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4 comentários:
Um grande "pontista" português do século XX foi Edgar Cardoso. Uma das pontes em construção, no vídeo, parece-me ser a ponte de S. João, por "detrás" da ponte D. Maria Pia, no Porto, se não me enganei.
Sobre o Douro, a ponte da Arrábida é também dele. Na altura, esta ponte tinha o maior arco em betão pré-esforçado do mundo. Li algures que, no dia da inauguração, vieram fotógrafos do estrangeiro para a ver cair e registar o facto. Mas ela ainda lá está, com a beleza de sempre.
Ao engenheiro Edgar Cardoso ouvi um dia, deslumbrado, que era possível fazer uma ponte com sacos de plástico cheios de água...
E, relativamente à ponte de S. João, parece que quando a primeira composição de comboios passou sobre ela estava ele no seu interior a observar os efeitos na estrutura. Ele fizera o cálculo do intervalo, em centímetros, de quanto o tabuleiro baixaria no ponto central quando o comboio fosse a meio. Li que o abaixamento ficou no ponto médio desse intervalo.
Era um homem duro de feitio, dizem. Mas um mestre que era maravilhoso ouvir.
A propósito do “lembre-se do princípio da alavanca” lembrei-me que hoje se dá muito pouca importância, no ensino básico, ao estudo das alavancas e ao conceito de momento de uma força, fundamentais para explicação científica das máquinas simples e de muitos factos do dia-a-dia, como, por exemplo, porque razão temos de fazer mais ou menos força para abrir ou fechar uma porta consoante estamos mais próximos ou distantes do eixo de rotação. Pela mesma razão, a ser verdade que estes assuntos não são estudados, os jovens podem terminar o ensino básico sem perceber o que levou Arquimedes a afirmar: “dêem-me um ponto fixo e eu moverei a terra”.
A ponte, têm-nos oferecido e diferenciado no "quê" ao longo do tempo?! Longo e estimado tempo e nem só, referencial e aprendizado que agragada da possibilidade o inventivo ou herança. Pois a experiência sustentável em superar obstáculos, é soma,cuja reflexão a nem só, expandir do caminho, ao "quê" da compreensão, por atestada funcionalidade fora a civilização, outrora. Então, outrora defenderam-na em enunciados e conhecimento, o significado, o empenho e que historicamente já tractara-se do ensejo tecnológico. Pois a matemática que defendera em outro tempo os pensadores, seja do fundamento, do alicerce e do material, fora engenharia que os números atendiam por encontro de variáveis e consistira da apreciação um refinamento filosófico. A ponte hoje, ou seja da actualidade, eis que celebra o facto! A capacidade em sendo resposta e que encerra, quão possível a competência, a inteligência de outrora. O intrínsico do conceito alternativo e humano.
Caro Fernando Caldeira
Se não estou em erro, o princípio da alavanca, como outros princípios, da física e não só, não merecem qualquer importância no ensino básico nem no ensino secundário. Pelo menos a avaliar pelo percurso escolar dos meus filhos. E se o Caro Fernando Caldeira insistir em citar afirmações como a de Arquimedes, ainda se arrisca a ser considerado um saudosista impenitente, que supõe possível a escola do passado (como se em cada tempo a escola não fosse necessariamente a do... presente histórico-social desse tempo). E o risco no seu caso é maior ainda, porquanto usa um português escorreito, como já não se usa, pelo menos por certos "pedagogos por conta própria" a quem não se conhece qualquer experiência na área ou ocupação relacionada (e não falo necessariamente de emprego...) ou habilitação própria que os torne credíveis. E que também não têm consciência das falhas, por vezes monstruosas, do que escrevinham. Ora, o mundo parece ser (cada vez mais) deles...
E como vai "malzinho", o mundo.
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