Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
À pergunta do Jornalista “Pi foi descoberto ou simplesmente inventado?” o Matemático, Jorge Buescu responde "É a pergunta de um milhão de dólares"; o Físico, Carlos Fiolhais é da opinião de que “a constante foi descoberta”.
Do livro “Os Conceitos Fundamentais da Matemática” [pág. 9 e 10 – Ed. Gradiva] o Matemático Bento de Jesus Caraça, fala-nos de “uma pura conquista do pensamento” do Homem, aqui para os números naturais.
“10. Principio de extensão
Viu-se atrás como a operação da contagem, repetida por muitos milhares de anos, acabou por levar à criação dos números naturais, e viu-se que a extensão do seu conhecimento depende do grau de civilização e da intensidade da vida social do homem.
Assim, a ideia que tem do numero natural o homem civilizado de hoje é mais completa, mais geral, do que aquela que tem o homem primitivo; é mesmo diferente da que tinha o filósofo da Grécia antiga, a mais elevada e bela civilização da Antiguidade, separada de nós por pouco mais de 20 séculos.
Para o primitivo, e mesmo para o filósofo antigo, os números estavam impregnados de Natureza - a Natureza em cuja labuta o homem adquiriu todos os seus conhecimentos - os números estavam ligados às coisas de que eles se serviam para contar.
Para o homem civilizado de hoje o número natural é um ser puramente aritmético, desligado das coisas reais e independente delas - é uma pura conquista do seu pensamento. Com esta atitude, o homem de hoje, esquecido da humilde origem histórica do número, concentra-se nas suas possibilidades de pensamento e procura tirar delas o maior rendimento. Não é aqui o lugar de discutir o fundamento filosófico de tal atitude. Verifiquemos, no entanto, como um dado real que não pode ser posto de lado, que o homem tem tendência a generalizar e estender todas as aquisições do seu pensamento, seja qual for o caminho pelo qual essas aquisições se obtêm, e a procurar o maior rendimento possível dessas generalizações pela exploração metódica de todas as suas consequências.
Todo o trabalho intelectual do homem é, no fundo, orientado por certas normas, certos princípios. Àquele principio em virtude do qual se manifesta a tendência que acabamos de mencionar, daremos o nome de principio de extensão.
No estudo que nos está ocupando, encontraremos outros princípios: por agora, vamos ver já uma aplicação importantíssima do principio de extensão a uma das questões mais discutidas de toda a história da Ciência.”
[refere-se BJC à noção de infinito, sendo o paragrafo seguinte do livro - 11. O primeiro contacto com a noção de infinito]
Enviar um comentário