sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Apresentação do livro Membros Portugueses da Royal Society
Comunicado de imprensa da Agência Ciência Viva e da Academia das Ciências de Lisboa:
2012 traz-nos mais um dia em Fevereiro. O último dia do mês será uma oportunidade única para conhecer os 25 magníficos portugueses que entre 1668 e 1819 foram acolhidos na Royal Society de Londres.
A apresentação do livro Membros Portugueses da Royal Society, publicado pela Universidade de Coimbra com o apoio da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, com coordenação de Carlos Fiolhais, terá lugar na próxima quarta-feira, 29 de Fevereiro, às 18h00, na Academia das Ciências de Lisboa (R da Academia das Ciências, 19).
A obra reúne as biografias dos 12 cientistas e 13 diplomatas que pertenceram à mais prestigiada academia do Reino Unido, que é a mais antiga do mundo em funcionamento, além de imagens e documentos com a maior relevância histórica e científica.
Os 12 cientistas portugueses admitidos na Royal Society foram astrónomos, físicos e matemáticos, médicos, naturalistas e pedagogos que se notabilizaram em Portugal e no estrangeiro. Da mesma academia, fundada em 1660 por ordem do Rei Carlos II, marido de Catarina de Bragança, fizeram parte figuras como Isaac Newton, Charles Darwin e Albert Einstein, perfazendo mais de 70 laureados com o Prémio Nobel.
A Academia das Ciências de Lisboa foi criada a 24 de Dezembro de 1779 por dois sócios da Royal Society - o Duque de Lafões e o Abade Correia da Serra - cujas contribuições para a ciência e para a sociedade são valorizadas na obra.
Mais informações
Unidade de Comunicação e Imagem
Catarina Figueira: 96 156 09 26, Ciência VIva
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4 comentários:
Depois do colóquio organizado por ocasião do 350º aniversário da Royal Society, a apresentação do livro. Irei com certeza ler com muito interesse esta obra!
Presentemente não há de facto nenhum Fellow Português na Royal Society. Contudo, é interessante e importante referir que temos e/ou tivemos pelo menos 3 Research Fellows Portugueses na Royal Society (Royal Society University Research Fellow): o físico João Magueijo, o astrofísico Pedro G. Ferreira, e a astrobióloga Zita Martins.
Uma informação, igualmente interessante e importante, que retiro da biografia do Professor José Sebastião e Silva (elaborada pelo Professor António Andrade Guimarães);
"Em volumes publicados em 1966-1968 pela Academia de Ciências da U.R.S.S. sob o título "Progress in Mathematics" só figuram dois nomes portugueses, por contributos julgados de verdadeiro peso para a evolução de algum ou alguns sectores da Matemática no mundo, nas últimas décadas. Um é o de Sebastião e Silva; o outro é o de Almeida Costa.
Ao nome de Sebastião e Silva consagra aquela autorizada panorâmica russa várias páginas inteiras, no inventário das contribuições originais do mestre português para o avanço da Análise Funcional.
Honra singular para o nosso País, a autoria dessa obra criadora reputada relevante na perspectiva da evolução da Matemática do nosso século cria manifestos e iniludíveis obrigações de reconhecimento que a morte prematura exige se manifestem agora de modo nítido e imediato.
Uma das maneiras de corresponder a esse imperativo de consciência é a promoção, por iniciativa oficial, da edição nacional das Obras Completas do grande investigador.
Outra é atribuir desde já o seu nome ao Instituto de Física e Matemática, sonho de Sebastião e Silva, que melhor e mais exemplar patrono não poderia ter.
Por um lado, à luz da análise feita até aqui nas páginas do presente estudo, é cristalinamente claro que mais alto padrão de estatura científica e humana não poderia ser proposto ao entusiasmo dos nossos jovens cientistas como exemplo e paradigma."
Ex.mo Sr. Professor Carlos Fiolhais,
O Professor Sebastião e Silva, constitui uma das personalidades mais marcantes da história da ciência em Portugal.
Segundo o Professor da Universidade de Madrid, Doutor Pedro Abellana.
“Aquele que é considerado o maior matemático nascido na Península Ibérica em todos os tempos precisa de ser consagrado, não só em todo o mundo científico, mas principalmente em Portugal”
Não há ninguém que se tenha destacado tanto pelo valor científico do seu trabalho e tenha caído no esquecimento do seu País como o Professor Sebastião e Silva.
Eu penso que deve haver poucos Países no mundo a fazer aquilo que nós fazemos aos nossos cientistas. E porquê? Deixo esta reflexão.
Cordialmente,
Há no entanto, em termos de consagração de Professores e Cientistas no nosso País, uma única excepção, que é o Professor Rómulo de Carvalho.
Embora o Professor Rómulo de Carvalho não tenha sido um criador de ciência, como foi Sebastião e Silva; foi à semelhança deste, um brilhante Professor e divulgador de Ciência; ainda hoje é uma referência; a quem o País muito deve, e por isso, muito justamente consagrou.
Reconhecendo a importância da obra do Professor Rómulo de Carvalho para a formação dos jovens de hoje em Portugal, sinto o dever, e sou levado pelas mesmas razões, a invocar a consagração do Professor José Sebastião e Silva.
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