terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
OBRA DE GALILEU TRADUZIDA EM PORTUGAL
Informação recebida da organização do Ano Internacional da Astronomia:
Dia 17 de Março às 18 horas, na Gulbenkian
PRIMEIRA OBRA DE GALILEU TRADUZIDA EM PORTUGAL SERÁ LANÇADA 400 ANOS DEPOIS DA SUA PUBLICAÇÃO
É uma das obras mais importantes da história do pensamento ocidental: "Sidereus Nuncius. O Mensageiro das Estrelas", publicado em Março de 1610, é o primeiro livro de Galileu Galilei a ser traduzido integralmente em Portugal e vai ser lançado na sessão de encerramento do Ano Internacional da Astronomia. "Galileu escreveu para causar sensação", admite o investigador e tradutor, Henrique Leitão.
Quando foi lançada em Março de 1610, "Sidereus Nuncius" mudou a forma de vermos o mundo. Agora, 400 anos depois da sua publicação, "Sidereus Nuncius. O Mensageiro das Estrelas", com tradução e anotações de Henrique Leitão, é a primeira obra de Galileu Galilei a ser traduzida integralmente em Portugal. O lançamento terá lugar no dia 17 de Março às 18 horas, na Fundação Gulbenkian, por ocasião da sessão de encerramento do Ano Internacional da Astronomia.
"É um livro único na história da ciência e uma das obras mais importantes em toda a história do pensamento ocidental. Nunca na história da ciência uma obra provocou tanta comoção e deu origem a debates tão acesos como este", avança o investigador e tradutor, Henrique Leitão.
"O título, 'Mensageiro das Estrelas' (ou 'Mensagem das Estrelas', porque o latim permite as duas formas) tem o sentido de "Gazeta das Estrelas" ou "Mercúrio das Estrelas", isto é, tem uma clara conotação jornalística: relatar, em tom vivo e rápido acontecimentos e observações sensacionais", explica Henrique Leitão. Segundo o investigador do Centro de História das Ciências da Universidade de Lisboa, Galileu refere-se muitas vezes ao livro como um 'Aviso Astronómico', exactamente com o mesmo sentido. "Ou seja, Galileu escreveu para causar sensação", reconhece.
Para o comissário para o Ano Internacional em Portugal, João Fernandes, "O Mensageiro das Estrelas" é "um marco na astronomia e na ciência". No livro, Galileu revela e discute as primeiras observações astronómicas alguma vez feitas com o auxílio de um telescópio. Entre a Lua, as estrelas e as luas de Júpiter, "O Mensageiro das Estrelas" é "um verdadeiro livro exemplo da Ciência Moderna", sublinha João Fernandes.
Por esse motivo, o Ano Internacional da Astronomia em Portugal escolheu despedir-se na Gulbenkian, a 17 de Março, com o lançamento do livro de Galileu Galilei. Mas não só. Para o mesmo dia está ainda prevista, entre outras iniciativas, a abertura da exposição "A Astronomia no Portugal de Hoje".
E a quem se dirige este "Mensageiro das Estrelas", publicado pela Fundação Gulbenkian? "É dirigido para um público geral, mas instruído. Isto é, dirige-se exactamente ao mesmo tipo de pessoas a que Galileu tentou chegar quando publicou o seu livro em 1610", refere Henrique Leitão.
Com nota de abertura do investigador belga Sven Dupré, um dos maiores especialistas mundiais no telescópio de Galileu, o livro integra um estudo e a tradução de Henrique Leitão, uma cronologia e ainda um facsimile integral da edição original do "Sidereus Nuncius", de 1610.
"É a primeira vez que se traduz esta obra em Portugal. Mas há uma tradução portuguesa feita há anos no Brasil. Aliás, é a primeira vez que se traduz integralmente uma obra de Galileu no nosso país. Antes desta só se haviam traduzido excertos de algumas obras", nota Henrique Leitão.
