz a Psicologia (Jean Bergeret) que a melancolia corresponde a uma “falha do Eu e a uma falha do Ideal de Si”. Sentimento de que o objeto está perdido com ameaça de fragmentação do ego e simples depressão consecutiva. Recusa da realidade e introjeção arcaica de tipo devorador.
Convém o amor não ser platónico.
Mas, amar a Deus não é amor platónico elevado à quinta-essência?
Para Vossa Excelência, as pessoas religiosas são todas, necessariamente, psicóticas ou doidas varridas?
Quem é Deus?
“Deus” só faz sentido enquanto “Homem” e como filosofia de vida de ajuda ao próximo e, nesta perspetiva, o amor a Deus (seja Deus o Homem que for) não é platónico porque assume a forma humana nas suas dinâmicas de misericórdia e bondade. Quando esse amor é platónico, Deus não É (porque o amor não estabelece ligação entre o sagrado e o profano). Desconexão do real, afundamento do conceito.
Ou então somos ateus de ideais divinos e aceitamos o “Homem” como búzio-bicho sem estado de mar.
Seja como for, o vazio sopra o ar de encher o balão que parece vivo na sua expressão de contínuo esvaziamento...
A quinta-essência não sei o que é. O espiritual tem forma. Reveste-se de imagens, sons e palavras. É sustentado por espaços e tempos. Existe porque nós o pensamos.
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