segunda-feira, 3 de março de 2014

Uma aula de ciência na pré-primária

1 comentário:

Anónimo disse...

É muito interessante que um Professor Universitário consiga ocasionalmente encontrar tempo para colaborar com escolas de outros níveis, incluindo até Jardins de Infância ao nível do pré-escolar. É inspirador.

O que o Prof. Carlos Fiolhais mostra neste post do blog é uma actividade que fazia parte do conjunto de actividades que as Escolas Superiores de Educação trabalhavam (há poucos anos) no Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências para Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, e que a mesma equipa pedagógica que construiu os guiões didácticos deste Programa adaptou posteriormente para o ensino pré-escolar.
Os guiões didácticos estão disponíveis:
Explorando...: flutuação de líquidos
da autoria de Isabel Martins, Maria Luísa Veiga, Filomena Teixeira, Celina Vieira, Rui Vieira, Ana Rodrigues, Fernanda Couceiro.
Lisboa: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 2007. Disponível em: http://www.dgidc.min-edu.pt/outrosprojetos/index.php?s=directorio&pid=94#i
e
Despertar para a Ciência - Actividades dos 3 aos 6
da autoria de Isabel Martins, Maria Luísa Veiga, Filomena Teixeira, Celina Vieira, Rui Vieira, Ana Rodrigues, Fernanda Couceiro, Sara Joana Pereira
Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 2009. Disponível em:
http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaoinfancia/index.php?s=directorio&pid=17


É pena que no meio do seu entusiasmo o Prof. Carlos Fiolhais não tenha reparado que a este nível – o do pré-escolar – é realmente muito mais interessante e cativante pôr as crianças a realizar elas mesmas as actividades em vez de ficarem a assistir de longe. Uma aula de ciências do pré-escolar deve ser uma actividade realizada pelas crianças, e não uma demonstração feita por uma pessoa entusiástica. E se a actividade envolver molhar ou sujar as mãos: não há nisso qualquer problema. Esta temática será perfeitamente adequada para ser trabalhada pelas educadoras (e educadores) com as suas crianças, e não para que as educadoras sejam postas na assistência e fiquem mais uma vez a pensar que não se sentem capazes de conduzir actividades de ciências com as suas crianças. Os cientistas deverão ir às escolas, aos jardins de infância, maravilhar crianças e educadoras - com uma linguagem pensada e adequada - em temas que as educadoras não possam dominar: nos temas que estas possam trabalhar não as devem susbtituir mas antes incentivar a avançar sem medos.

No meio do entusiasmo que o Prof. Carlos Fiolhais pôs na sua actividade faltou-lhe por vezes reparar que as crianças - seguindo a sua sugestão - queriam falar, punham o dedo no ar e aguardavam a oportunidade de falar... mas essa oportunidade acabava por não lhes ser dada.

Com os melhores cumprimentos,
Ana Silva

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