O teu lábio regressa ao chão de mel.
A cor do cacho encontra-se entre folhas.
Perdes homem no ardor da rua a pele
E no loendro em flor as tuas sombras.
Passam como formigas tuas horas.
Teu corpo liquefaz-se ao chão fiel.
O céu tão quieto! Em que rio choras?
Sem rumo, uma ave pousa no papel.
O estio, a terra aberta e um rumor.
Rente ao teu rosto o sol se enterra rubro
E a água adentra os sulcos com amor.
No alto enxergas as sendas do futuro.
Esqueces no arrebol um só rubor
E o rosto de um rio, em porto seguro.
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