A Fundação Gulbenkian acaba de publicar o vol. I (1910-1927) das "Obras" do matemático português Aureliano Mira Fernandes (1884-1958; passam agora 50 anos da morte). Na foto o jovem Aureliano, em 1910-1911, entre a licenciatura e o doutoramento. Transcrevo a nota biográfica de Mira Fernandes tal como vem na badana:
"Nasceu em São Domingos, concelho de Mértola. Estudou no Liceu de Beja e na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 1910 e se doutorou em 1911 com a classificação de Muito Bom, 20 valores. Ainda em 1910, foi eleito deputado pelo Partido Republicano, mas logo abandonou a vida política.
Em 1911 foi nomeado Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, cargo que desempenhou até 1954. Cumulativamente foi professor do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, actual ISEG.
Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, participou na fundação da Sociedade Portuguesa de Matemática, sendo o primeiro presidente da sua Assembleia Geral. Foi um dos fundadores da Junta de Investigação Matemática. Entre os seus muitos discípulos ilustres contam-se Bento de Jesus Caraça e Duarte Pacheco.
Realizou notáveis trabalhos de investigação no domínio do Cálculo Tensorial, da Geometria Diferencial e da Relatividade. Muitos dos seus artigos foram apresentados à Academia dei Lincei por Tullio Levi-Civita (1873-1941).
O seu magistério e o seu exemplo de investigador deixaram uma marca indelével na matemática e na cultura portuguesa."
1 comentário:
Peço perdão por entrar assim, mas talvez seja do interesse dos leitores desta casa saber que a conferência “Como as células constroem um corpo sem terem um plano”, integrada no Ciclo “Das Sociedades Humanas às Sociedades Artificiais”, é já nesta quarta-feira, 28 de Maio, pelas 17h30. Será proferida pelo Professor Jorge Carneiro, do Instituto Gulbenkian de Ciência. Mais informação (conferencista, comentador, resumo, local) pode ser obtida clicando aqui.
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