Ao Onésimo,
bom amigo
e bom perscrutador
É no assombro que tudo começa.
É ele que nos abre todas as portas.
Não existe obstáculo que impeça
o assombro de escancarar comportas.
Assombrar-nos é vermos para além
do exíguo espaço em que estamos.
Espantar-nos é votar desdém
ao pequeno reino em que moramos.
O assombro é a sala de espera
dos fazedores do conhecimento.
O assombro desvela na quimera
a luz nova e forte de um portento.
O assombro desflora terra virgem,
penetrando, de tudo, a origem.
Eugénio Lisboa
3 comentários:
Que assombro este poema:)
Quem escreveu este comentário devia ter terminado com um ponto de exclamação e não com dois pontos e parágrafo.
Como o primeiro comentário saiu incorreto, repito-o já corrigido: Deverá ler-se: Quem escreveu este comentário devia terminar com um ponto de exclamação e não com dois pontos e parêntesis curvo.
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