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Um plágio é um plágio, é um plágio. Não tem que ser apenas num artigo científico. No caso o texto assinado por João Grancho colocado na pasta de "ponencias" das Jornadas de Murcia é, como bem descobriu o Público, um caso grave de plágio. O irónico é que o tema do texto assinado pelo professor seja a deontologia dos professores. E mais irónico ainda é que o autor plagie um texto de um grupo dirigido por João Pedro da Ponte, a quem o ministro Nuno Crato, no seu livro "O eduquês em discurso directo", criticava pelo sua adesão ao "eduquês": quer dizer, independentemente da questão de falta de deontologia profissional, o ministro tinha escolhido para seu colaborador próximo um representante do grupo que sempre atacou. Não se pode dizer que o ministro esteja isento de responsabilidade, uma vez que foi ele que propôs ao primeiro-ministro a nomeação do secretário de Estado que agora se demitiu. Já antes tinha escolhido Isabel Leite (alguém se lembra?), que pouco fez, e agora vai ter de escolher uma terceira pessoa. Isto nunca se passou com nenhum outro ministro da Educação e Ciência. E a verdade é que nenhuma outra equipa da Educação e Ciência foi tão frágil.
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