sábado, 5 de janeiro de 2008

Pulseiras «magnéticas», percepção extra sensorial e banhas da cobra



Há um ano, um físico e um médico uniram esforços e investigaram os supostos efeitos terapêuticos das inúmeras banhas da cobra - como palmilhas, braceletes e pulseiras magnéticas, colchões, almofadas e sei lá que mais - vendidas sob a etiqueta «curas magnéticas» para tudo e mais alguma coisa. O resultado foi um artigo indispensável na edição de Janeiro de 2007 da BMJ, British Medical Journal, intitulado «Magnet therapy: Extraordinary claims, but no proved benefits».

Na altura, o estudo de Leonard Finegold, da Universidade Drexel da Filadélfia, e Bruce Flamm, do Kaiser Permanente Medical Center, na Califórnia, que alertava para os riscos que correm os crédulos que alimentam este negócio multimilionário, provocou ondas de indignação nos charlatães do costume, que ululavam não terem os cientistas o «espírito» suficientemente aberto.

O artigo de Bruce Flamm na Skeptical Inquirer de Julho de 2006 sobre o tema é de leitura recomendada. Destaco o parágrafo em que o médico recorda o debate na BBC com uma «terapeuta» magnética e o que pensou quando foi informado sobre serem certificadas estas «terapias». Achei deliciosa e merecedora de pelo menos um prémio a designação da única entidade certificadora que o cientista considerava «The Intergalactic Association of Magnetic and Crystal Healers» (Associação Intergaláctica de Curandeiros por magnetos e cristais).

Ontem, a designação de Bruce Flamm foi relegada para segundo lugar na minha lista de designações fantásticas quando li a deliberação do juiz Frank Easterbrook no apelo do caso Federal Trade Commission, FTC, contra a QT, Inc., a companhia de Illinois que faz e comercializa a Q-Ray Ionized Bracelet (bracelete ionizada Q-Ray), anunciada como tendo, entre outras, propriedades milagrosas no alívio de qualquer tipo de dor.

A acção da FTC assentava num relatório de Novembro de 2002, em que foram divulgados testes clínicos conduzidos pela clínica Mayo que tinham concluído o óbvio, que tal como as demais banhas da cobra, estas tralhas fraudulentas não se distinguiam de vulgares placebos.

O Tribunal de apelo norte-americano concluiu que a campanha promocional da pulseira é uma fraude e condenou os réus a desembolsarem 16 milhões de dólares que serão distribuídos pela FTC entre os crédulos ludibriados.

Sobre a dita pulseira «ionizada», a Wired divulgou recentemente uma lista de «10 Great Snake-Oil Gadgets» em que a banha da cobra que se destacava em primeiro lugar era a Q-Ray, o análogo norte-americano das pulseiras magnéticas e afins que inundam igualmente o mercado nacional.

Vale a pena ler na íntegra a decisão do juíz [documento em formato pdf] ou pelo menos uma análise da mesma por Larry Moran, um dos autores do livro por onde estudei bioquímica.

O excerto que destronou a classificação de Flamm deveria ser considerado a partir de agora a definição clássica das alegações das patetices pseudo-científicas que adormecem a razão de demasiadas pessoas:

«Defendants might as well have said: ‘Beneficent creatures from the 17th Dimension use this bracelet as a beacon to locate people who need pain relief, and whisk them off to their homeworld every night to provide help in ways unknown to our science.’» (Os acusados poderiam perfeitamente ter dito: 'Criaturas beneficientes da 17.ª dimensão usam esta bracelete [substituir pela banha da cobra adequada, homeopatetices ou afins] como um sinal para localizar pessoas que precisam de alívio de dor, raptando-as para o seu mundo todas as noites para lhs providenciarem auxílio em formas desconhecidas da nossa ciência'».

Em causa estão as alegações extraordinárias com que eram publicitadas as ditas pulseiras, bugigangas de valor comercial irrelevante vendidas por «módicas» quantias que oscilam 100 e 350 dólares. O tempo do verbo tem a ver com o facto de que entretanto a QT, depois de ter perdido a acção de que agora perderam o apelo, para além de se ter deslocalizado para o Canadá, alterou o mumbo-jumbo pseudo-científico com que vendia a respectiva banha da cobra.

Como em muitas tretas irracionais New Age, convém dar um toque «oriental» à coisa, e assim os intrujões afirmavam originalmente que «A bracelete Q-RAY foi desenhada de forma a atingir muitos dos mesmos objectivos da acupunctura tradicional chinesa». Para isso, «a única bracelete ionizada do mundo» (uma ionização «espiritual» impossível de detectar no mundo físico), estabelecia o equilíbrio yin-yang ( que ficamos a saber serem iões positivos e negativos, respectivamente) de forma a «energizar todo o corpo e aliviar a dor promovendo o chi.

O chi é uma palavra que entrou indelevelmente no léxico das banhas da cobra New Age e que supostamente refere a energia cósmica ou uma patetice análoga. Em relação ao chi, os vendedores de banha da cobra acrescentam algumas inovações, nomeadamente pretendiam que «A velocidade do chi no corpo é igual à velocidade da luz, baseado na electricidade corporal», descoberta absolutamente inédita e inaudita (para além de absolutamente delirante...) .

As alegações de alívio de dor foram removidas da publicidade à Q-Ray depois de a QT ter perdido a acção em 2006, ou seja, depois de os seus advogados não terem conseguido convencer o juiz de que os testemunhos de clientes satisfeitos com o efeito placebo do produto significavam que as pretensões de alívio da dor, embora assentes no efeito placebo, eram válidas pelo menos para os pacientes mais auto-sugestionáveis. Como a palavra bio parece vender bem banhas da cobra sortidas, passaram a reinvidicar que a bracelete, feita de bio-metal, oferece «um método natural e efectivo» de aumentar a «bio-energia, vitalidade e sensação de bem-estar».

Não há dúvidas que o ano começa com boas notícias que, como refere o Paulo, indicam que cada vez mais membros das comunidades científica e judicial, norte-americanas pelo menos, começam a assumir as suas responsabilidades sociais no combate ao obscurantismo e charlatanices.

Para iniciar 2008 mesmo em beleza, temos ainda um artigo publicado na edição de Janeiro da revista «Journal of Cognitive Neuroscience» que arruma «psíquicos», ou antes «bruxos», sortidos. O artigo informa-nos que psicólogos da Universidade de Harvard desenvolveram um método para testar alegações de PES (percepção extra-sensorial) que é, nas palavras de um dos autores, «A melhor evidência à data contra a existência de PES».

A comunidade científica já deu o seu contributo, esperemos que se siga rapidamente a reacção judicial em relação aos inúmeros «clarividentes», «telepatas», «precognitivos» e demais bruxos que vendem sem quaisquer problemas as suas banhas da cobra «psíquicas». E esperemos que 2008 seja igualmente um ano de mudança de atitude das autoridades judiciais em relação a outras fraudes pseudo-científicas, homeopatetices, «curas» quânticas e afins, que infestam a modernidade!

59 comentários:

Anónimo disse...

Bom post. Obrigado por o ter escrito.

Embora no seu texto não tenha feito isso, queria apenas dizer que é perigoso deixar a avaliação do caracter centífico do que quer que seja para os tribunais porque um juiz em geral não tem a mínima capacidade (por deformação profissional) para fazer este tipo de avaliações.

Por fim, depois de ler os seus posts sobre muitas tretas pseudo-científicas com que me bombardeiam diariamente sugiro-lhe que não se limite a estes alvos fáceis (criacionismo, pulseiras/colchões/almofadas/palmilhas/... magnéticas) mas que se dedicasse também a muitos assuntos que por motivos puramente sociológicos são usualmente considerados ciência e cujo impacto na vida das pessoas é muito superior.

Assim uma lista de assuntos interessantes é:

- Benefícios da psicanálise (uma análise análoga a esta seria excelente). (Hoje em dia muita gente já a considera pseudo-ciência)

- Caracter científico da maioria dos diagnósticos feitos em psiquiatria nomeadamente as justificações com desequilíbrios de neurotransmissores que raramente são medidos e a inexistência de prova experimental para as ligações entre os mecanismos invocados e os sintomas. Isto é particularmente importante porque os psiquiatras podem na prática retirar os direitos mais básicos de cidadania a uma pessoa e analisar o que utilizam para justificar isso parece-me no mínimo relevante.

- Eficácia dos anti-depressivos versus placebo

Dada a sua formação deve estar habilitada para falar pelo menos dos dois últimos pontos.

Caso ache que algum destes pontos não merece um texto análogo gostaria de saber os motivos para tal.

