A Fundação para a Ciência em Portugal (FCT) devia ser a principal defensora da ciência em Portugal, mas é a principal adversária. Apesar de todos os protestos, continua paulatinamente a destruí-la. Começou logo com a liquidação que fez da História da Ciência e da Cultura Cientifica, uma decisão que nunca reverteu apesar de o ministro ter sido informado do desatino. Mas continuou com avaliação de programas doutorais feita sem qualquer critério e nos quais trata as universidades com profundo desprezo. Escreve aos investigadores em "informatiquês", que faz o "eduquês" parecer uma língua culta. E agora está a fazer avaliações muito pouco credíveis a centros de investigação: parece que relatórios de avaliação feitos lá longe por quem não sabe e nunca viu o que aqui se passa são opostos uns aos outros, quando o objecto é axactamente o mesmo. Alguns comentários de avaliadores não fazem qualquer sentido e só vêm dar razão ao velho dito de que a ignorância é muito atrevida.
O Conselho Superior de Ciência e Tecnologia já pediu uma avaliação à FCT. Mas foi feita? Por que não é feita? Era tempo de ser feita para acabar com a arbitrariedade e a falta de senso.
1 comentário:
Carlos Fiolhais tem toda a razão. A avaliação dos cursos doutorais e mais recentemente a dos centros de investigação tem efeito nefastos que irão perdurar por muitos anos.
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