quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Partos em casa


Uma notícia triste, acerca de uma australiana de 36 anos, defensora dos partos em casa, que morreu a dar à luz a sua segunda filha.

Em 1960 morriam em Portugal 29 em cada mil recém nascidos e 18% dos partos eram realizados no hospital/maternidade. Em 2010 morreram menos de dois em cada mil recém nascidos e 99% dos partos ocorreram em ambiente hospitalar. O mesmo se aplica a mortes fetais e da mãe durante o parto (Dados PORDATA).

Quem quer ter partos em casa deve conhecer estes números e assumir as responsabilidades. Não se pode ter o melhor de dois mundos: o ambiente zen e a segurança acrescida que os meios de um hospital permitem. E o Estado não tem que pagar ambulâncias "plenamente equipadas" à porta de casa, com equipas médicas de prevenção, como alguns defendem.

15 comentários:

Anónimo disse...

Moral da história: O silêncio pode ser a defesa da vida.

José Mesquita disse...

Concordo plenamente. No entanto quero deixar duas impressões. A primeira é a de que existe um número demasiado grande de pessoas que não entendem o que estes números querem dizer, fundamentalmente, por iliteracia matemática... A segunda é a de que esta é uma moda pós-moderna, new age, que começa a grassar em elites, em princípio esclarecidas, que aceitam o princípio de um mundo mágico...

Francisco Domingues disse...

A notícia é tão triste como a ideia de partos em casa, nos tempos de modernidade que alguns povos vivem. Realmente, em casa, só os que não puderem ser em serviços hospitalares, o que, infelizmente, acontece com milhões de mulheres, por esse desgraçado mundo de miséria fora... E, depois, se não morrem à nascença, morrem a seguir de doenças e de fome. Veja-se sobretudo o que se passa em África e nos países dominados pelos muçulmanos...

António Bettencourt disse...

Peço desculpa mas não concordo com a seguinte frase:

"Quem quer ter partos em casa deve conhecer estes números e assumir as responsabilidades."

Penso que não, porque a criança que vai nascer não tem culpa da loucura dos pais. Pura e simplesmente, devia ser proibido ter filhos em casa. Tal só poderia acontecer por acidente ou fruto de condições específicas e nunca por opção.

Anónimo disse...

A criança que vai nascer que opinião terá?

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo. O mesmo se devia exigir para aqueles Pais que por opção resistem a vacinar os filhos, não sei se o conseguem, por ser obrigatório, creio, mas penso que sim, que à casos em que isso acontece.

Anónimo disse...

Ora aqui está uma ideia perigosa.
Qual é o problema de assumir a responsabilidade?
Por acaso as pessoas que optam por ter em casa estão contra alguém?
Talvez, se o ambiente hospitalar olhasse menos para os números e mais para as pessoas, talvez isto não se passasse. Certamente ninguém lamentará mais a tragédia do que as pessoas que tomaram a decisão.
Não vamos ser mais papistas do que o papa.

Anónimo disse...

A questão é outra.
De quem é a criança, dos pais ou do Estado?

Anónimo disse...

Não tem, nem é razoável fazer depender qq decisão, sobre este assunto, da sua possível opinião. Quem tem de tomar a decisão, e tem de ser responsabilizado pelas consequências, somos nós. E não me parece que, com a informação que hoje dispomos acerca de condições de higiene, saúde e segurança a garantir num parto, que haja qq dúvida razoável acerca da conveniência de que este seja assistido, sempre q possível, por profissionais de saúde.
Paula

João André disse...

Infelizmente a questão pouco tem a ver com ideologias ou conceitos "new age". Isso são roupagens propagandísticas. A verdade é que com a proliferação de sistemas de saúde baseados em seguros privados, as empresas de seguros fazem lobby a favor dos partos em casa porque estes lhes reduzem os custos. É política cada vez mais promovida na Holanda, por exemplo...

Anónimo disse...

Ai é? Não tem a ver com ideologias?

Pedro Lérias disse...

Esta texto é profundamente errado.

A tentativa de culpabilizar a mãe, a tentativa muito pouco científica de querer insinuar que a única variável para a redução da mortalidade de recém nascidos em 50 anos foi o facto de os partos passarem a ser no hospital. Enfim. O desconhecimento da causa da morte e se a mesma teria sido evitável num hospital. Má fé, pura e dura.

Nada do que aqui diz contribui uma virgula para um debate sério sobre os partos em casa, que acontecem no Reino Unido, na Holanda, sem aumento de mortalidade dos recém-nascidos nem das mães.

Mas querer usar a morte desta mulher para provar a superioridade intelectual... Usaria o caso desta senhora se a mesma tivesse tido o bebé num hospital e morressem os dois de infecção hospitalar multi-resistente?

Não me parece.

Não sei do que é que alguém é feito que face a uma tragédia destas tenta marcar pontos.

Anónimo disse...

Caro Lerias:
Apesar do seu nome o seu argumento é acertado.

Anónimo disse...

"culpabilizemos pois a mãe" perdão, não devemos incluir as mães vitimas violência doméstica, estas MÃES estão desculpadas, mas só estas.

Anónimo disse...

O problema das pessoas é pensarem que os hospitais são um mundo e que esse mundo é totalmente seguro. Está comprovado cientificamente que a maioria dos procedimentos hospitalares durante o parto são abusivos, desnecessários e muito deles são perigosos tanto para a mãe como para a criança por exemplo o uso da epidural ...

Em vez de estarem com essa crueldade fácil parente um conhecimento deste tipo, pesquisem sobre o assunto e vejam quantas mulheres portuguesas e quantas crianças morreram durante o parto por negligência médica.

(A Caroline não morreu em casa, morreu um dia depois no hospital)

UM TIPO DE CENSURA DE LIVROS AINDA SEM DESIGNAÇÃO

Não sabemos ao certo, mas podemos colocar a hipótese, muito plausível, de a censura da expressão humana, nas suas mais diversas concretizaçõ...