domingo, 11 de maio de 2014

Em que altura do dia é que não se encontram online?

Primeiro foi Sara Cravo, minha estudante de mestrado, que me enviou o vídeo abaixo, depois foi Sara Raposo, professora de filosofia e autora do blogue "Dúvida metódica". São desta Sara as palavras que se seguem:
"A minha aluna Nina Chicu (do curso profissional de técnico de gestão de programas e sistemas informáticos), a quem agradeço, enviou-me o link deste vídeo, onde se chama a atenção para alguns dos efeitos da má utilização das redes sociais e dos telemóveis. Vale a pena ver. Questiona-se o uso que muitas, muitas pessoas - nomeadamente alunos do secundário - fazem das novas tecnologias e como as interacções virtuais cada vez mais substituem as relações sociais reais. Por exemplo: tenho reparado, nos intervalos, que muitos alunos se encontram sentados ao lado uns dos outros, em silêncio, absorvidos com o que se passa no seu telemóvel ou no seu tablet. Já vários vezes lhes coloquei a questão - em que altura do dia é que não se encontram online? Algumas das respostas mais frequentes foram: quando estou nas aulas e ao jantar porque os meus pais não deixam... Dá que pensar!"

6 comentários:

augusto kuettner de magalhaes disse...

Teriamos todos que ajudar a saber usar o online.


PAIS, MÃES, PROFESSORES, NAMORADAS, NAMORADOS, AVÓS, AVÔS, TODOS, TODOS!
E a sabermos "nunca deixar " de ser humanos.

E os humanos quando estiverem sempre online deixam de o ser.....

E a culpa , neste caso não será dos políticos, será nossa.

Haja tempo para tudo e até para não estar online quando se pode estar com humanos, como humanos.

ou não?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

Anónimo disse...

E se estivessem a ler? Por que é que ler livros é bem visto e estar on line é mal visto?

perhaps disse...

Já pensei isto um monte de vezes. Sem rimar; com menos poesia.
Não entendo a razão por que as pessoas correm ou andam de auscultadores, por exemplo. Não ouvem os sons da rua, as vozes das pessoas, os animais, a natureza. E restringem o seu campo de pensamento. Na verdade, se oiço as músicas de que gosto - e já ouvi n vezes - não me abro ao exterior e não dou ao espírito o prazer de ir junto com o corpo e se deixar afectar em simultâneo pelo inesperado (simultaneidade que, julgo, faz parte do acto de relaxar).
Por vezes, andar de metro e fazer percursos de autocarro ou de eléctrico é um bom observatório. Andar em transportes públicos faz-nos sair do bairro individual, construído com quem conhecemos, bem ou apenas moderadamente. Mas as pessoas tornaram-se menos atentas aos outros, muitas usam phones e a quase totalidade está fixada no telemóvel:lê, escreve, ou joga. E o encanto das expressões fortuitas quase se perde. Que a conversa em vizinhanças efémeras deixou de haver.
É um facto: as redes sociais podem destruir algumas coisas, mas o pior é impedirem o nascimento de tantas outras (ainda que originem alguns nascimentos). E não só nas relações interpessoais. Podem impedir o gosto pela leitura - gosto também solitário mas necessário à continuidade do crescimento pessoal; podem impedir a reflexão, porque se vive de impressões policopiadas e de sentires rápidos e inexplorados, há sempre quem já pensou sobre o assunto, para quê insistir.

O que mais temo é que estejamos a criar seres humanos inaptos para viver. Porque a vida humana é real: social em presença; perigosa em presença; exige inteligência a vários níveis sendo o virtual dos de menor importância, excepto talvez para quem faça dele profissão.

E apesar dos benefícios inquestionáveis, parece-me que se exige muito aos jovens de hoje. É que, cada vez mais, é preciso um talento invulgar para conseguir ser um humano razoável nesta era digital.

augusto kuettner de magalhaes disse...

EXMO. SR. ANÓNIMO

O que o preocupa no Livro e na Leitura???????????????????????????????????????????????????

Anónimo disse...

Nada.

Anónimo disse...

Isto já é muito antigo. Ainda não há muito tempo era a televisão a culpada dos nossos males. Sempre que surge algo novo ... é mau, vai dar cabo da sociedade etc, etc. Até no tempo de Sócrates (o grego) a escrita era má, porque as pessoas iam deixar de usar a memória. A sociedade evolui não á mau nem bom, ou seja é mau segundo uns , bom segundo outros e mais ou menos para alguns.

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