Anónimo disse...

Julgo que não conseguirá erradicar as banhas da cobra sortidas que infestam a modernidade apelando às autoridades judiciais. Há outros caminhos mas compete-lhe a si descobri-los.

Alvorada disse...

Esta sanha legislativa que pretende regulamentar desde o galheteiro ao fumo, está bem encaminhada para passar igualmente a regulamentar as posições sexuais cientificamente mais orgásmicas e banir as restantes como fraudulentas.

Pacheco Pereira alertava há dias para as derivas fascizantes a que irremediávelmente conduzem as ciclicas paranóias securitárias.

Confesso que me assustam mais essas que quaisquer pulseiras ou outros placebos. E a adesão das comunidades ditas cientificas a estas derivas, porque apoiadas num crédito de função legitimo, preocupa-me em dobro.

A menos que a ideia seja arranjar emprego para candidatos a cientistas, pois numa sociedade onde a publicidade está em todo o lado, desmontar cientificamente as banhas de cobra associadas a tudo é tarefa inacabável !!!

Magnifico desbaratar de talento, este texto.

Cumprimentos,

Maria

Palmira F. da Silva disse...

Caro (c/s)éptico:

Sobre as neurociências não tenho dúvidas que de facto há desequilíbrios químicos que resultam em comportamentos "alterados". Basta pensarmos nos efeitos do álcool ou das drogas para reconhecermos também que se pode induzir quimicamente comportamentos "alterados".

Ou seja, em relação aos anti-depressivos não tenho quaisquer dúvidas (aliás, todos eles têm de passar por rigorosos e longos testes clínicos) de que não actuam via efeito placebo.

Mas o que está implicito no seu comentário, o poder da classe médica cá no nosso cantinho, já sai fora de uma análise estritamente química ou neuroquímica, pede mais uma análise sociológica...

Diria que é essa análise mais que o fundamento científico da psiquiatria, de que não tenho dúvidas - claro que como em tudo não se deve confundir a ciência com os seus praticantes - que importaria discutir.

De qualquer forma, «encomendei» à minha filha, que trabalha na área, um post sobre o tema.

Palmira F. da Silva disse...

Caros António Parente e alvorada:

Acho que não perceberam o texto, quiçá porque não o deixei bem explícito.

Não pretendo que seja proibida a venda de banha de cobra, nem foi o que aconteceu nos Estados Unidos, a QT pode comercializar as pulseiras à vontade. Não pode é dizer que é cura garantida para tudo e mais umas botas...

Nem eles nem ninguém deviam usar ... er... publicidade enganosa (na realidade descrições fraudulentas) dos produtos que vendem. Simplesmente isso.

Se quiserem publicitar as pulseiras como mágicas, abençoadas por duendes cor de rosa às pintinhas ou coisa no género, compra quem acredita em magia ou em duendes.

Acredito firmemente que todos têm direito às suas crenças, por mais estapafúrdias que sejam! Ninguém tem o direito de fazer afirmações fraudulentas (como ser a pulseira feita de metal «ionizado» quando, como é óbvio, não o é) nem pretender que cura todos os tipos de dores e mais as míriades de coisas que pretendiam.

Quem quer vender qualquer tipo de material terapêutico deve estar sujeito às mesmas regras que as farmacêuticas. Tão simples como isso.

Nem percebo porque dizer que quem vende patetadas New Age deve estar sujeito às mesmas regras do comum dos mortais é uma deriva fascizante...

Palmira F. da Silva disse...

O mesmo em relação ao criacionismo. É uma fraude grosseira o que fazem os criacionistas, querer passar por ciência o que não passa de religião sem resquícios de ciência a contaminar o que é fé pura e dura.

Pior, os criacionistas, em todos os países em que têm poder político, querem obrigar todos a engolir como ciência as suas crenças (injustificadas).

O mesmo em relação ao mediunismo e restantes patetadas. Por exemplo no Brasil, em Junho de 2006, uma mulher foi absolvida de assassínio contra todas as provas em contrário porque ...apresentou uma suposta carta psicografada (ditada do além), pela vitima do crime em julgamento!!!

Aparentemente a justiça brasileira reconhece as palermices sortidas do espiritismo e cartas psicografadas servem de prova nos tribunais brasileiros.

O primeiro caso ocorreu em 1979 quando cinco cartas psicografadas inocentaram um homem acusado de assassínio: «pela primeira vez em toda a história jurídica do mundo, um juiz de Direito apoia sua decisão em uma mensagem vinda do Além». (Diário da Noite de 10.09.79, pág. 13).

Andrew Black disse...

Espiritismo:
doutrina filosófica de consequências morais, estribada na Ciência;
fé raciocinada;
doutrina cristã não religiosa; movimento de voluntariado que visa o progresso moral da Humanidade e o seu bem-estar;
movimento que presta auxílio ao próximo, independentemente das suas opiniões religiosas, políticas, filosóficas ou outras; o Espiritismo é a favor do esclarecimento, da igualdade de direitos e deveres, da Democracia; o Espiritismo foi proibido em Portugal pela ditadura, também em Espanha, onde foram fuzilados espíritas pelo "crime" de servirem o povo gratuitamente, e em todas as ditaduras de um modo geral;
o Espiritismo não é proselitista;
o Espiritismo não ataca outras crenças, sejam elas quais forem;
o Espiritismo não tem fins lucrativos e todos os serviços prestados pelos espíritas são RIGOROSAMENTE gratuitos;
o Espiritismo respeita escrupulosamente a Ciência, fazendo ponto de honra em erradicar das suas crenças tudo o que a Ciência inequivocamente demontre estar errado;
militam nas fileiras espíritas, desde há 150 anos, mulheres e homens de Ciência de idoneidade inatacável;
cientistas espíritas e não espíritas têm desenvolvido estudos aprofundados em que transparece cada vez mais o que o Espiritismo defende:
- a fé religiosa é mais que folclore; o ser humano e o Universo são mais que aquilo que os nossos sentidos e instrumentos normalmente captam; a alma é imortal.

Em face do que expús, e num país democrático, não terá o Espiritismo direito a gozar de liberdade de opinião, e a não ser sistematicamente atacado e vilipendiado?

Mais: não terá quem ataca o Espiritismo a obrigação moral de saber do que fala, mesmo que apenas um pouco? Não se exigirá a quem ataca o Espiritismo que, pelo menos, leia as obras básicas desta filosofia, que visite uma associação espírita, que troque impressões com representantes do movimento espírita?

Será que quem escarnece da doutrina espírita, para além de não a conhecer, também está desobrigado de fundamentar as suas acusações?

Os religiosos radicais, temerosos de perderem a posição de "intermediários entre Deus e os homens", em que acreditam estar, são por natureza avessos à mensagem espírita, que é contra todas as formas de dependência. Curiosamente muitos ateus nutrem uma aversão semelhante.

Que cada um responda por si. Nós insistimos em não atacar ninguém, respeitando todos os modos de pensar.

Anónimo disse...

Cara Palmira

Se é só uma questão de publicidade então estamos de acordo. Faltará regulamentação.

Palmira F. da Silva disse...

Caro André:

Como disse, tem o direito às crenças mais estapafúrdias possíveis (classe em que incluo o espiritismo).

É uma fraude total dizer que é uma doutrina filosófica "estribada" na ciência. Não há nem cheiro de ciência nas charlatanices de Hippolite Léon Denizard Rivail aka Allan Kardec, nome assumido pelo fundador do espiritismo após o espírito Z o ter «informado» que esse era o seu nome no tempo dos druidas (gauleses).

Acredita nessas charlatanices, tudo bem, agora não nos encha as caixas de comentários com copy&paste de lixo espírita.

Comentários originais ficarão. Comentários como o que acabei de apagar (assim como aqueloutro que outro espírita debitou ad nauseam em dezenas de posts) serão apagados.

Se acha que algum dos leitores do DRN considerará útil saber porque razão aldrabices do Além devem ser consideradas provas em tribunal, deixe o link para o artigo (gigantesco) não o copie para aqui!

CPRT disse...

Caro André,

«Nós insistimos em não atacar ninguém, respeitando todos os modos de pensar.»

Mas é exactamente isto que você está a fazer, e que reprova.

Andrew Black disse...

Em primeiro lugar, permita-me que lhe sugira um pouco de boa educação e auto-controle.

Apagar um artigo que rebate as suas acusações injustas "porque é muito grande", é censura pura e simples.
Se a expressão da livre opinião e o explanar dos factos a deixam "nauseada", é problema seu e só seu. Lamento.

