sexta-feira, 12 de agosto de 2022

MATER SEMPER DOLOROSA

Um filho que se perde de-repente,
na confusão brutal de uma guerra,
é algo tão bizarro, tão demente,
que abre ferida que nunca mais encerra.

Perder um filho viola a ordem 
da natureza: inverte o verdadeiro 
rumo da vida, instala a desordem
num mundo que se torna traiçoeiro.

Perder um filho abre chaga eterna
e dor de inconcebível dimensão,
mas do tamanho do amor materno.

Nesta dor, descarrila a razão,
tudo carece de algum sentido,
num mundo onde tudo foi mentido. 

Eugénio Lisboa

9 comentários:

Ildefonso Dias disse...

https://youtu.be/JG3Z01ngJ3o

Ildefonso Dias disse...

"Os homens que vão prá guerra" do vídeo do link é uma realização ímpar que só foi possível pelo pacifismo de Fernando Lopes-Graça.

O soneto que Eugénio Lisboa aqui publicou é um texto fraquissimo precisamente por não existirem no autor os sentimentos genuínos do pacifismo. Não apela genuinamente a esses sentimentos do pacifismo.

Eugénio Lisboa tem-se aqui revelado que é um homem que gosta e pode ser beneficiário do conflito. Tem dado provas que consegue governar certo tipo de homens subservientes. Temos assistido a isso.

Os problemas de Eugénio Lisboa surgem sempre que encontrou homens de uma têmpera incomum e que não eram governáveis segundo os cânones de Eugénio Lisboa.

Homens como Eugénio Lisboa nunca conseguiram viver do talento, que não possuíam, e afirmam-se pelos caminhos alternativos da confrontação conflituosa em disfarce de coragem.

Eugénio Lisboa disse...

Não há nada que estupidifique tanto as pessoas como uma ideologia engolida a martelo. O Sr. ID, se tivesse a mínima sensibilidade e um pouquinho que fosse de inteligência, teria reparado que escrevi um soneto, sobre a perda de um filho, sem ideologia de espécie nenhuma. Mas o Sr. ID passa a vida agarrado a um marxismo próprio de quem nunca leu Marx , em primeira mão. Marx era um homem culto , com grande sensibilidade artística, muito inteligente, e que detestava gente como o Sr. ID, que nada percebem de arte e querem impor normas a quem escreve e a quem lê. Tenho más notícias para si: Marx achava que se devia deixar os artistas em paz, porque eles e só eles, sabem muito bem o que querem fazer.
Além do mais, como contribuinte fiscal que nunca deixou de pagar os seus impostos a horas, protesto veementemente por o deputado Ildefonso Dias gastar o meu dinheiro, ganho com esforçado trabalho, a não fazer mais nada senão perseguir-me com tontices de autodidata mal aconselhado. Pergunto: o Sr. ID, à noite, dorme sossegado? Se todo o trabalho do deputado analfabeto ID consiste em pôr caganitas no final dos meus artigos e poemas, sugiro-lhe insistentemente que regresse à sua profissão original e, nas horas vagas, leia o que até hoje não leu e esqueça aquilo que tão mal percebeu. Repito: como contribuinte cuidadoso, sinto que o meu dinheiro anda a ser malbaratado com a obtusidade ideológica de Sr Ildefonso Às Vezes Anónimo Dias. O Sr. não sabe o que é poesia, não sabe que é um soneto, não sabe o que é sensibilidade nem o que é inteligência, não percebe o que escreveu e admirou Lopes Graça e não percebe muito bem a língua portuguesa. Serão estes os condimentos de que se faz um deputado? Pode ter a certeza de que, no que se refere a problemas de arte e literatura, Marx estava do meu lado e abominava os que estão do seu. Se o Sr. tivesse a mais pequena noção do ridículo, já se tinha calado. Parafraseando o Rei Juan Carlos de Espanha: " POR QUE NÃO TE CALAS?"
Eugénio Lisboa

Ildefonso Dias disse...

Não sou deputado.

Quanto ao dinheiro dos impostos o Sr. Eugénio Lisboa vá lá procurá-lo no financiamento dos Bancos e queixar-se daqueles que desavergonhadamente roubaram o povo.

O Sr. Eugénio Lisboa tem com grande insistência, aqui neste blogue, usado a guerra para marcar a sua posição ideológica e depois neste soneto que fala da guerra e da morte diz que não tem ideologia nenhuma, e chama estúpidos aos outros, com sua licença burros.

Depois, o Sr. Eugénio Lisboa tem ainda usado o blogue para glorificar homens facistas, do antigo regime fascista de Salazar. Chama-os de homens cultos quando na verdade eram homens alinhados com o regime criminoso.

De igual gravidade tem apelidado os homens que lutaram pela liberdade do povo, os grandes resistentes, os grandes combatentes de ditadores, e criminosos. O mais flagrante e recente exemplo foi a comparação entre o Criminoso que foi António Salazar e o lutador incansável pela liberdade que foi Álvaro Cunhal.

Depois, e só para que o Senhor Eugénio Lisboa regresse à realidade e ao seu lugar de poeta insignificante, deixo-lhe um poema do poeta José Gomes Ferreira que escreveu em 10 minutos aquilo que Eugénio Lisboa não escreveu numa vida.
É incomparável o poema deste comunista a toda a escrita malbarata do Sr. Eugénio Lisboa.


Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz

Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações

Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!


