domingo, 12 de fevereiro de 2012

TRÊS POEMAS DE FERNANDO LANHAS


Retirados do catálogo "FERNANDO LANHAS" (Asa, 2001) da exposição retrospectiva no Museu de Serralves:

I
Deus não é
a forma que lhe atribuímos,
mas a sua verdade,
que inventamos,
é a única que entendemos.

XXVI

O Sol
os sóis
os navios.
Os navios usam-se;
entendemos os navios que fizemos.

Os sóis
não os inventamos.

XXVII

Seguimos
à beira de saber;
a cumprir
aquilo que não sabemos,
do lado
em que não se sabe.

Fernando Lanhas

3 comentários:

Anónimo disse...

Um bom Arquitecto não é nnecessariamente... um bom Poeta! JCN

Anónimo disse...

Moral da história: Todos os dias compreendemos por argumentos os que edificam a escrita.

Cláudia da Silva Tomazi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

O TEMPO QUE ESTAMOS A VIVER (2)

Por Galopim de Carvalh o Artigo saído ontem, no jornal Público   Os portugueses e portuguesas que estão na força da vida, todos eles e elas ...