quinta-feira, 7 de março de 2013

Verdade

De Luís Fernando de Freitas Júnior, estudante da Universidade Federal de Minas Gerais, agora na Universidade de Coimbra, recebemos um poema e um filme a apontarem para uma questão que une a literatura, a ciência e a filosofia: as potencialidade e os limites da razão para alcançar a verdade. 


Verdade
Carlos Drummond de Andrade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

11 comentários:

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Da forma

A leitura a (expansão) expressão da verdade.

O ser humano reconhe-se:
enquanto leitura,
enquanto lecto,
enquanto poesia!

Cláudia da Silva Tomazi disse...



reconhece-se*

Cláudia da Silva Tomazi disse...



Da verdade per liberdade, estaria a medida.

Cláudia da Silva Tomazi disse...



A inteligência ama a verdade!

Cláudia da Silva Tomazi disse...

A verdade era a chama,

a virtude a lâmpada,

o combustível, lealdade.

Cláudia da Silva Tomazi disse...



A verdade é potência inteligível.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Da verdade


Bem inquestinavel!

Cláudia da Silva Tomazi disse...

inquestionável*

Cláudia da Silva Tomazi disse...

A ciência exalta de acção inteligível o tempo verbalizado.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Do paradoxo

Enquanto o sono tem acção promotora no mito, o despertar tem acção promotora do tempo verbalizado.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Valha da consideração e por duas, ad admiração a Universidade de Coimbra: interage da verdade pela verdade.

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