quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A aprendizagem com preço fixo

No final do ano lectivo, um amigo contava-me que os seus filhos tinham reclamado cinco euros por cada cinco que tivessem de classificação final. Alegavam, era o que os colegas recebiam dos pais.

"Vejam se conseguem ter uns e dois, que me fica mais barato", foi o que o meu amigo lhes respondeu e parece que resolveu o assunto. Mas estranhou... as notas escolares têm preço fixo!? E os pais pagam!? Aos filhos!?

Bom... parece que a ideia colhe, ao ponto de ter apropriação publicitária. Hoje vi um anúncio onde um pai de classe média explica que comprou um automóvel ao filho porque ele conseguiu entrar (ou terminar, não me lembro bem) medicina. Deve ser o preço de entrada (ou de saída) neste curso.

Estou a ver esse meu amigo dizer aos filhos: "Vejam se escolhem cursos sem qualquer prestígio, para eu não ter de ir além dos skates".

1 comentário:

Carlos Pires disse...

O Miguel Esteves Cardoso escreveu uma vez que, quando disse ao pai que tinha tido uma classificação máxima, este lhe respondeu: "não fizeste mais nada do que a tua obrigação". Outros tempos.

Mas já ouvi falar de pior: prendas dadas por notas apenas medianas e prendas significativas (carros, por exemplo) dadas apesar das notas negativas e da falta de assiduidade.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...