Continuo à espera que passe do insulto à objectividade, e rebata, ponto por ponto, as obras espíritas - que nunca leu, porque não as considera dignas da sua superior inteligência. Até lá, as suas considerações não são dignas de qualquer apreço, pois fala do que desconhece.

A favor dos pressupostos do Espiritismo abonam os estudo de cientistas reputados e isentos. Alguns são espíritas, a maioria nem por isso. Todos muito superiores a si, em todos os aspectos.

Se me permite mais uma sugestão, lembro-lhe que uma licenciatura não nos torna deuses. Um pouco menos de vaidade e arrogância não lhe ficavam nada mal.

Andrew Black disse...

Caro Pedro,

Este blog ataca constantemente a filosofia espírita, debitando sistematicamente apenas acusações infundadas, injustas e canalhas.
Defender a dignidade da doutrina espírita é atacar outras formas de pensar? Convidar as pessoas ao estudo para poderem atacar com fundamento é atacar outras formas de pensar?
Não sei que raciocínio é o seu, realmente...

Unknown disse...

Palmira:

Já tinha reparado que os espíritas invadiram o DRN. O post Homeopatetices - A Componente Mística ainda está cheio de lixo espírita e mais um monte deles.

Esta gente não se enxerga mesmo. Que acreditem nestas irracionalidades é lá com eles. Agora virem para aqui dizer que é ciência e racional...

Os mortos a mandarem mensagens do "além" é do mais racional e cientifico que existe LOLOLOL!!!

Andrew Black disse...

Para a D. Palmira:

fraude | s. f.
fraude
do Lat. fraude
s. f.,
dolo;
burla;
engano;
logro;
contrabando.

Como vê, frauda quem retira lucro de enganar o próximo. Poderá dizer que os espíritas deliram, mesmo sem saber NADA de Espiritismo. Está no seu direito. Já não tem direito é de acusar de fraudadores pessoas que estão ao serviço do próximo gratuitamente, sem esperarem favores ou destaques, e colhendo até "coices" como os seus, passe a expressão.

Unknown disse...

Diz o André:

Este blog ataca constantemente a filosofia espírita

falharam-se-me montes de posts pelos vistos, porque nunca vi por cá um único post para amostra das fraudes espíritas...

Se sabe tanto de espiritismo deve conhece as irmãs Fox, que começaram com a coisa.

Veja lá se reconhece:

"Encontro-me aqui, nesta noite, na qualidade de uma das fundadoras do Espiritismo, para denunciá-lo como fraude absoluta do princípio ao fim..."

Margareth Fox-Kane, Setembro de 1888 entrevista ao jornal New York Herald

Andrew Black disse...

Cara Rita,

Os espíritas não invadiram o DRN. Foi o DRN que debitou, desde os seus inícios, acusações e piadolas grosseiras sobre o Espiritismo. Pode comprová-lo se se der ao trabalho de pesquisar "De Rerum Natura Espiritismo".

Acho piada aos vossos processos, muito ao gosto das ditaduras comunistas: o que é contrário à nossa forma de pensar, é "lixo"! São "malucos" e vão para hospícios e campos de reeducação :)

No meio das suas piadolas: factos? Onde estão?

Já leu alguma coisa sobre Espiritismo? Acha que aquilo que o Espiritismo defende é ofensivo ou prejudica alguém?

O que defendemos é:

- a existência de Deus
- a imortalidade da alma
- a comunicabilidade entre planos
- a reencarnação
- a pluralidade de mundos habitados

NUNCA dissemos que somos uma ciência académica. O que dizemos é que estes princípios DEVEM ser submetidos ao crivo da Razão e da Ciência!

Isto ofende-a? Pelos vistos sim, e mais que as religiões, que afirmam o mesmo mas que não se abrem ao veredicto da ciência...

Entretanto, ria, ria... antes rindo que chorando, não é?

Andrew Black disse...

http://dererummundi.blogspot.com/2007/03/h-tesouros-no-quiosque-2.html

Aqui tem um exemplo, Rita.

Curiosamente, o autor deste post, Carlos Fiolhais, teve um post muito bom em que fala de religião e Ciência, e que foi comentado por um companheiro espírita.

Unknown disse...

André:

Assim de repente não me lembro de nada mais rídiculo, irracional e anti-científico que pretender que os mortos andam entretidos por aí a dar pancadinhas em mesas de pé de galo. Pode ser que haja, mas não me lembro :)

Veja lá se entende: este é um blog de divulgação científica. Espreite a edição de Janeiro da revista «Journal of Cognitive Neuroscience» que arruma «psíquicos», ou antes «bruxos», sortidos. O artigo informa-nos que psicólogos da Universidade de Harvard desenvolveram um método para testar alegações de PES (percepção extra-sensorial) que é, nas palavras de um dos autores, «A melhor evidência à data contra a existência de PES».

Acredite nas balelas irracionais e anti-científicas que quiser, não exija é que nós deixemos de chamar os bois pelos nomes: as balelas espíritas são fraudes! E fraudes tão rídiculas que só se pode ridicularizar mesmo.

Andrew Black disse...

Quanto a essa citação das Irmãs Fox, a Rita está a retirá-la do contexto. A história é longa, muito longa, e essa afirmação foi feita perante promessa do Bispo de Bostone posteriormente houve a retractação, na qual nunca se toca.

É de uma pontaria fabulosa, é sempre esse argumento o que é usado para desacreditar o Espiritismo.

Katie Fox nunca foi espírita. Professava uma religião Protestante. Além disso há uma confusão fundamental nestas coisas:

Nos Estados Unidos o movimento Spiritualism, dos spiritualists, tem como tradução europeia "Novo Espiritualismo".
O New Spiritualism norte-americano tem em comum com o Espiritismo a crença em Deus e na imortalidade da alma.

Os fenómenos de Hydesville foram investigados à exaustão, e concluiu-se sempre que eram verdadeiros. Permito-me crer que a alma é imortal, por muito que isso vos aborreça.

Resumindo: é nisso que se baseia para se rir de algo que não conhece? É pouco.

Quanto às suas citações, continuo a dizer: se acha balelas, é a sua opinião. Estude primeiro, discuta depois. Ou faz a mesma figura da outra senhora, que censura e insulta o que desconhece. Insultos não fazem prova.

Andrew Black disse...

Texto "AS CARTAS PSICOGRAFADAS E O MEIO JURÍDICO" disponível no link

http://br.geocities.com/fabiohpbr2001/nste.html

Andrew Black disse...

"Duvidar hoje do espírito não é mais uma questão de crer ou não crer nessas coisas. É simplesmente uma questão de você estar bem ou mal informado”.

citação de Clóvis Nunes no site de Transcomunicação Instrumental http://www.transcomunicacao.net/index.html

"O escandaloso é o silêncio, o desdém, até mesmo a censura exercida pela Ciência e pela Igreja a respeito da descoberta inconteste mais extraordinária de nosso tempo: o após vida existe e nós podemos nos comunicar com aqueles que chamamos de mortos".

Citação do Padre François Brune no site http://www.inbrapenet.com.br/neu/html/materia7.htm

Isto é apenas uma pincelada do que a Ciência sabe hoje sobre o tema da imortalidade da alma, considerado herético para alguns cientistas com uma epistemologia da Ciência discutível. A minha é a de Karl Popper.

Unknown disse...

Acho que os espíritas leêm todos pela mesma cartilha porque a converseta da treta deste André é decalcada a papel químico da converseta da treta de todos os espíritas.

Veja lá se enfia na cabeça: não há nada para estudar no espiritismo; o espiritismo é uma religião (especialmente cretina só a cientologia se compara em cretinice e nas origens.

Só por fé se acredita que os mortos andem por aí a dar pancadinhas em mesas e a guiar a mão de desinteressados espíritas para escritos psicografados directos ou indirectos.

Só a Federação Espírita Brasileira deve lucrar para cima de uma pipa de massa com os escritos "póstumos" de todos os escritores famosos em língua portuguesa.

O chato é que, como dizia Agripino Grieco, crítico literário, «A psicografia é a prova cabal de que a morte faz muito mal ao estilo de um autor». :)))))

CPRT disse...
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CPRT disse...

Caro André,

Atacar quem o ataca, nunca deixará de ser ataque alegando que se está a defender. Quer que eu AINDA seja mais específico?

Logo, por mais que não queira, cai num "raciocínio" contraditório e no ridículo, não devido a eu o referir, mas sim devido ao que escreveu.

Andrew Black disse...