Sr. Eugénio Lisboa também pode ouvir com a música de Fernando Lopes-Graça neste link abaixo.

https://youtu.be/TedX_kY0yVo

Acordai, homens, que é tão necessário.

Eugénio Lisboa disse...

Entre todas as qualidades egrégias deste Sr. Ildefonso Dias, aparece, em grande destaque a de caluniador. Indique, se puder, quem foram os fascistas que andei a defender. Se chama fascista a Júlio Dantas, não sabe o que anda a dizer. O Sr. Ildefonso faz exactamente o que faziam os lacaios de Salazar, que classificavam todos os opositores do regime como comunistas. O Sr. chama a todos os que não eram comunistas, fascistas. A metodologia é exactamente a mesma. Aliás, nada se parece tanto com um ditador de direita, como um ditador de esquerda. Sobre o meu soneto dedicado à mãe que perde o filho, só por estupidez me pode acusar de enviesamento ideológico. Bastaria lembrar-se de que não só as mães ucranianas choram por filhos mortos: as mães russas fazem exactamente o mesmo. O que é estranho é este malfeitor que dá pelo nome de Ildefonso Dias tomar as dores por um Putine, como se este fosse um socialista impoluto. Trata-se de um energúmeno que pertenceu ao sinistro KGB e que agora é um capitalista de Estado, que protege oligarcas podres de ricos e mete na prisão às dezenas de milhares de cidadãos russos que protestam contra a guerra. O Sr. Ildefonso Dias (se não é enfermeiro nem deputado, corrija a informação na internet e diga de uma vez por todas quem é e o que faz na vida, em vez de andar a conspurcar a memória de Abel Salazar, Bento de Jesus Caraça e Lopes Graça, com a babugem da sua imbecil e embevecida admiração), digo: o Sr. Ildefonso Dias, que leva a sério Putine, como chefe de Estado, que diria se o nosso Presidente da República se chamasse Rosa Casaco? Olhe que não é diferente, muito pelo contrário.
Quanto ao mito de Cunhal ser um defensor da liberdade, é isso mesmo: um mito. Que lutou corajosamente contra o Estado Novo, nunca eu o negaria e até aplaudo, porque eu fiz exactamente o mesmo. Mas lutar contra o Estado Novo é uma coisa e lutar pela liberdade é outra muito diferente. Todas as políticas que Cunhal defendia nada tinham que ver com a liberdade, como ficou bem claro no comportamento do Partido Comunista, durante os primeiros tempos a seguir ao 25 de Abril (de que uma fatia residual da população portuguesa está ainda saudosa). Felizmente, pessoas como o Sr. Ildefonso Dias deixaram de ser politicamente perigosas, porque o poder lhes fugiu definitivamente das mãos, mas são bastante perigosas pela completa falta de princípios e de carácter que revelam, sem respeito nenhum pelas artes, onde ao contrário de Marx, que era capaz de admirar escritores que não pertenciam à sua ideologia, passa a vida a meter enviesadamente ideologia em sonetos que têm só que ver com a dor materna, seja quem for que por ela é responsável. Sabe uma coisa - e meço bem as palavras - as características de personalidade que o Sr, Ildefonso Dias revela fariam dele um magnífico serventuário do Estado Novo: os extremos tocam-se. É por isso que os arrependidos do comunismo quase nunca se ficam pelo meio termo, quando se arrependem: vão cair no outro extremo. Antigamente, iam para o CDS e para Nossa Senhora de Fátima, agora, talvez prefiram o CHEGA.
Agora, se quiser zangar-se muito, faça-o, que é para o lado que durmo melhor Só mais uma confissão (da minha fraqueza): dialogar com pessoas obtusas e teimosas deprime-me!
Eugénio Lisboa

Ildefonso Dias disse...

Um mito é Eugénio Lisboa como artista e homem de cultura. Nenhuma obra de arte saiu das suas mãos.

A burguesia, os senhores do dinheiro, percebem bem que necessitam no campo das artes e da cultura de homens dispostos a defender os seus interesses de classe exploradora.

Ora, o homem culto, os artistas, pela sua natureza raramente se prestam a esses serviços miseráveis.

É preciso criá-los artificialmente.

Eugénio Lisboa é filho da burguesia, que o tornou um homem culto atribuindo-lhe un cargo de conselheiro cultural para o qual não tinha aptidão, foi condecorado com ordens honoríficas sem critério... e temos homem para defender os seus pais

Ildefonso Dias disse...

13 de Julho de 1993 (Cadernos de Lanzarote)

"Daria alguma coisa para estar na cabeça de Lisboa, a assistir ao desfilar dos seus desconcertados pensamentos, a pergunta para que nunca encontrará resposta: 《Como foi isto possível?》"

José Saramago regista nos Cadernos de Lanzarote, a desilusão do filho adoptivo da burguesia Eugénio Lisboa para com os seus pais.

Ildefonso Dias disse...

Concluindo:

Eugénio Lisboa ainda sobreviveu... já o Sousa Lara esse fenómeno que estava a despontar no seio da Cultura teve menos sorte e foi abandonado pelos seus pais.

João Lisboa disse...

Só mais uns detalhes: https://lishbuna.blogspot.com/2022/08/blog-post_15.html

A LIBERDADE COMO CONSTRUÇÃO HUMANA E FINALIDADE ÚLTIMA DA EDUCAÇÃO

"O Homem é incapaz de gerir a sua liberdade por natureza.  É preciso educar-se a si mesmo.  Disciplinar-se, instruir-se e finalmente, ...