quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

À DESCOBERTA DA ARTE BARROCA


Informação recebida da Museu Sem Fronteiras (MWNF)

Depois de cinco anos de preparação, o Museu Virtual À Descoberta da Arte Barroca está on line desde 21 de Janeiro de 2010.

Oito países europeus, incluindo Portugal, participaram na criação deste segundo ciclo temático do Museu Virtual, implementado pelo Museu Sem Fronteiras, dando assim origem ao maior Museu Virtual de todo o mundo.

O Museu Virtual pode ser visitado através do portal MWNF ou directamente através de www.discoverbaroqueart.org .

Segundo os princípios orientadores do Museu Sem Fronteiras, que defendem a contextualização dos artefactos expostos e desvendam tesouros desconhecidos, trazendo-os para a ribalta, o Museu Virtual À Descoberta da Arte Barroca conjuga peças barrocas europeias, desconhecidas do grande público, com obras de arte universalmente conhecidas, relativas ao período compreendido entre o Concílio de Trento (1563) e o Congresso de Viena (1815).

A Colecção Permanente permite usufruir de artefactos provenientes de setenta e oito museus associados e de parceiros, tal como de monumentos e de sítios barrocos de oito países. A base de dados e respectivas funcionalidades (pesquisa simples e pesquisa avançada) foi concebida tendo em vista os interesses específicos de estudantes e visitantes em geral. As descrições estão acessíveis em inglês e, na maior parte dos casos, na língua de cada país parceiro. Aqueles que pretendem utilizar a informação disponível para preparar um circuito cultural, poderão encontrar os contactos actualizados de cada monumento e sítio. A secção dos Museus Parceiros do Museu Virtual permite-nos obter mais informação sobre os museus, as universidades e os organismos do património cultural que contribuíram para a realização desta colecção. O “Meu Museu” permite que os visitantes registados criem a sua própria colecção de artefactos e de monumentos.

Portugal participa no Museu Virtual À descoberta da Arte Barroca com 50 artefactos, oriundos de vinte e nove museus ou colecções, e 35 monumentos, ilustrados por oitocentas e cinquenta imagens. A Casa - Museu Anselmo Braamcamp Freire é o parceiro nacional, em cooperação com 63 entidades e 18 municípios envolvidos, distribuídos por todo o território, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Cristina Correia, coordenadora nacional e vice-presidente do Museu Sem Fronteiras, contou com a colaboração de 51 investigadores, historiadores e curadores das diferentes entidades para a redacção dos textos, bem como com a colaboração directa ou indirecta de cerca de 61 fotógrafos. A presença de Portugal no Museu Virtual foi assegurada pelos patrocínios do Turismo de Portugal e do Grupo Jerónimo Martins, bem como do Instituto Camões, da Contiforme, da Fundação Eugénio de Almeida, do Município de Alcobaça e da Escola Secundária Eça de Queirós de Lisboa.

O Museu Virtual À Descoberta da Arte Barroca foi financiado pelo Museu Sem Fronteiras e pelas instituições participantes, aproveitando a plataforma de Internet implementada pelo Museu Sem Fronteiras aquando da criação do primeiro ciclo temático do Museu Virtual MWNF , sobre arte islâmica. O acesso é completamente livre.

Fundado em 1994, em Viena de Áustria, por Eva Schubert, o Museu Sem Fronteiras (MWNF) ganharia dimensão internacional no ano seguinte, sendo hoje uma organização sem fins lucrativos com sede na capital belga, Bruxelas. Tem como missão revelar, difundir e promover o património artístico de uma região, de um povo ou de uma cultura, tornando-o acessível à generalidade dos vários públicos, nacionais e internacionais e permitindo o conhecimento de tesouros artísticos que, de outro modo, permaneceriam escondidos ou desconhecidos dos não-especialistas. As exposições que organiza, em formatos e suportes únicos e inovadores, complementadas com as obras que edita, escritas e ilustradas por reputados académicos e fotógrafos consagrados, condensam o ethos da organização, o de propiciar, em todos os casos, o contexto cultural e histórico envolvente e a perspectiva própria do país em causa.

Imagem: Foto da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra (Paulo Mendes).

1 comentário:

Anónimo disse...

FALAR BARROCO

O melhor do Barroco não se esgota
nas jóias e na talha dos altares
nem nas fachadas espectaculares
dos monumentos de expressão devota.

O génio do Barroco está também
nos musicais acordes que ressoam
pelas igrejas que o país povoam
e pelas cortes que o poder mantém.

Mas sobretudo onde ele mais fulgura,
onde ele atinge a máxima craveira
é desde logo na literatura.

Que pompa, que luxúria, que aparato,
que falta de modésti e de recato
na prosa burilada por Vieira!

JOÃO DE CASTRO NUNES

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