domingo, 19 de agosto de 2012

VOYAGER: 35 ANOS A EXPLORAR O SISTEMA SOLAR


Voyager 2, lançada a 20 de Agosto de 1977 (Image credit: NASA/JPL-Caltech)

Há 35 anos que foi lançada a Voyager 2, exactamente a 20 de Agosto de 1977. 


Trajectória percorrida pela sonda Voyager 2(Image credit: NASA/JPL-Caltech)

Esta sonda e a sua "irmã gémea", a Voyager 1 (lançada a 5 de Setembro de 1977), depois de terem explorado, pela primeira vez, os planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno) encontram-se hoje no limite do sistema solar, sendo os "objectos" mais longe da Terra alguma vez feitos pelo Homem. 

A Voyager 1, que avança para o espaço interestelar a uma velocidade de 17 km/s (61 200 km/h), encontra-se a cerca de 120 vezes a distância da Terra ao Sol. 

A Voyager 2, deslocando-se a 15,4 km/s (55 440 km/h), está a mais de 98 vezes a distância da Terra ao Sol.


Voyager 1 e 2 na região designada por heliopausa, para além da helioesfera, no limite da influência do Sol, na alvorada do espaço interestelar. (Image credit: NASA/JPL-Caltech). (http://voyager.jpl.nasa.gov/mission/index.html)

Marcos da exploração espacial, continuam a contribuir para o conhecimento do sistema solar. 

Nesta exploração, cujo 35º aniversário agora se comemora, as sondas levam consigo informação sobre a vida na Terra, dirigidas a outras vidas no espaço: o famoso "Disco Dourado" que contem saudações em 55 idiomas terrestres, 155 imagens do nosso planeta, assim com 90 minutos de "música humana" e sons da biosfera. 

O conteúdo do "Disco Dourado" foi seleccionado por uma comissão presidida por Carl Sagan (Image credit: NASA/JPL-Caltech).

As sondas comunicam semanalmente com o centro de controle no Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), em Passadena, Califórnia, via sinais de rádio captados pelo "Deep Space Network" (http://deepspace.jpl.nasa.gov/dsn/). Os dados enviados, por exemplo pela Voyager 1, demoram, à distância actual, cerca 16 horas e 40 minutos a atingir a rede de grandes antenas instaladas em três locais do planeta Terra (Goldstone na Califórnia, próximo de Madrid em Espanha e perto de Camberra na Austrália).

E continuarão a explorar e a enviar mensagens sobre o espaço a caminho das estrelas, pelo menos até 2025, altura em que os três geradores termoeléctricos de radioisótopos (a electricidade é gerada a partir do decaimento de várias unidades de óxido de plutónio-238), deverão silenciar-se... Mas as suas missões e feitos permanecerão edificantes na memória da exploração espacial.

António Piedade

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