17 instituições de ensino superior por milhão de habitantes colocam o nosso país à frente de outros mais atrasados no que diz respeito ao ensino superior personalizado, como o Reino Unido (apenas 2,9 universidades por milhão de habitantes). As correspondentes 5000 denominações de cursos fazem também de Portugal uma das culturas mais ecléticas do mundo, sendo explorados todos os nichos de saber (mesmo os muito parecidos). Com a diminuição da taxa de natalidade e baixos níveis de escolaridade, a ideia é que no século XXI haja uma universidade e um curso por aluno, versando os seus interesses muito específicos. Por exemplo: Universidade João Alfredo, licenciatura em lazer na óptica do utilizador, para o aluno João Alfredo (númerus clausus: 1).
(Na imagem: representação artística de uma tuna unipessoal)
7 comentários:
Que bom seria! JCN
De facto, só faltava licenciar-me e orgulhar-me do feito!
Ainda há-de chegar o momento
de a própria universidade
ter de pagar o sustento
a quem lhe der prioridade!
JCN
Tanto se é licenciado
por uma universidade
de nenhuma qualidade
como de naipe elevado:
a questão virá depois
nos confrontos entre os dois!
JCN
Encaro com tédio esta multiplicação de universidades, entre outras razões por desvalorizar a minha sólida formação académica. Como podia imaginar, quando concluí com distinção, nos anos 50, a minha 4ª classe, que o ensino chegaria a tal estado?
Eu quero uma universidade na minha varanda!
Acho este artigo interessante. Mas já agora gostaria de compreender melhor as profissões dos autores. O que é um classicista? E um pedagogo? Eu sei o que esses nomes significam, mas são profissões?
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