sábado, 9 de fevereiro de 2013

Seeing and Believing

What sets scientists apart is their rigorous observation of natural phenomena, allowing patterns to emerge that can be expressed in abstract formulae, which, in turn, can be applied to produce identical results any time they are reapplied in identical conditions. To "do science" means to subscribe to a mindset that distinguishes scrupulously between immanence and transcendence, between the natural and the supernatural, between what is in the world as a verifiable phenomenon and what is merely felt.

http://www.weeklystandard.com/articles/seeing-and-believing_699187.html?nopager=1

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2 comentários:

joão viegas disse...

Ola,

Peço desculpa por incomodar os leitores, mas vou dar a minha opinião sobre o texto, em oito pontos.

1. Concordo com o texto.
2. O que diz o texto parece-me um bom ponto de partida para procurar reflectir sobre a diferença entre filosofia e ciência.
3. Uma visão muito comum vê no aparecimento da filosofia um fascínio pela observação “científica” dos fenómenos naturais no sentido definido no texto e, pessoalmente, não tenho a menor dúvida de que uma boa parte da filosofia se identifique com o propósito de conhecer cientificamente a natureza das coisas adoptando a atitude descrita. Para não ir mais longe, Aristóteles, quando estuda a alma, diz que vai proceder “como um físico” (a palavra não tem para ele o mesmo significado do que para nós, mas caracteriza claramente a atitude que menciono).
4. Não obstante, a maior parte das grandes reflexões filosóficas não se contentam com essa atitude e são irresistivelmente atraídas para especulações num domínio onde não podem bastar-se com a atitude definida. Os filósofos, pelo menos maior parte daqueles que constituem a nossa tradição filosófica, não se limitam a especular sobre “filosofia natural”, especulam também sobre metafisica, o que os leva claramente a entrar no sobrenatural, ainda que proclamem fazê-lo com uma atitude “científica” e ainda que acreditem estar a fazer isso mesmo (atitude que, pessoalmente, atribuo a uma postura filosófica criticavel, laivada de “essencialismo”).
5. Também me parece certo que algumas correntes filosóficas – a mais conhecida sendo o positivismo – pretendem limitar a filosofia à filosofia natural. Não conheço bem as diversas correntes que se identificam com a “filosofia analítica” mas elas parecem-me situar-se nessa filiação “positivista”.
6. A meu ver – mas gostaria de conhecer outros pontos de vista – estas correntes esbarram necessariamente numa contradição fundamental : a sua incapacidade para dar conta de forma satisfatória dos princípios da própria ciência. Com efeito, se formos ao fundo da questão, verificamos que a fronteira descrita no texto “between immanence and transcendence, between the natural and the supernatural, between what is in the world as a verifiable phenomenon and what is merely felt” é completamente porosa. Um filósofo como L. Wittgenstein demonstrou-o muito bem. Mas poderíamos ver a mesma coisa em Russel e em tantos outros, de que aliás, tanto quanto percebo, a própria filosofia “analítica” parece reclamar-se.
7. Ou seja, de forma paradoxal, mas insofismável, as correntes que procuram cingir a filosofia à “filosofia natural”, ou seja a uma ciência e a uma reflexão sobre a ciência, falham precisamente porque se revelam incapazes de dar à própria ciência, que tanto as fascina, a resposta que a mesma ciência espera delas, para compreender os seus fundamentos e as suas limitações.
8. Quando eu disse acima que a minha opinião seria em oito pontos, procedi de maneira a priori, após uma experiência mental sobre as minhas representações subjectivas. Mas não me enganei, como poderão verificar a posteriori atravês uma experiência científica completamente objectiva : ora contem lá se não são oito pontos...

Boas

Francisco Domingues disse...

Creio que a Filosofia é uma ciência tanto quanto o é a Teologia, a Hermenêutica, o Cientismo (como corrente da filosofia positivista), etc., actividades do cérebro que procuram o segredo das coisas ou a sua interpretação, mas que não podem recorrer ao experimentalismo (causa-efeito) que é próprio da ciência, definindo-se como referente apenas ao que é palpável, natural, visível, mensurável. Ora isto - e aqui estou em desacordo com o artigo - nada tem a ver com o sobrenatural, a metafísica, a transcendência. E se a metafísica se pode definir simplistamente como "o que está para além da física", já o sobrenatural e o transcendente apelam, sem dúvida, para o divino, o Deus desconhecido ou, mais prosaicamente, o Deus inventado pelos criadores de religiões, dando-lhe uma morada - o Céu ou Paraíso! - e uma multitude de acompanhantes: anjos, santos e outras invenções, bizarras mas em que biliões acreditam... Sem qualquer fundamento credível, é claro!

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