domingo, 6 de dezembro de 2009

Os gastos (inúteis) na educação

Convidado a comentar o recente estudo sobre o nível de literacia na leitura dos portugueses, do qual acabámos de dar conta no De Rerum Natura, João Salgueiro referiu que o problema não se resolve com um investimento maior em Educação.

Afirmou este economista: "Se há indicador em que não estamos mal é no volume de recursos que dedicamos à Educação e temos dos piores resultados no desempenho". A causa "está no funcionamento do sistema de educação e no sistema económico".

A mesma opinião foi formulada, há uns anos, por um outro economista, Paulo Trigo Pereira, em entrevista ao jornal Público: "Opta-se, por aumentar a despesa pública em educação. Só que isso pode não resolver nada. Aliás, o que vemos é que Portugal gasta mais na educação por aluno do que grande parte dos países europeus (...) o acréscimo de despesa não está a ser orientado para aquilo em que é mais eficaz do ponto de vista do sucesso educativo. Com o problema de finanças públicas que temos, é fundamental gastar melhor. Mas para isso é preciso conhecer a realidade, ter dados, analisá-los, ter metas quantificadas e ver se foram cumpridas ou não."

5 comentários:

rt disse...

Plenamente de acordo, incluindo as "metas quantificadas".
Mas o que são metas quantificadas em educação? As escolas e cada professor estabelecerem percentagens de sucesso (do género 85% de positivas no 8º ano e 90% no 9º ano)? Isso levará a uma automática inflação das notas.
É preciso pensar.

Cônsul Fraxinus Excelsior disse...

pensar cansa senhora Vera, hoje é como nas obras públicas, estudos para tudo quanto é assunto. é psicologia para tentar compreender a falta de educação dos pais e alunos. são mal criados q.b! a sociedade o estado está sem valores, sem moral, sem exigência sem responsabilidade. os pensadores cansaram-se.

Fartinho da Silva disse...

Gostava IMENSO que o povo conhecesse estes números desdobrados nos diversos sectores e subsectores!

Quando o povo visse para onde vão cerca de 40% dos recursos que supostamente deveriam ser alocados às "escolas" públicas...!

Quando o povo visse os custos das "escolas" "superiores" de eduquês, dos departamentos "superiores" de eduquês, das faculdades de eduquês, dos institutos "superiores" de eduquês, dos organismos centrais, regionais e locais de eduquês, dos institutos de "inovação" em eduquês, dos ..., dos..., apanhava um enorme susto! E depois de saber que estes números estão espalhados por imensas rubricas do Orçamento de Estado, apanhava um susto ainda maior!

Mas um dia, TODOS vamos pagar isto!!

Anónimo disse...

Acho isto uma grande treta!
Porque é que vocês nunca põe links e explicam melhor o que querem.
Já não é a primeira vez que venho aqui pôr links a mostrar que Portugal gasta menos em educação do que outros países, especialmente os USA que gastam mais do dobro por aluno! Que seca!
Aqui vai mais um, com poucos números, lembro-me que há uns meses pus um mais detalhado, mas se vocês continuam a insitir no mesmo, não vale a pena:

http://tsf.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=880323

Já agora, o artigo anterior sobre o estado da literacia merecia mais detalhes, assim não se percebe nada. É irritante esta vossa falta de justificação do que dizem e das faltas de exame detalhado que fazem aos temas. A vós parece que vos basta apenas a vossa opinião, e isso é ridículo, desculpem lá, estes posts são muito pobres.
luis

Luís Tavares disse...

O Fartinho da Silva está a mexer em matéria classificada com um nível de segurança muito elevado. É segredo de Estado!
Há muita gente que vive desses tipos de ensino. Gente séria, seguramente.
Outros vivem da sucata, tão sérios quanto os primeiros.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...