quarta-feira, 20 de março de 2013

"Passou-me ao lado"

Dois professores da universidade estadual da Pensilvânia, um médico (Michael J. Green) e um ilustrador (Ray Rieck), publicaram uma história aos quadradinhos sobre o erro médico numa prestigiada revista clínica (Annals of Internal Medicine), cujo título é Missed it (Passou-me ao lado).


O primeiro diz tratar-se de uma história autobiográfica com vinte anos, quando se encontrava ainda em a formação, mas que “iria assombrá-lo ao longo de toda a sua vida.
"Um jovem médico está de banco no hospital, à espera de conseguir dormir umas horas nessa noite, quando recebe um telefonema a dizer que tem de ir examinar um doente que acabou de dar entrada na urgência. Ao longo da noite, o doente, que sofre aparentemente de um problema pulmonar, piora apesar dos tratamentos que lhe vão sendo administrados. E acaba por morrer. A seguir, quando o médico recebe o resultado da autópsia, percebe que não soube ver um sintoma-chave do doente (um sopro cardíaco), apesar de ter estado, literalmente, à frente do seu nariz. Fez um diagnóstico errado – um erro fatal."
Falar do erro, analisar o erro, com saber e ponderação, seja em medicina seja noutra área profissional que requeira grande responsabilidade pelas pessoas, constitui um passo fundamental para a sua desocultação e, em sequência, para a sua transformação em conhecimento, para a sua superação e para a sua prevenção.

Nota: Tive conhecimento desta história através do artigo de Ana Gerschenfeld, saído no Público (em papel) de hoje, dia 20 Março, página 29.

2 comentários:

akuettner disse...

Interressante e sem duvida que a "repescagem" no Público é muto aconselhavel!

Cisfranco disse...

Tão importante que é admitir o erro! Admitir que podemos errar. O erro pode acontece sempre em qualquer actividade. Talvez impressione mais se for na área médica, mas não há ninguém imune, porque somos humanos.

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