São hoje publicadas no PÚBLICO duas páginas acerca das ameaças da European Science Foundation à investigadora Amaya Mora-Martin, por causa da avaliação das unidades de de investigação em Portugal. Transcrevo um excerto.
O silêncio da ESF
Por agora, a Nature não faz comentários sobre o email de Jean-Claude Worms — não se sabe se já lhe respondeu ou se irá tomar alguma posição. “Este assunto está a ser analisado pela Nature e não podemos fazer mais comentários”, responde-nos Rebecca Walton, do gabinete de imprensa da revista. “A Nature pediu-me para não responder ou fazer comentários enquanto estão a olhar para o assunto”, diz-nos por sua vez Amaya Moro-Martín, especificando ainda que nada respondeu ao responsável da ESF. “Agradeço bastante o apoio que tenho tido da comunidade científica, em particular de Portugal”, refere apenas.
Na ESF, os vários emails enviados pelo PÚBLICO nos últimos três dias a Jean-Claude Worms, com conhecimento para outros responsáveis da fundação, esbarraram no silêncio. Até ao final da tarde desta quarta-feira, ficou assim sem se saber se Jean-Claude Worms considera que as pessoas não têm direito à opinião, mesmo que possa estar errada, ou como explica a inclusão no processo de avaliação da quota de 50% de eliminações dos centros.
No entanto, a ESF terá respondido sobre o caso a um jornalista da revista National Geographic, Dan Vergano. Esta quarta-feira, o jornalista divulgou no Twitter que a ESF “não tenciona” processar ninguém “neste momento”.
A polémica já tinha também chegado no domingo ao blogue Retraction Watch, seguido em todo o mundo por milhares de pessoas que querem estar a par das retracções ligadas ao processo científico, por exemplo de artigos retirados de publicação por falhas ou fraude. O blogue relatava o caso de Amaya Moro-Martín, da ESF e da avaliação dos centros portugueses. E a polémica subjacente ganhou assim ainda mais visibilidade.
Texto completo aqui.
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