Escrevo, endereçado ao PS, ADSE e a uns tantos políticos do meu país, começando em forma
de lembrança aos "ilustríssimos senhores" com a voz sábia do povo: "Não
há bem que sempre dure, nem mal que sempre ature"!
As próximas eleições
confirmarão se o povo tudo atura em masoquismo doentio de mulheres que são espancadas pelos maridos, ou meros companheiros, e com eles continuam a viver
sem tomar medidas para acabar com tamanha cobardia e tanta porrada! (justico esta palavra em calão, que por norma escrita não utilizo, ainda que mesmo em parecer de Eça: “Se vais à
frente para descrever a verdade deixa a elegância para o alfaiate”).
No caso do masoquismo, a minha esperança é pouca por o povo se ter habituado a ele em contradita com Gandhi: "Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homens obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo"!
E a esperança é pouca por habitarmos um torrão
de terra natal à beira-mar em que o forte faz o que quer e o fraco é obrigado a
obedecer ao que não quer.
Num tempo de desânimo escrevi
o que em noites insones e triste, julgava eu, pela descida das asas da noite escura de azeviche, justificava.
Desanimado, verifico que o
texto que então escrevi sobrevive nesta tarde de sol a espreitar por entre nuvens
anunciadora de uma possível futura borrasca; e, por isso, aqui o transcrevo:
E assim vai este pobre país e a sua pobre gente que se vê obrigada a curvar a cerviz à democracia do quero, posso e mando e em que nas páginas dos jornais, ou écran televisivos, nos vamos habitando diariamente a ver os corruptos e os corruptores a serem tratados com a mezinha inócua de quem bebe um copo de água em jejum para tentar melhorar o tracto intestinal mas sem qualquer efeito por a porcaria continuar a acumular-se nas entranhas deixando no ar o odor fétido da corrupção.
E interrogo-me: É esta a herança que um povo de heróis e marinheiros vai deixar a seus filhos e netos? Claro que há políticos que se precaveram em traição para com a centenária República Portuguesa (1911) criando em seu lugar uma espécie de monarquia de familiares e amigalhaços de políticos, vindos do povo a quem se distribuem baronatos e doam terras sem fundamento algum a não ser serviços subservientes ao partido em que o demérito se fez mérito.
Isto é, numa inversão de valores éticos e
morais defendidos “à outrance” por alguns dos nossos antepassados mais ou menos
próximos. Haja, no mínimo, um pingo de vergonha em faces de desonra!
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