sábado, 18 de outubro de 2014

UM PLÁGIO É UM PLÁGIO


Um plágio é um plágio, é um plágio. Não tem que ser apenas num artigo científico. No caso o texto assinado por João Grancho colocado na pasta de "ponencias" das Jornadas de Murcia é, como bem descobriu o Público, um caso grave de plágio. O irónico é que o tema do texto assinado pelo professor seja a deontologia dos professores. E mais irónico ainda é que o autor plagie um texto de um grupo dirigido por João Pedro da Ponte, a quem o ministro Nuno Crato, no seu livro "O eduquês em discurso directo", criticava pelo sua adesão ao "eduquês": quer dizer, independentemente da questão de falta de deontologia profissional, o ministro tinha escolhido para seu colaborador próximo um representante do grupo que sempre atacou. Não se pode dizer que o ministro esteja isento de responsabilidade, uma vez que foi ele que propôs ao primeiro-ministro a nomeação do secretário de Estado que agora se demitiu. Já antes tinha escolhido Isabel Leite (alguém se lembra?), que pouco fez, e agora vai ter de escolher uma terceira pessoa. Isto nunca se passou com nenhum outro ministro da Educação e Ciência. E a verdade é que nenhuma outra equipa da Educação e Ciência foi tão frágil.
 

Sem comentários:

UM CRIME OITOCENTISTA

Artigo meu num recente JL: Um dos crimes mais famosos do século XIX português foi o envenenamento de três crianças, com origem na ingestão ...