segunda-feira, 12 de julho de 2010
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SOPAS DE CARNE
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Este vídeo relembra a “Historia do corpo humano”, do médico formado pela Universidade de Coimbra, António Manuel da Cunha Bellem (1834-1905), ao utilizar a metáfora do imóvel para entender o funcionamento do corpo humano, já que a metáfora já aí constituía uma tentativa de fugir à fragmentação da comunicação e da produção científica, optando pela aproximação entre os seres e os saberes, como aliás o vídeo é disso exemplo incontestado.
Mas Cunha Bellem optou pela estrutura do imóvel, como metáfora do corpo, com as suas estruturas (esqueleto), os seus andares e compartimentos, debruçando-se sobre as propriedades de cada um, os materiais que os compõem e a comodidade que oferecem aos diversos órgãos neles contidos. Assemelha o sistema nervoso ao sistema eléctrico de um imóvel, e pondera finalmente que, se há cuidados a ter na construção e manutenção de um prédio, para que ele dure e se conserve ao abrigo das intempéries e do desgaste, assim se deverá proceder com o corpo para que a saúde perdure. A comparação não deixa de ser, por original e sugestiva, pedagógica e acessível aos leigos, considerando que a obra, publicada em 1874, fazia parte de uma colecção que o próprio título esclarece “Educação Popular” (3.ª Série, n.º 9, Lisboa: Lucas & Filho, Editores).
António Manuel da Cunha Bellem figura no “Dicionário Bibliográfico Português” de Inocêncio da Silva, (Tomo 8 – 1.º do Suplemento – A-B, Imprensa Nacional, Lisboa, 1867), com a indicação das obras publicadas (poesia, romances, dramas, artigos, manuscritos médico-militares, como oficial médico), excepto a “História do Corpo Humano” por editado em data posterior ao do Dicionário de Inocêncio da Silva.
De resto a metáfora da fábrica, da indústria e seus instrumentos, é corrente hoje em dia em muitos trabalhos de investigação dedicados ao estudo do corpo, de que o título da Faculdade de Motricidade Humana (antigo Instituto Superior de Educação Física) é o mais carismático por metafórico.
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