Olá Pedro,
Definitivamente não estou à altura da sua filosofia. Rebater acusações rasteiras não é atacar ninguém, a meu ver, mas pelos vistos não tenho o seu alcance intelectual, que, suponho, me exigiria ficar caladinho. Pois seja, desculpe.

Rita,
Já entrou num centro espírita? Já leu as obras básicas do Espiritismo? Se já, indique onde estão os erros, que nós corrigimos. Se não, estude, visite, converse, esclareça-se. Terei todo o gosto em acompanhá-la e apresentar-lhe um centro espírita, pode assistir a todas as actividades.

A F.E.B. lucra com a venda dos livros - afirma a Rita! Está a ver o que são acusações infundadas? A F.E.B. e todas as federações e associações espíritas estão abertos a todas as auditorias de contas, quer oficiais, quer de particulares como a Rita que acham que os espíritas lucram com o Espiritismo. Quer fazê-lo? Estou à sua disposição. Os livros (até pelo preço se vê) são vendidos com 10% de margem de lucro. A minúscula margem de lucro destina-se a ajudar a menutenção das associações espíritas. É imoral? Não vejo como! Os espíritas servem o próximo gratuitamente. E não alardeiam a sua caridade. Há instituições espíritas de apoio aos carenciados, mas não é da nossa vocação fazer peditórios ou alardear. Quotizamo-nos e gastamos do nosso bolso.

Será que é tão acirrada também contra as religiões, ou o que é que a move contra o Espiritismo? Tem ofensas nossas?

Já que não liga à parte filosófica e moral, e apenas à parte científica, sugiro que pesquise nomes de cientistas como Ian Stevenson, Raymond Moody Jr., Hernâni Guimarães de Andrade, Charles Richet, David Fontana, Marlene Nobre, Sérgio Felipe de Oliveira, Júlio, Ney e Júlia Prieto Peres, Décio Landoli Jr., Brian Weiss (sim, esse mesmo), Edith Fiore, Karlis Ossis, Russel Targ, Sir William Crookes, Gabriel Dellane, Ernesto Bozzano, Gastoni de Boni, Joseph e Louise Banks-Rhine, Edwin May, Charles Tart, Mário Simões, Vítor Rodrigues, etc.. Uns são espíritas, outros não.

Dê uma vista de olhos no que há sobre Transcomunicação Instrumental, Experiências de Quase-Morte, Visões no Leito de Morte, Regressão de Memória, Casos Sugestivos de Reencarnação, Materializações de Espíritos, Mediunidadede Efeitos Físicos e Psíquicos, Casos ditos de poltergeist, etc..

Em Portugal há duas associações de médicos espíritas. Um destes médicos é aquilo que se chama uma sumidade, e faz cirurgias que durariam horas em apenas alguns minutos, mercê da sua apurada mediunidade. Sabia? Ou limita-se a repetir a cartilha anti-espírita, como essa do estilo dos autores?

Não entendo a razão de tanta acrimónia, palavra de honra...

Unknown disse...

André:

1- O Bill Gates tem uma fundação beneficiente com milhões de dólares para acções em áfrica, combate à SIDA, etc.. Se o Bill Gates daqui a uns anos se passar e começar para aí a dizer que é proíbido comer pevides porque o mundo foi criado por uma abóbora gigante vamos deixar de comer pevides porque a fundação dele faz trabalho bestial?

A Al-Qaeda também tem uma acção social muito importante em alguns países, assim como outros grupos terroristas como a Irmandade Islâmica, etc. - é assim que recrutam muitos...

Quer dizer que de repente os ataques terroristas deixarm de ser condenáveis por causa da acção social da Al Qaeda)

Estou-me nas tintas para o que fazem ou não fazem os espíritas, a verdade das suas crenças não se estabelece pelo dinheiro ue investem em auto-promoção via beneficiência...

2- Estou absolutamente farta de todos os que acreditam em palermices tipo espiristismo ou criacionismo sacarem do bolso os nomes de meia dúzia de "cientistas" que acreditam nas suas tretas.

Os cientistas são pessoas como as outras, uns passam-se, outros são pessoas execráveis, têm esgotamentos, gripes e precisaõ de paparoca como todos.

A ciência não saõ uns cientistas, o espritismo é uma treta irracional e anti-científica. Se há cientistas que por razões culturais ou outras acreditam nessa treta problema deles, mas aquilo em que eles acreditam não é ciência.

3- Não se apercebe do rídiculo que é num blog de divulgação científica sugerir nomes de palhaçadas como Transcomunicação Instrumental, Experiências de Quase-Morte, Visões no Leito de Morte, Regressão de Memória, Casos Sugestivos de Reencarnação, Materializações de Espíritos, Mediunidadede Efeitos Físicos e Psíquicos, Casos ditos de poltergeist???

Que tal juntar à lista, Casos sugestivos que a Terra é plana; Experiências mediúnicas conclusivas: a Lua é feita de Cheddar; Transcomunicação com unicórnios cor-de-rosa e coias do género? Pelos menos os títulos são mais credíveis :))))))))

CPRT disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CPRT disse...

Caro André,

«[...] pelos vistos não tenho o seu alcance intelectual»

E eu que julgava que o que tinha escrito era simples... Mas já que você mesmo diz que não está à altura; assim seja.

Andrew Black disse...

Rita,
"auto-promoção via beneficiência"? Essa é forte! Em primeiro lugar não há qualquer auto-promoção, como frisei. Se eu lhe quiser explicar um pouco do que é o Espiritismo, terei de falar da parte filosófica, da parte moral, da assistência aos desfavorecidos. Mas se o fizer, acusa-me de auto-promoção. Bolas! V. leu Kafka com fartura!

Quanto à sua troça, dois pontos:

1 - Troçar não é rebater. V. troça, mas apenas dá mostras do seu fanatismo, negando o que desconhece sem sequer analisar. Espírito científico, hein? :)

2 - Presumo que os cientistas ateus é que são cientistas "bonzinhos" :)

O que será mais engraçado nisto é que a Rita se calhar até professa alguma religião?.. Não me diga!


Pedro,
Não vim para aqui impingir Espiritismo. Este blogue está constantemente a atacar de forma ignóbil o Espiritismo. Limitei-me a defender, não ataquei as crenças ateístas dos bloguistas.
Mas quer chamar-me estúpido outra vez? Força, amigo! Se isso o faz feliz...

CPRT disse...

André,

Eu não o chamei estúpido, mas se você
quer que o chamem de estúpido, não vejo nenhum mal nisso... Até coincide
com o próprio pedido em si: «Mas quer chamar-me estúpido outra vez? Força, amigo!».

Andrew Black disse...

Ok, Pedro,
Teve a última palavra. Parabéns.
Entretanto, se quiser lançar alguma ideia, dizer alguma coisa de substancial, faça favor.
André

Fernando Martins disse...

Caro André:

Diz que:
"Não vim para aqui impingir Espiritismo. Este blogue está constantemente a atacar de forma ignóbil o Espiritismo. Limitei-me a defender, não ataquei as crenças ateístas dos bloguistas."

Houve várias tentativas de impingir o espiritismo, quando o que se criticou aqui foi a pseudo-ciência associada a ele em certos "órgãos de comunicação" e em certos eventos. Aqui ninguém tem atacado (pelo menos os responsáveis pelo Blog, pois que nos comentários há liberdade de opinião e de outras coisas...) a religião ou opinião - só tem havido um debate interessante sobre estes assuntos, participando neles ateus, agnósticos e crentes de diversas áreas. Sobre crenças ateístas, parece-me um exagero - há muitos crentes (eu sou católico) neste espaço.

Agora se pensa que consegue transformar em Ciência as suas crenças só por colocar aqui uns comentários, está muito enganado. A Ciência tem regras, não é por se invocar umas patacoadas quaisquer que qualquer coisa se torna científica...

Pedro disse...

André, e mostrares provas que fortaleçam as reivindicações do Espiritismo? É que não basta acreditar.

Pedro disse...

E já agora, esclareça a história das irmãs Fox. Então elas nao admitiram que tinham aldrabado?

RC disse...

Olá André!

