A Rádio Zero emitirá amanhã à noite em directo do Atomium uma noite especial de rádio sob o mote «Oscilações». Para saber mais sobre esta iniciativa ouçamos os seus promotores:
«A história da música electrónica entrelaça-se com o desenvolvimento da rádio. Esta relação solidificou-se durante os anos 50 e 60, quando as estações públicas montaram gigantescos estúdio de música electrónica (Groupe de Recherche Musicale at Radio France, Studio für Elektronische Musik at WDR), e os fabricantes de rádios como a Philips e Siemens financiaram compositores, investigadores e gravações de obras.
Transmissores de rádio, altifalantes, microfones, são todos elementos que se encontram nos estúdios de rádio e de música, desenhados como tradutores de oscilações. Este é o mote desta noite de rádio no Atomium, em Bruxelas, durante o festival Nuit Blanche.
Oscillatomium irá mostras música electrónica da memorável Exposição Mundial de 1958 em Bruxelas, assim como performances ao vivo de referências da música electrónica dos dias de hoje. Vários trabalhos originais de rádio foram serão também emitidos, fornecidos por um incongruente grupo de artistas rádio internacionais. O Oscillatomium acontecerá na esfera Ilya Prigogine do Atomium. Ilya Prigogine ganhou o prémio Nobel da Quimica em 1977 pela sua explicação das reacções quimicas.»
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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2 comentários:
Não há dúvida que os anos 1950 foram extraordinariamente prolíficos na aplicação prática de revoluções científicas dessa época, e Ilya Prigogine é um nome incontornável dessa prodigiosa geração de cientistas ao abrir a porta à compreensão dos sistemas complexos longe do equilíbrio. Ao mesmo tempo engenheiros desenvolviam aparelhos fabulosos explorando a não-linearidade: válvulas que alimentavam os rádios e as televisões primitivas; malhas de fase síncrona para radares e para comunicações; lasers para óptica de precisão e para cirurgia de oftalmologia.
Todas estas invenções se baseavam em osciladores não-lineares auto-sustentados – em particular, na sua tendência para se sincronizarem uns com os outros ou com um sinal externo. Mas todas estas tecnologias usavam um número pequeno de osciladores. As cadeias enormes eram impensáveis. Ainda não existia a matemática para prever o comportamento colectivo de um número elevado de unidades.
Mas depois da fusão da mecânica estatística com a dinâmica não-linear seria possível a sincronização de redes imensas de osciladores biológicos. Depois vieram as redes genéticas de Stuart Kauffman, as pilhas de areia auto-organizadas de Per Bak e as redes neuronais artificiais de John Hopfield. O caos começou a ser domesticado para aplicações práticas como a encriptação e até a composição de variações musicais.
Actualmente o trabalho mais excitante está relacionado com a dinâmica de ondas espirais, que poderão estar implicadas na fibrilação ventricular, uma forma fatal de arritmia cardíaca se não tiver um desfibrilador por perto.
Como diria Pedro Abrunhosa no poema daquela cantiga:
Isto foi um enorme clarão
Que nos permitiu caminhar na escuridão.
fanta'stico. algue'm obteve gravaçoes do pro'prio Ilya e e' impressionante ouvir alguem a falar assim sobre a relaçao do tempo com a ciencia, a religiao, a arte e a humanidade. uma voz do passado com conteudo intemporal
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