Investigador e professor na Universidade de Lisboa, Henrique Leitão é coordenador da comissão científica responsável pela publicação das "Obras de Pedro Nunes", pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Fundação Calouste Gulbenkian. Colabora regularmente com a Biblioteca Nacional de Portugal, onde já comissariou quatro exposições e onde dirige o projecto de catalogação dos manuscritos científico. Henrique Leitão é membro de várias sociedades científicas portuguesas e estrangeiras, entre as quais a Academia das Ciências de Lisboa, a Academia de Marinha, a Académie Internationale d’Histoire des Sciences, a European Society for the History of Science (membro do «Scientific Board») e a History of Science Society.
O Ano Internacional de Astronomia (www.astronomia2009.org) é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, da Agência Ciência Viva e da European Astronomical Society (EAS).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O QUE É FEITO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS?
Passaram mil dias - mil dias! - sobre o início de uma das maiores guerras que conferem ao presente esta tonalidade sinistra de que é impossí...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
3 comentários:
ARCAS FECHADAS
Mais longe cada vez o nosso olhar
o céu perscruta em busca das estrelas
que estão ainda por localizar
na perspectiva de chegar a vê-las.
Inventam-se para isso cada dia
potentes telescópios, cujo alcance
faz desde logo com que a astronomia
a passos de gigante mais avance.
Onde, porém, meus olhos não chegarem
há-de chegar decerto a minha mente
mais rápida que a luz... seguramente.
A fim de nossos olhos desvendarem
o que supor nos faz a inteligência,
Deus abra as suas arcas à ciência!
JOÃO DE CASTRO NUNES
"SIDEREUS NUNCIUS"
Foi Galileu quem pôde ver o céu
pela primeira vez ao espreitar
por um longo canudo elementar
que o próprio cientista concebeu.
Que fascinado deve ter ficado
ao ver tantas estrelas rutilantes
por mais ninguém descortinadas antes,
como se aa visse postas ao seu lado!
Custou-lhe caro esse prazer que Deus
lhe permitiu gozar, mas que haveria
de contra si lançar os fariseus.
Quem perdoa aos poetas o condão
de erguendo-se nas asas da poesia
poder fruir... da mesma sensação?!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Caro João de Castro Nunes
Perdi o seu contacto porque, entretant, houve um desvio de percurso na “rua das pontes para um mesmo território”, e eis que, depois passar por outras ruas, becos e avenidas venho encontrá-lo aqui, na “avenida obra de galileu traduzida em Portugal”, em alegre convívio poético com Galileu.
Por isso, peço desculpa aos dois, ao João e a Galileu, por me intrometer, mas a nossa conversa tinha ficado suspensa, sem certezas e pejada de dúvidas, embora estas subsistam, mas conto com a sua compreensão e me instrua sobre as origens lusitanas do falecido José Stalin.
Sobre o apelido Djugashvilli, de José Stalin, fica esclarecido que no idioma georgiano significa “filho de judeu” (djuga=judeu+villi=filho). Logo, não significa filho de português.
Quanto à origem lusitana de José Stalin ou Iosif Djugashvilli, desconheço. Apenas os pressupostos de que na sua ascendência figuraria uma família integrada numa colónia de judeus portugueses que se teria radicado na região georgiana. O que é pouco ou vago para descortinar-lhe origem lusitana.
Dada a conotação judaica do nome, Djugashvilli, optou por José Stalin que nada teria de judaico, afastando daí qualquer má vontade de quem o quisesse ver judeu, embora tenha casado com uma judia, e outrss que se lhe seguiram.
Como o conhecimento é universal, gostaria de ler o que mais sabe sobre a matéria, já que me espicaçou a vontade de ficar esclarecido sobre qual teria sido o avô, bisavô, trisavô… de Iosif Djugashvilli.
Cordialmente,
joão boaventura
Enviar um comentário