Não ligues a estes gajos que eles andam todos armados em cientistas mas não percebem nada de espiritismo. Enfim, falam do que não sabem.
Eu sou uma mente aberta e gostaria muito de te ouvir falar mais da

1.Transcomunicação Instrumental
2.Experiências de Quase-Morte
3.Visões no Leito de Morte
4.Regressão de Memória
5.Casos Sugestivos de Reencarnação 6.Materializações de Espíritos 7.Mediunidade de Efeitos Físicos e Psíquicos
8.Casos ditos de poltergeist

Eu sei que isto é um diminuto comentródomo mas ainda assim arriscaria pedir-te que me aconselhasses umas boas leituras acerca destas coisas.
E depois falaste duns quantos cientistas que também são espíritas...fiquei agradavelmente surpreendido. Estes indivíduos aplicam mesmo o método científico para testar as tais hipóteses de que falas?
Espero não me estar a enganar mas quando falaste em:

- a existência de Deus
- a imortalidade da alma
- a comunicabilidade entre planos
- a reencarnação
- a pluralidade de mundos habitados

Estavas a referir-te a hipóteses...correcto? Quero dizer, parto do princípio que são só hipóteses uma vez que também disseste que "estes princípios DEVEM ser submetidos ao crivo da Razão e da Ciência!"
Se devem ser submetidos aos crivos (concordo com a palavra) significa que ainda não foram provados cientificamente.
Isto por acaso faz-me sentido porque assim de repente não estou a vislumbrar nenhuma experiência que me permita testar a existência de Deus. Talvez seja mais fácil testar a imortalidade da alma.

Mas para já parece-me que nem uma nem outra foram testadas. O que eu quero dizer com testar é mais ou menos isto:

Um gajo vai para o laboratório com um par de erlenmeyers, uns quantos tubos de ensaio e mais umas maquinetas e de repente percebe...DEUS EXISTE! Fónix e ainda por cima a imortalidade da alma também.
Queres ver que já tenho um paper na Nature?

Isto é importante porque depois em qualquer sítio do mundo há gajos que vão ler a Nature e vão dizer:

-Olha porreiro! Aquele gajo, o André que comentava habitualmente no DRN descobriu a existência de Deus.
-Olha lá...mas e vem aí o protocolo?
-Ya, ya..baza lá comprar os reagentes para experimentar também.

E assim em todo o mundo sempre que se obedecerem a determinadas condições vamos poder reproduzir estes fenómenos do tipo "imortalidade da alma" ou "existência de Deus".

Identifico-me contigo André...também defendo uma data de coisas e curtia defender essas "hipóteses" que propuseste. Mas eu normalmente só defendo aquilo em que acredito. E normalmente só acredito naquilo que é "cientificamente testado".

Basicamente é por isso que para já não acredito nem em Deus nem na imortalidade da alma.

Se acreditas em coisas que não estão provadas (algumas não podem ser provadas mas isso fica para uma outra vez), acreditas por uma questão de fé...

Eu acho que tu tens fé André. E isso faz de ti um ser humano lindo.
E facilmente manipulável também.

Eu sei que há um certo glamour associado à ciência. E se calhar foi por isso que debitaste aí uma lista enorme de cientistas defensores da causa espírita ou coisa que o valha.
Mas isto da ciência tem que se lhe diga. Isto pode dar para o torto e às vezes aquilo em que se acredita deixa de ser verdade. Chama-se "paradigm shift" e parece inofensivo mas é por causa destas merdas que eu já não acredito em nada. Só imagino o vazio. O vácuo lá fora. O nada, o infinito e a eternidade. E eu a ser comido pelos bichos...
Ai que eu não tenho estômago para isto...
Vou fumar uma ganza e ler mais uma passagem do Alan Kardec ;)

Andrew Black disse...

Em primeiro lugar esclareço que me permiti comentar neste espaço, não o artigo, mas declarações de Palmira Fernandes, que não perdeu mais uma oportunidade de atacar o Espiritismo da forma grosseira e desonesta como este é sempre aqui atacado neste site.
Basta subirem na lista dos comentários e verificarem.

O artigo que citei foi apagado por essa pessoa, que ameaçou também apagar todo "o lixo espírita" que há neste site. Como poderão verificar, todo esse "lixo" são apenas respostas aos ataques grotescos aqui desferidos.

Pús então o respectivo link, respeitando as indicações da administradora do blogue. Está lá em cima, e quem quiser pode ler.

Acrescentei isto:

«Espiritismo:
doutrina filosófica de consequências morais, estribada na Ciência;
fé raciocinada;
doutrina cristã não religiosa; movimento de voluntariado que visa o progresso moral da Humanidade e o seu bem-estar;
movimento que presta auxílio ao próximo, independentemente das suas opiniões religiosas, políticas, filosóficas ou outras; o Espiritismo é a favor do esclarecimento, da igualdade de direitos e deveres, da Democracia; o Espiritismo foi proibido em Portugal pela ditadura, também em Espanha, onde foram fuzilados espíritas pelo "crime" de servirem o povo gratuitamente, e em todas as ditaduras de um modo geral;
o Espiritismo não é proselitista;
o Espiritismo não ataca outras crenças, sejam elas quais forem;
o Espiritismo não tem fins lucrativos e todos os serviços prestados pelos espíritas são RIGOROSAMENTE gratuitos;
o Espiritismo respeita escrupulosamente a Ciência, fazendo ponto de honra em erradicar das suas crenças tudo o que a Ciência inequivocamente demontre estar errado;
militam nas fileiras espíritas, desde há 150 anos, mulheres e homens de Ciência de idoneidade inatacável;
cientistas espíritas e não espíritas têm desenvolvido estudos aprofundados em que transparece cada vez mais o que o Espiritismo defende:
- a fé religiosa é mais que folclore; o ser humano e o Universo são mais que aquilo que os nossos sentidos e instrumentos normalmente captam; a alma é imortal.

Em face do que expús, e num país democrático, não terá o Espiritismo direito a gozar de liberdade de opinião, e a não ser sistematicamente atacado e vilipendiado?

Mais: não terá quem ataca o Espiritismo a obrigação moral de saber do que fala, mesmo que apenas um pouco? Não se exigirá a quem ataca o Espiritismo que, pelo menos, leia as obras básicas desta filosofia, que visite uma associação espírita, que troque impressões com representantes do movimento espírita?

Será que quem escarnece da doutrina espírita, para além de não a conhecer, também está desobrigado de fundamentar as suas acusações?

Os religiosos radicais, temerosos de perderem a posição de "intermediários entre Deus e os homens", em que acreditam estar, são por natureza avessos à mensagem espírita, que é contra todas as formas de dependência. Curiosamente muitos ateus nutrem uma aversão semelhante.»

Andrew Black disse...

Provavelmente os autores das críticas, pedro, fernando e rcruz, passarão pelo que imediatamente acima escrevi como cão por vinha vindimada.

É o costume entre os detractores da doutrina espírita, e pode ser comprovado pela leitura das objecções aqui apresentadas, que são as mesmas, sempre as mesmas, sem qualquer cuidado por parte de quem as faz de ler, de se informar, antes de atacar.

Como tal, são objecções sem validade. O caso das irmãs Fox é paradigmático. Quem aqui vem (de novo!)perguntar sobre as irmãs Fox nem se deu ao trabalho de examinar o que acima escrevi:
As irmãs Fox nunca foram espíritas; professavam a religião Protestante, numa das suas variantes, mas foram involuntariamente responsáveis pelo "boom" do New Spiritualism, movimento filosófico muito popular no mundo anglo-saxónico.

Foram alvo de inquéritos brutais, em que foram despidas e amarradas a uma cama, dias seguidos, e as várias comissões concluiram que as pancadas continuavam a produzir-se.

Mais: as pancadas revelavam uma inteligência oculta, pois respondiam coerentemente a perguntas, pelo método "sim e não" e pelo alfabético.

Numa primeira fase, houve religiosos que se congratularam pela nova "telegrafia" com o mundo dos Espíritos. Mas depois os interesse mundanos falaram mais alto, e as Fox foram pressionadas. O Bispo de Boston ameaçou Katie de excomunhão e prometeu-lhe recompensas se ela negasse a veracidade dos fenómenos.

O que ela veio a fazer, para depois se retratar, convocando inclusivamente o público para um grande auditório, onde produziu fenómenos para que todos pudessem ver.

Há que ler História, colher seriamente informação, antes de nos aventurarmos a conslusões definitivas sobre o que desconhecemos. Não é por não crermos numa coisa que esta deixa de ser verdadeira:

No entanto, a Terra move-se - disse Galileu. É o papel de inquisidores que estão aqui a fazer os meus amigos.

Agora PERGUNTO:

Continuarei a responder ao que me perguntam? Se me calo, estou a fugir às perguntas. Se falo estou a fazer proselistismo e a "nausear" as pessoas. PRESO POR TER CÃO E PRESO POR NÃO TER.

Repito: Limito-me a responder a calúnias e a perguntas - por sinal bastante capciosas. Não terei esse direito? Serão os católicos e os ateus (sempre unidos contra o Espiritismo) os únicos a disporem do direito de livre opinião?

