sábado, 1 de março de 2014
SOBRINHO SIMÕES NA REVISTA DO EXPRESSO ARRASA A ACTUAL POLÍTICA DE CIÊNCIA
A área privilegiada no programa de ciência do governo era a das ciências da vida e da saúde. Lê-se lá que se pretendia "reforçar o investimento em áreas críticas para o desenvolvimento social e económico de Portugal, nomeadamente nas ciências da vida e da saúde, com enormes repercussões financeiras na saúde pública, na agricultura, no ambiente e na biodiversidade." Manuel Sobrinho Simões é um dos maiores nomes da ciência nacional, precisamente na área das ciências da vida e da saúde, a tal privilegiada. Vejamos o balanço que ele faz em entrevista que saiu hoje na revista do Expresso:
"P - As questões que se colocavam há 25 anos, na formação do IPATIMUP, são muito diferentes das de hoje?
R - São, porque começámos numa altura em que Portugal praticamente não tinha ciência. O país é outro. O que é assustador é que nos últimos dois anos isto está outra vez tudo diferente.
P - Há agora um terreno adverso?
R - Sim, e é algo de muito recente (...)
P - Sentem agora a fuga de cérebros?
R - Sentimos (...)
P- Qual a dimensão dos cortes orçamentais no IPATIMUP?
R - Foram de 45% (...)
P - Há uma subversão dos objectivos iniciais?
R - A verdade é que isto no limite subverte (...)"
Se as ciências da vida e da saúde eram a área privilegiada... imagine-se o que aconteceu às outras. Houve mesmo áreas sumariamente extintas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
CARTA A UM JOVEM DECENTE
Face ao que diz ser a «normalização da indecência», a jornalista Mafalda Anjos publicou um livro com o título: Carta a um jovem decente . N...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
Se olharmos para os dinheiros públicos que, via fct, fluem para instituições privadas de investigação científica - leia-se champalimaud e gulbenkian - logo compreendemos o que o governo queria dizer com áreas privilegiadas...
Enviar um comentário