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UM CRIME OITOCENTISTA
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3 comentários:
Isto não é verdade (e é de quem nem sequer abriu o opúsculo:
"o autor debruça-se sobre a definição de pseudociência"
O autor atira-se a definir ciência. Fá-lo da forma mais ingénua e elementar possível - ciência é o que utiliza o método científico. E método científico é aquela conversa mítica que se conta às crianças (quase como se fosse uma história bíblica) e que epistemologia já mostrou há muito que pouco tem a ver com ciência tal como ela se faz e pensa. E não é preciso pensar para logo saber que para Marçal Pseudociência é simplesmente o que não é ciência e faz-se passar por ciência. Tudo muito infantil. O que é divertido é pensar nas conclusões destes critério do Marçal: por exemplo, para o Marçal o um futebolista, ao observar como faz um remate, ao colocar hipóteses sobre o mesmo e ao experimentar essas hipóteses é um cientista. Já a teoria da evolução das espécies não é ciência, para o Marçal. Ou até mesmo grande parte da física. Mais curioso ainda,um qualquer astrólogo ou cartomante é também um cientista, segundo o Marçal. É que ali também há observação, colocação de hipóteses e verificação....tudo ao contrário.
Só espero que tenha um capítulo especialmente dedicado à grande fraude do aquecimento global a.k.a. alterações climáticas a.k.a impostos verdes.
Uma vez que faz referência negativa à medicina complementar (não alternativa, como a denomina e muito mal), pergunto: alguma vez experimentou algum tratamento de Homeopatia, por exemplo, para saber se funciona ou não? Ou está apenas a "falar de cor"? E se funcionar e a ciência não conseguir explicar porquê? Isso torna as medicinas complementares menos válidas ou, pelo contrário, tira antes crédito à ciência?
Aproveito também para lhe deixar um vídeo, onde um especialista de Harvard fala do efeito placebo dos anti-depressivos :) Ah, essa "pseudociência" que é a indústria farmacêutica ao serviço da doença mental e (já sem falar nos lucros milionários)... Talvez venha a fazer um ensaio sobre como os anti-depressivos têm o mesmo efeito que um comprimido de açúcar, em depressões ligeiras e moderadas, num próximo livro: https://www.youtube.com/watch?v=Zihdr36WVi4 E se eu pudesse tomar um comprimido de açúcar e ficasse curado? Um comprimido de açúcar barato, acessível a todos e eficaz. Será que, sabendo disso, ia mesmo assim ser estúpido o suficiente para comprar um medicamento químico que me vai curar uma coisa e estragar outra? Só se fosse muito parvo...
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