E não tardará muito, após esta resposta, aparece outro e lá virá de novo coma história das Fox :) A história das Fox é uma história do dia-a-dia. Por todo o mundo isto acontece constantemente. Por medo, por vergonha de serem tidos como loucos, por preconceito religioso, as pessoas calam.

Andrew Black disse...

Espero que o Fernando, que me acusou de proselitismo, já esteja esclarecido.

Mas acrescenta o Fernando:

«Agora se pensa que consegue transformar em Ciência as suas crenças só por colocar aqui uns comentários, está muito enganado. A Ciência tem regras, não é por se invocar umas patacoadas quaisquer que qualquer coisa se torna científica...».

Depois acusam-me de me repetir, mas esclareço mais uma vez que o Espiritismno é:

- UMA FILOSOFIA.

há muitos sistemas filosóficos que propõem uma explicação para as clássicas perguntas: "quem somos, de onde vimos, para onde vamos, há Deus", etc..

O Espiritismo é mais uma. Se tivesse saido da imaginação de um homem, talvez fosse louvado, como o são os sistemas que propõem que o Universo é fruto do acaso. Como se baseia em factos, a filosofia espírita é escorraçada.

Pergunto aos que me interrogam? Alguma vez leram O Livro dos Espíritos? Alguma vez leram alguma obra de filosofia espírita?

Se sim, objectem. Se não, leiam.

Tanto ódio a uma filosofia é que não entendo.

Andrew Black disse...

O Espiritismo é

- UMA FILOSOFIA DE CONSEQUÊNCIAS MORAIS.

O que o Espiritismo propõe, em termos morais, é a consequência lógica daquilo em que crê em termos filosóficos.

Se cremos que Deus existe, se cremos na evolução de todas as pessoas para o Bem supremo, se cremos, em suma, em tudo o que Jesus de Nazaré ensinou (e somos, por isso, e com muita honra, cristãos, e aceitamos a tradição judaico-cristã), o que propomos é a vivência do Evangelho de Jesus. Traduz-se isso da seguinte maneira: "amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos".

Foi o que Jesus ensinou, acrescentando "eis aqui toda a Lei e todos os profetas".

Será isto mau??? Em quê??? Convido os detractores a lerem O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno.

Já leram? Objectem.
Não leram? Leiam.

A não ser que haja quem pretenda voltar a lançar os cristãos às feras. Se for esse o caso, aceitaremos, como aceitaram os que foram martirizados nos coliseus pelo delito de opinião de serem convictamente cristãos.

Andrew Black disse...

Mas agora chega o ponto em que a porca torce o rabo:
É que o Espiritismo se afirma uma "ciência de observação" e "estribado na Ciência".

"ciência de observação" não significa ciência académica. Significa que os princípios básicos do Espiritismo foram estabelecidos não como um sistema especulativo, mas com base em observações, em factos. É a linguagem de meados do século XIX, que não vemos inconveniente em usar, fiéis ao princípio cristão de que é mais importante o espírito que vivifica, que a letra, que mata.

"Estribada na Ciência" não significa que temos provas científicas daquilo em que acreditamos.

Significa que o ESPIRITISMO É UMA CRENÇA, mas que, ao contrário das religiões, se vergará SEMPRE ao veredicto da Ciência.

Em vários pontos, obras de cientistas espíritas estão manifestamente erradas. Eles próprios exararam que isso irís acontecer, pois a Ciência evolui (Wiliam Crookes foi um deles. Outro é Gabriel Delanne. Também Darwin se enganou em alguns aspectos, e os cientistas de hoje serão corrigidos pelos de amanhã).

Isto é mau? Mas em quê, meu Deus?...

Quanto à parte experimental do Espiritismo, o que defendemos é que quem puser em prática os seus procedimentos, obterá os mesmos resultados.

Convido os detractores a lerem O Livro dos Médiuns e a objectarem. Se não leram, leiam, sff. As objecções serão bem-vindas, desde que sérias.

Nota:
O texto de Allan Kardec intitulado Curta Resposta aos Detractores do Espiritismo afirma claramente que o espiritismo é uma crença:
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-26.html

Andrew Black disse...

Pedem-me provas dos princípios espíritas:

- a existência de Deus
- a imortalidade da alma
- a comunicabilidade entre planos
- a reencarnação
- a pluralidade de mundos habitados

É estranho como não pedem provas aos niilistas de que o mundo é um caos medonho e sem sentido; ou aos católicos de que existe diabo, inferno, céu e purgatório, anjos tocadores de harpa, e uma divindade composta de Deus Pai/ Jeus Filho/e essa entidade etérea que será o Espírito-Santo.

Repetindo que o Espiritismo é uma CRENÇA, passo a responder:

- sobre Deus: é para um crente tão óbvio que Deus existe, como é para um não crente que Deus não existe.
Se não passa pela cabeça dos crentes obrigar os não crentes a crerem, ou ofendê-los por não crerem, porque será que os ateus se comprazem em ofender quem crê em Deus?

Homens de elevada craveira intelectaual, como Einstein, Newton, ou Edison, eram crentes em Deus. Será que estes sábios eram inteligentes em tudo e estúpidos nesse ponto? Será que só os sábios ateus estão com a razão?

Haverá sempre argumentos a favor e contra a existência de Deus. Aventam alguns que a questão é de tal forma transcendente, que é de bom-senso não insistir em discussões intermináveis. E eu concordo.

Andrew Black disse...

Em relação à pluralidade dos mundos habitados: crendo em Deus, consideramos que o Universo, imenso como é, não pode ter sido criado para deleite dos olhos dos habitantes do planeta Terra.

Provas? Não há. Cientistas ateus defendem que há outros planetas na nossa galáxia com condições para o ecodir da Vida. Isso não significa que os "marcianos" andem por aí à noite a desenhar símbolos nos campos de trigo!!!

Dos cinco princípios básicos do Espiritismo, este é o mais pacífico para os ateus, que até concordam. Mas não para os católicos - note-se que a I.C.A.R. só PERDOOU a heresia de Galileu em 1999. Perdoou-o, não admitiu estar errada! Palavras para quê?

Ressalvo que não tenho nada contra a Igreja Católica - esta observação era necessária ao que exponho.

Andrew Black disse...

Resta-nos então:

- a imortalidade da alma
- a comunicabilidade entre planos (ou mediunidade)
- a reencarnação

Não afirmamos que haja provas definitivas a este respeito, mas há trabalhos científicos que indicam que são realidades. Acima alguém dizia que eu citei cientistas espíritas. Não. Os cientistas que citei não são todos espíritas. Muitos eram detractores convictos, foram pesquisar e passaram a ser espíritas.

O Doutor Konstantin Korotkov não é espírita e afirma ter provado a imortalidade da alma. Outros cientistas, apesar de extensas pesquisas, não se cnsideram aptos a afirmá-lo. Outros estão plenamente convictos, e falta-lhes alento para enfrentarem as observações pela rama. Carl Gustav Jung, em escritos conhecidos postumamente, confirma-o, mas a sua obra conhecida em vida é abonatória da imortalidade da alma.

E se a alma é imortal... Deus existe! Daí o ódio ateu a estas pesquisas. Os ateus amaam a tanto a ideia do Nada após esta vida, que perdem as estribeiras com este tipo de pesquisas.

E negam. E riem. E alegam que não têm vagar para estudar tais patacoadas.

Ma negar, troçar e alegar superioridade, NÃO SÃO ARGUMENTOS VÁLIDOS.

Andrew Black disse...

Um cientista que posso citar entre muitos é Charles Richet. Prémio Nobel da Medicina, professor universitário, pesquisador de renome, não era espírita e concluiu que a imortalidade da alma é um facto.

Muitos dos seus estudos foram com Espíritos materializados. Alguém no seu perfeito juízo acreditará que é possível enganar durante anos um prémio Nobel da Medicina simulando materializações de Espíritos?

Na actualidade, outro cientista não espírita, o Doutor David Fontana, britânico, tem trabalhado na área das materializações. Na presença de testemunhas diversas, de ilusionistas famosos, com câmaras de infravermelhos e tudo oq ue a tecnologia hoje permite, Fontana tem conseguido resultados assinaláveis.

Objecções? Venham elas.

Andrew Black disse...

Os dois primeiros capítulos de O Livro dos Médiuns explanam muito bem o que são as objecções dos cépticos versus os factos:

http://www.espirito.org.br/portal/
codificacao/lm/index.html

É um texto com dois séculos, mas inteiramente actual. As objecções cépticas são as mesmas.

