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Anacreonte terá nascido no sécúlo VI a.C. e morrido quando o século seguinte chegava quase a meio. De Teos, a sua cidade natal, partiu e conheceu muito mundo - Trácia, Samos, Atenas, Tessália... -, o que lhe proporcionou um conhecimento aprofundado da natureza humana, com fraquezas e grandezas, com vícios e virtudes.
A sua obra literária, vasta e diversificada (ainda que ao presente só nos tenha chegado uma pequena pequena ), influenciou inúmeros poetas que procuraram segui-lhe o estilo, o estilo Anacreonte.
Neste livro, resultado da escolha e tradução de Carlos Martins de Jesus, com prefácio de Frederico Lourenço, pode o leitor desfrutar de poemas em edição bilingue (grego e português) que decorreram da inspiração neste Mestre Grego. Eis um belo exemplo:
Dá-me a lira de Homero,
mas sem a corda assassina.
Traz-me taças de preceitos,
traz-mas com leis misturadas,
para que ébrio possa dançar,
tomado por consciente loucura
e, cantando ao som das liras,
a canção de mesa eu entoe.
Dá-me a lira de Homero,
mas sem a corda assassina.
O livro poderá ser lido aqui, apesar de se poder adquirir em formato de papel no Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras de Coimbra, ou encomendado pelos contactos disponíveis aqui.
Imagem que é capa do livro: Venus Anadyomène (1848) de Jean August Dominique Ingres
2 comentários:
Péssima tradução! JCN
Péssima tradução! JCN
João de Castro Nunes
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