quinta-feira, 14 de março de 2013

AINDA O DIA DO PI


Jorge Buescu e Carlos Fiolhais fizeram declarações à Rádio Renascença sobre o Dia do Pi. Leia em:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=100229

1 comentário:

Ildefonso Dias disse...

À pergunta do Jornalista “Pi foi descoberto ou simplesmente inventado?” o Matemático, Jorge Buescu responde "É a pergunta de um milhão de dólares"; o Físico, Carlos Fiolhais é da opinião de que “a constante foi descoberta”.
Do livro “Os Conceitos Fundamentais da Matemática” [pág. 9 e 10 – Ed. Gradiva] o Matemático Bento de Jesus Caraça, fala-nos de “uma pura conquista do pensamento” do Homem, aqui para os números naturais.


“10. Principio de extensão

Viu-se atrás como a operação da contagem, repetida por muitos milhares de anos, acabou por levar à criação dos números naturais, e viu-se que a extensão do seu conhecimento depende do grau de civilização e da intensidade da vida social do homem.
Assim, a ideia que tem do numero natural o homem civilizado de hoje é mais completa, mais geral, do que aquela que tem o homem primitivo; é mesmo diferente da que tinha o filósofo da Grécia antiga, a mais elevada e bela civilização da Antiguidade, separada de nós por pouco mais de 20 séculos.
Para o primitivo, e mesmo para o filósofo antigo, os números estavam impregnados de Natureza - a Natureza em cuja labuta o homem adquiriu todos os seus conhecimentos - os números estavam ligados às coisas de que eles se serviam para contar.
Para o homem civilizado de hoje o número natural é um ser puramente aritmético, desligado das coisas reais e independente delas - é uma pura conquista do seu pensamento. Com esta atitude, o homem de hoje, esquecido da humilde origem histórica do número, concentra-se nas suas possibilidades de pensamento e procura tirar delas o maior rendimento. Não é aqui o lugar de discutir o fundamento filosófico de tal atitude. Verifiquemos, no entanto, como um dado real que não pode ser posto de lado, que o homem tem tendência a generalizar e estender todas as aquisições do seu pensamento, seja qual for o caminho pelo qual essas aquisições se obtêm, e a procurar o maior rendimento possível dessas generalizações pela exploração metódica de todas as suas consequências.
Todo o trabalho intelectual do homem é, no fundo, orientado por certas normas, certos princípios. Àquele principio em virtude do qual se manifesta a tendência que acabamos de mencionar, daremos o nome de principio de extensão.
No estudo que nos está ocupando, encontraremos outros princípios: por agora, vamos ver já uma aplicação importantíssima do principio de extensão a uma das questões mais discutidas de toda a história da Ciência.”
[refere-se BJC à noção de infinito, sendo o paragrafo seguinte do livro - 11. O primeiro contacto com a noção de infinito]

EMPIRISMO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E NO DE ROGER BACON, MUITOS SÉCULOS DEPOIS.

Por A. Galopim de Carvalho   Se, numa aula de filosofia, o professor começar por dizer que a palavra empirismo tem raiz no grego “empeirikós...