Os factos falam por si. As áreas de pesquisa que indiquei acima (há mais), estão disponíveis para quem se quiser dedicar a elas ou estudá-las. Todos os dias acontecem coisas que indiciam o que defendemos.

Pessoas como o Professor Charles Tart têm vindo a comprovar que o que as religiões do Oriente e do Ocidente afirmam desde há milénios, se baseia em factos.

Estará louco, o Professor Charles Tart? Curiosa loucura, que só ataca cientistas cujos estudos apontam na direcção da imortalidade (e portanto de Deus, e do cerne do que as religiões defendem). Mas se ele está louco, provem-no.

Sem ofensa, mas cientistas desta envergadura merecem-me mais atenção do que o amigo que dizia acima que ia "fumar uma ganza".

Andrew Black disse...

Ainda há pessoas que supõem que o Espiritismo consiste em umas pessoas sentadas à volta de uma mesa pé-de-galo a falarem com os mortos :)

Completamente errado. Não há mesas pé de galo no Espiritismo, nem pancadinhas. Os espíritas têm as actividades que terão os ateus, os católicos, os racionalistas cristãos, os budistas, etc.:

- estudam e debatem a sua filosofia;
- esforçam-se por vivenciar a sua crença nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, através da sua conduta;
- promovem palestras públicas de divulgação cultural, pois o Espiritismo é cultura;
- promovem pesquisa fenomenológica;
- promovem intercâmbio com o mundo espiritual para fins de desobssessão (o equivalente aos exorcismos católicos, mas sem a presença do obsidiado, sem rituais e sem aquele envolvimento tétrico);
- promovem o intercâmbio com o mundo espiritual para fins de pesquisa científica e instrução moral, que são depois divlgados.
- prestam auxílio aos desfavorecidos, mantendo obras de assistência que não divulgamos para não nos acusarem de ostentação da caridade;
- visitam presos, doentes, e outras pessoas em dificuldades, sempre a pedido e NUNCA com objectivos proselitistas.

Não se trata de uma religião porque não há dogmas inquestionáveis, rituais, hierarquias, sacerdócio, crenças cegas, vestes, cânticos, altares, velas, defumadouros. Uma associação espírita é como uma associação cultural e recreativa de bairro. Numa associação de xadrezistas eles estudam e divulgam essa cultura. Numa associação espírita é a mesma coisa. Não há fins lucrativos e não se aceitam prendas ou pagamentos pelos serviços prestados.

A vivência dos primeiros cristãos era essa: pessoas que se reuniam para debater e estudar, tentando praticar o Bem. Foram as perseguições que levaram os cristãos a tornarem-se, à força, um grupo considerado dissidente do Judaísmo.

Andrew Black disse...

Das muitas evidências que tenho tido acerca daquilo em que acredito, e pondo de parte questões filosóficas e morais, cingindo-me à fenomenologia, os casos ditos de poltergeist são um exemplo que destaco porque testemunhados por muitas pessoas.

Padres, a polícia, testemunhas idóneas, muitos observadores ocasionais, equipas de tv, cientistas, têm testemunhado casos bastante ostensivos.

A Parapsicologia, que foi aceite como Ciência nos Estados Unidos, admite claramente que há fenómenos que se podem atribuir a inteligências sem corpo denso, eufemismo para Espíritos.

Já presenciai em casas ditas assombradas, chuvas de pedras, moedas, cavilhas metálicas, que não poderiam ter vindo do exterior, dada a vigilância montada, inclusive pela polícia, e pelo facto de ocorrerem dentro de casa!

Isso é ponto aceite e indesmentível. Há estudos exaustivos que o demonstram. Alegar que eu minto, que os cientistas mentem, que toda agente mente, é de uma falta de senso lamentável.

Há os que procuram explicações na matéria, mas são mais fantasiosas que a possibilidade de, como o Homem sabe desde sempre, a alma ser imortal.

CPRT disse...

André,

Não é necessário ser substancial para estar correcto. Por exemplo: você julga-se correcto no que diz, embora não diga nada de substancial. O problema é que, nem correcto está.

Andrew Black disse...

Que um ateu vire a cabeça para o lado e assobie, que diga que todos mentem, que negue o que é testemunhado por cientistas e estudado com rigor, vá!

O que me faz alguma confusão é a posição dos religiosos, dos crentes em Deus, que negam!

A religião Católica afirma que a alma é imortal, mas há católicos que insistem em lançar estas questões para o campo do Sobrenatural, do Maravilhoso, do Fantástico!

O Papa Paulo VI condecorou Friedrich Jürgerson com a Comenda da Ordem de São Gregório, em 1969, peloss seus trabalhos na pesquisa da imortalidade.

O Papa João Paulo II patrocinou as pesquisas do Padre François Brune, que afirma que a imortalidade é um dado cientificamente comprovável e comprovado.

Não se pode ser ateu e "cientifista" fora da igreja, e ser-se crente em Deus na igreja. Não faz sentido: ou existe imortalidade ou não existe. Relegar a imortalidade para o "foro íntimo das questões pessoais", é uma admissão implícita de que não se é crente de facto.

Ou se crê na Ciência ou no Maravilhoso. Se se crê na Ciência e na imortalidade, com tudo o que lhe está associado, não se deve temer o veredicto da Ciência.

ESPERO QUE NÃO CENSUREM O QUE ESCREVI. LIMITEI-ME A RESPONDER AO QUE ME PERGUNTARAM E SUPONHO TER O DIREITO DE RESPOSTA A PERGUNTAS E A INJÚRIAS. FUI TÃO SUCINTO QUANTO PUDE E TUDO O QUE ESCREVI É ORIGINAL. RESPEITEM POR FAVOR O ESFORÇO QUE FIZ A RESPONDER AO QUE ME PERGUNTARAM.

Se tiverem objecções sérias, refutações fundamentadas, serão sempre bem-vindas entre os espíritas. Há uma tv espírita no Brasil, a Rede Visão, disponível também via internet, que convida regularmente cientistas espíritas, e que pede sempre "enviem objecções, refutações, nós agradecemos, e corrigiremos se for caso disso". E não me venham com o racismo habitual dizer que se é brasileiro não conta... Esse é dos argumentos mais tristes que existem. Negar e troçar não são argumento. Quem quer contestar deve primeiro estudar aprofundadamente.

Obras disponíveis por exemplo em:

http://www.espirito.org.br/
portal/codificacao/index.html

ttp://www.guia.heu.nom.br/
index.htm

Saudações sinceras e cordiais a todos.


À margem:
Congratulo-me com a qualidade dos artigos deste blogue, com raras e lamentáveis excepções, já citadas. Felicito em especial o desmontar de esquemas que algumas pessoas usam para lucrar à custa do infortúnio alheio. É um comércio ignóbil, e o Espiritismo trabalha também nessa frente, chamando a atenção para a falta de sustentabilidade científica de caríssimas "limpezas de aura" e coisas que tais, que, especialmente quando são apresentadas como solução para problemas graves, são criminosas.
No Espiritismo pugnamos pela não dependência. Emancipação intelectual, livre escolha, dissipar dos medos que advêm de crendices e fantasias, são nosso objectivo.

Andrew Black disse...

Pedro,
V. tem jeito para jogos de palavras, mas são apenas isso. Não leu o que escrevi, sequer. Apresente refutações concretas, sff.
Nem o Pedro nem ninguém me faz favor nenhum em ler-me ou aprovar o que escrevo. Nenhum, meu amigo! Não alimento pretensões de o convencer ou de o "salvar", valha-nos Deus!
Negar não é argumento. E enquanto o seu discurso se limitar a jogos florais, não leve a mal, mas não vou gastar energias a responder-lhe. As observações estouvadas ou de má-fé não merecem a coroa da resposta séria.
Cordialmente,
André Gomes

Fernando Martins disse...

Perante tamanha dose de propaganda espírita e de proselitismo religioso, sem nunca ter chegado (nem de leve...) ao ponto do "estribado pela ciência" ser correlacionável com "nós pensamos assim e a ciência que se lixe".

Este Blog é de ciência e não de proselitismo religioso - acredite no que quiser mas não meta lixo às carradas nos comentários, porque assim ninguém os irá ler - eu não torno a ler a sua propaganda, porque estou farto dela e não disse nada que tenha a ver com ciência...

Humilde Canalizador disse...

