terça-feira, 20 de maio de 2014

PROGNÓSTICO PARA AS ELEIÇÕES EUROPEIAS

Atrevo-me a dar prognósticos antes do jogo.

Vai haver muita abstenção (mais de 60 por cento), porque os portugueses cada vez acreditam menos na sua representação democrática. Os eleitores que forem às urnas vão decerto castigar o governo, que não tem quaisquer objectivos para além de sair da troika (e agora que saímos?) e que faz do ilusionismo uma actividade permanente. O PS vai, portanto, ganhar claramente, mais por demérito do adversário do que por mérito próprio. Seja como for, e apesar de terem parecenças (ambos os cabeças de lista são europeístas) a lista europeia do PS é muito melhor que a do PSD-CDS, agora chamado Aliança Portugal. O PS tem mulheres com provas dadas na política como Maria João Rodrigues, Elisa Ferreira e Ana Gomes, ao passo que as mulheres do PSD-CDS ninguém sabe quem são (alguém conhece Sofia Ribeiro, Cláudia Aguiar e Ana Paula Birrento, esta o misterioso 8.º nome indicado pelo CDS?). O PS dá um ar culto e europeísta ao meter Eduardo Lourenço, o nosso maitre à penser,  no último lugar da lista e manifesta o apoio à ciência ao colocar um investigador de reconhecido mérito, o oceanólogo Ricardo Serrrão Santos, em lugar elegível. O PSD-CDS, por sua vez, não conseguiu escapar à estrita lógica aparelhística, indicando para a Europa candidatos irremediavelmente regionais como o viseense Fernando Ruas, o louletano José Mendes Bota (este, vá lá, ao menos é contra o acordo ortográfico) e o caldense Fernando Costa, talvez por estes não conseguirem lugares na política local onde eles estão treinados. Apesar de feito um bom trabalho em Bruxelas, o PSD tirou a engenheira Maria da Graça Carvalho, manifestando total alheamento pela ciência. É mais um sinal do desprezo pela ciência que os  partidos no poder entre nós têm mostrado.

Quanto aos partidos mais pequenos, quase não vão contar: o PC, dirigido por um biólogo, subirá um pouco e o Bloco de Esquerda, dirigido por uma socióloga, descerá um bocado. A eleição de deputados por partidos minúsculos não está à vista: O historiador Rui Tavares, do Livre, mereceria ser eleito, por  pensar a Europa, mas o advogado Marinho Pinto, um populista que não pensa nada da Europa, tem  mais chances. A sua sorte dependerá do grau exacto de abstenção.

2 comentários:

pvnam disse...

-> NAZISMO-DEMOCRÁTICO NÃO OBRIGADO!...
Leia-se: não podemos pactuar com aqueles que pretendem determinar/negar democraticamente o Direito à Sobrevivência de outros.
OBS: Nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim... a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros! [nota: para além dos hitlerianos, existem outros por aí]
.
Todos diferentes, todos iguais!...
---> Isto é: TODAS as identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta!...
{nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico' (reprodutivo)!... Inclusive as economicamente pouco rentáveis!...}
---> Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum.
---> Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
Leia-se:
- os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa!
.
.
P.S.
O legítimo Direito ao separatismo-50-50… pode, e deve, ser alcançado através de manifestações não-violentas (à Gandhi) por toda a Europa:
- «Pelo DIREITO À INDEPENDÊNCIA/SOBREVIVÊNCIA contra o NAZISMO-DEMOCRÁTICO».
Nota: Existem mais de 1200 milhões de chineses, existem mais de 1200 milhões de indianos, etc, etc, etc... e... existem Nazis-Democráticos!... Os Nazis-Democráticos insistem em acossar/perseguir qualquer meia-dezena de milhões de autóctones que defenda a sobrevivência da sua Nação/Pátria...

Unknown disse...

Discordo. Parece-me muito mais interessante ter deputados que conhecem a realidade regional portuguesa e tem grande ligacao ao territorio, do que "cientistas" que podem ser muito inteligentes e capazes, mas falta-lhes pensamento politico real e empatia com o povo. Para nao dizer que franciso Assis tinha sido eleito antes e nao meteu la os pes, Ana Gomes é de qualidade muito questionavel (outros dirao o contrario), e perdoe-me a franqueza, a sua citacao de titulos (sociologo, cientista, engenheiro, historiador, biologo) é um pouco bacoca... Qual a relevancia? Nenhuma, sobretudo porque sao quase todos tecnicos sem relevancia practica para a funcao. Vc esta focado em titulos. Mas o que interessa é o que fizeram e o que pensam. E nesse aspecto, aproveita-se o Paulo Rangel, a Elisa Ferreira, e o resto é conversa...

NOVA ATLÂNTIDA

 A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à info...