sexta-feira, 20 de novembro de 2020

CORONA VÍRUS E DÚVIDAS SOBRE PRIORIDADES!


Surgem as primeiras notícias sobre a vacinação da população portuguesa à pandemia do corona vírus. E logo surge um mar de dúvidas sobre a forma como ela será ministrada e outros problemas inerentes quando chegar a altura de agir.

As dúvidas antecipadas num “mare magnum” de indefinições incidem, entre outras, sobre três questões, a saber: 1) A vacinação será obrigatória ou não? 2) Quais as prioridades para a vacinação?; 3) A vacina será distribuída a título gracioso, caso contrário qual o seu preço previsto, ainda que por alto, por pessoa?

Em notícias que se perfilam no horizonte vai sendo sabido nos bastidores que serão os velhos a serem contemplados em primeiro lugar. À primeira vista poderá obedecer este possível critério a que, finalmente, os velhos merecem o reconhecimento da Nação pelo contributo que deram a este país abrindo-lhe rotas de desenvolvimento, mas uma análise sem ser em romantismos serôdios, que o momento que se vive permite, somente desconfiança.

Quanto a vacinar depois de verificar a sua eficácia, em atitude de reconhecimento de serviços prestados à Pátria, serão os nossos governantes e seus familiares? E os que apresentarem como salvo conduto o cartão do PS? É que “gato escaldado de água fria tem medo".

Não terá esta medida "altruísta", a intenção de fazer diminuir o contágio por ser voz corrente serem eles uma fonte de grande contágio? E as crianças senhores do Governo que lugar ocupam no critério de prioridades? Está-se mesmo a ver que num país de procrastinação com as calças na mão (perdoe-se-me o plebeísmo) os cérebros que nos governam decidirão só depois da vacina demonstrar a sua eficácia recaindo a prioridade sobre os governantes e seus correligionários que apresentem como salvo conduto o cartão do partido.

Ou seja, são prioridades elásticas que encurtam e esticam conforme as conveniências da altura! Depois destas dúvidas desfeitas deixará de ter lugar a expressão popular sarcástica: “A ver vamos como dizia o ceguinho”!“ Mas planificar num país tradicionalmente de desenrascanço, seria um verdadeiro milagre num tempo em que, para mais, os milagreiros da política se preparam para gozar as férias natalícias!

1 comentário:

Rui Baptista disse...

Critico, também, o facto do Governo andar atrás dos acontecimentos em vez de se lhes antecipar!

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