segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Cagnotte" e lugares para o futebol

As crianças e os jovens devem estar na escola? Com certeza. Mas, será legítimo recorrer a todos os meios para conseguir esse fim que é tê-los numa sala de aula?

Em França está a ser implementada uma medida destinada a diminuir o absentismo que tem, entre os seus defensores convictos, reitores, o Alto Comissário para as Solidariedades Activas, o ministro da Educação, etc. Essa medida, noticiada na TSF, é a seguinte:

"E se a turma do seu filho ganhasse um jackpot, digamos 10.000 euros ao fim do ano como prémio pela assiduidade à escola, aplaudiria?

Pense duas vezes... A experiência - cagnotte, como lhe chamam os jornais franceses, enquanto a experiência vai alastrando (...) - começou ontem em três escolas profissionais (...). Cagnotte (...) é do jargão do jogo a dinheiro. O conceito é simples: se toda a turma for assídua a escola põe no bolo, no monte, 2000 euros. A coisa pode chegar ao jackpot de 10.000 euros no fim do ano se todos atinarem (...).

Os sindicatos dos professores pediram já a retirada desta medida, considerando que a assiduidade é o primeiro dever do aluno. Uma federação de estudantes liceais contesta a medida que define como inútil, estúpida e perigosa, e propõe a redução do número de alunos por turma, por exemplo (...).

A experiência está lançada, pode alastrar a metade das escolas profissonais da região de Paris. A polémica enche os jornais franceses que vão dando notícia, entretanto, de outros truques de escolas, porventura pressionadas pela exigência de estatísticas favoráveis. O liceu de Marselha, por exemplo, já começou a oferecer lugares para o futebol (...) para os alunos mais assíduos."
Pode o leitor ouvir a notícia aqui e valerá a pena ouvi-la, pois nela se avançam outras medidas, aparentemente mais construtivas, para ter os alunos na escola.

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