Olá André Gomes,
Sou um cristão "não alinhado". Sou engenheiro mecânico, sou casado, pai de filhos, avô de netos, cidadão cumpridor e sem cadastro, com responsabilidades profissionais e sociais, com responsabilidades políticas como eleito, e, embora nada disso me conceda nenhum certificado de inteligência e bom-senso, não me considero desprovido das mesmas, passe a imodéstia.
Considero que o que expôs é perfeitamente inteligível, e, da minha experiência pessoal, estou convicto de que a vida é muito mais do que o que a Ciência descobriu até hoje.
Conheço o trabalho de alguns dos cientistas que acima indicou, caso por exemplo do Doutor Raymond Moody Junior, e negar a pertinência e validade científica das suas pesquisas é, no mínimo, desonestidade intelectual.
Através do meu médico, um espírito positivo e pouco dado a fantasias e misticismos, tomei conhecimento das pesquisas da Fundação Bial sobre estados alterados de consciência, entre outras coisas que me interessaram, pois o Saber não ocupa lugar, e preciso de arejar dos meus números.
É perfeitamente anedótico que quem o questionou - em termos inaceitáveis de agressividade e má-educação, diga-se! - venha agora acusá-lo de proselitismo... por ter respondido!!!
Como disse Jesus, é deitar pérolas a porcos, meu amigo. Não merecem a sua solicitude.
É realmente impressionante ver como católicos e ateus se entendem às mil maravilhas, e escorraçam da forma mais ordinária quem se permite manifestar uma opinião contrária, ainda por cima de forma cordata e respeitadora.
Este último, que pelos vistos é católico, crê nos milagres e no sobrenatural, mas rechaça os factos que os cientistas têm estudado! Como bem disse, negar, troçar e insultar não é argumento.
É o fanatismo religioso ateu e católico a funcionarem, ambos filhos da irracionalidade, como todos os fanatismos. Felizmente que são excepção e não regra.
Pelo seu discurso adivinho-lhe a respeitabilidade da experiência de vida, e porventura o cabelo já encanecido, como o meu. Não deite mais pérolas, pois, como dizia Galileu, ela move-se, apesar do que todas as Inquisições possam afirmar. Que cresçam e apareçam, meu amigo.
Cordialmente,
Jorge Arriaga

Pedro disse...

Há mais que um pedro na blogosfera, eu fui o que pedi provas e questionei a história das irmãs Fox.

Polémicas envolvendo a história à parte, ela apesar de tudo não demonstrou que conseguia dar as pancadas ela própria? Sendo assim, que espantoso tem o facto de responder por pancadas às perguntas? Se ela as controlava...

E sobre as provas, eu aí não vi nada. Já que leste tantos livros e artigos e pareces convencido, poderias fazer aqui um resumo disso, de que maneira é que a imortalidade da alma está provada - eu nem sabia que a existência da alma estava provada, quanto mais a imortalidade (já agora, como se prova a imortalidade de algo? Não é impossível, na prática, verificar se uma coisa dura para sempre?). Além de que a justificação "Deus existe porque a alma é imortal" parece-me rebuscadíssima para dizer o mínimo.

Outra coisa: dizer que há possibilidade de haver vida nos outros planetas não é o mesmo que afirmar que ela anda por aí a pulular. Se defende a sua filosofia por considerá-la uma crença, então é porque se baseia na fé. Tudo bem. Mas isso não constitui prova científica nenhuma. Não fique por isso alarmado que um não crente queira provas.

E sobre esses estudos não diga "o sr tal provou". Explique como provou, apresente artigos científicos, etc...

Fernando Martins disse...

Caro Jorge Arriaga:

Se o que o senhor espírita não é proselitismo (conte o número de comentários que colocou sem terem NADA a ver com Ciência...) o que será proselitismo?

Há gente que é "desprovida", pronto...

Andrew Black disse...

Caro Pedro,
-Desculpe o lapso que pelos vistos cometi ao confundi-lo com outro Pedro. Entenderá que não me vou repetir, pois basta que leia o que acima expús, respondendo, e apenas respondendo, a ataques infelizes e infundados, e a perguntas feitas com desdém.
Os ateus radicais, perante qualquer fenómeno paranormal, troçam, ignoram, negam ainda que vejam, e taxam de loucos aqueles que não negam os FACTOS e os investigam seriamente. Nada refutam. Para eles, a Ciência não pode questionar o inamovível dogma materialista. É uma crença como outra qualquer. Pouco honesta, porventura, mas não me cabe julgar.
Os religiosos radicais ignoram a Ciência, optando por crer em fábulas que a Ciência e a Razão desmontam com a maior facilidade. Justificam o absurdo com a "infalibilidade" dos seus líderes, e, se não negam a evidência dos fenómenos paranormais, é apenas porque chamam a si os lucros que deles podem retirar. Chamam-lhes «milagres»; episódios em que o Sobrenatural desce de algures e vem subverter as Leis da Natureza para glória das suas Igrejas. Pois que seja. Respeito.
Os espíritas radicais estão sempre prontos a papar tudo o que lhes metam à frente, não estudam a doutrina que professam, e fazem desta mais uma religião, com todo o nonsense associado. Estão no seu direito.
-O Espiritismo é de facto uma crença. Muitos cientistas consideram fora de dúvida ter provado a imortalidade da alma. Outros reconhecem que o tema está na pré-História em termos de investigação, e que para ser verdade científica universal carece de demonstrações cabais e da descoberta das leis científicas respectivas.
-A posição espírita é de acompanhar os progressos científicos e os respeitar. Tudo aquilo em que cremos e que foi provado estar errado, foi de imediato corrigido (exemplo: o dito estado radiante da matéria, que não é do corpo doutrinário espírita, mas que foi apresentado por Crookes como abonatório de um dos seus conceitos).
A experiência empírica pode alimentar uma convicção inquebrantável, mas a Ciência não vive disso, e o Espiritismo sabe-o, e concorda.
Filosofia cristã de consequências morais. Somos.
Permitimo-nos a opinião de que a nossa fé deve estar sujeita à Ciência. Sempre que a Ciência prova estarmos errados num ponto, corrigimos. Não matamos Giordanos Brunos, mesmo que metaforicamente. Em que é que isto pode ofender alguém, fica à sua consideração, caro Pedro.
Repetindo dois exemplos en passant:
.o de Richet, Prémio Nobel que acompanhou dezenas largas de fenómenos de materialização. Um Prémio Nobel ateu concluiu que há vida após a morte. Foi fraudado? Sejamos sérios... Era só "dantes"? David Fontana fá-lo hoje com todo o rigor (os espíritas fazem-no para fins morais, sem condições laboratoriais state of the art, porque a Ciência é para os cientistas, e não somos uma Ciência).
.o do Padre François Brune, que passou anos a gravar vozes e imagens dos ditos "mortos", em mensagens inteligíveis. Citei-o acima e dei link. É um sacerdote católico.
Não alimento qualquer pretensão de convencer ninguém, caro Pedro. Tem muito por onde estudar se seguir as indicações que deixei acima. O blogue é assumidamente materialista, e já respondi sucessivamente a quem me questionou que só vim aqui para responder a ataques injustos. Em nome da boa educação, do civismo. E por isso mesmo por aqui me fico.

Caro Jorge,
Muito obrigado pela sua atenção. No que humildemente lhe puder ser útil, disponha sempre.

Fernando Martins disse...

Porra que há aqui alguém que pensa que os leitores são burros e que comem palha...

Eu, como professor, é coisa que não como - só se for de Abrantes...

CPRT disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CPRT disse...

André,

Eu ter jeito para jogos de palavras, mesmo você o referir usando uma figura de estilo depreciativa, encerrá, em parte, um elogio, o mesmo não poderei endereçar às suas "palavras".

Refutações concretas já os outros escreveram, não vou repetir argumentos.

Li tudo o que escreveu. Se os seus argumentos fossem sólidos, já teriam produzido algo de substancial. O facto é que produziram ZERO. E disso eu não tenho a mínima culpa.

nuno lemos disse...

Bem eu só gostaria de chamar a atenção para o ridiculo das traduções que se fazem dos termos chineses. Yin e yang como iões positivos e negativos e outras coisas mais. Já tive hipótese de dcriticar isso no meu blogue, no entanto gostaria de deixar aqui uma pequena ideia:
yin ou yang são termos abstratos cujo significado está muito dependente do contexto em que se encontram. Os chineses nunca falaram de iões positivos ou negativos, por exemplo. Como tal dar uma tradução com um significado concreto e um termo abstrato só pode dar porcaria. Entre vários textos que escrevi aconselho este:
http://acupuntura.blogas-pt.com/yin-yang-versus-energias-positivas-e-negativas/

A ARTE DE INSISTIR

Quando se pensa nisso o tempo todo, alguma descoberta se consegue. Que uma ideia venha ao engodo e o espírito desassossegue, nela se co...