Joaquín Salvador Lavado Tejón, nascido na Argentina no início dos anos trinta do passado século, é um desconhecido, já Quino, com a mesma nacionalidade mas duas a três décadas mais novo, é conhecido por todo o mundo. O primeiro faleceu hoje, o segundo é imortal. Pessoa e Artista ofereceram-nos, entre outras criações, a Mafalda. Apareceu a menina do laço na cabeça, inicialmente numa publicação com a deliciosa designação de "Primavera plana", depois noutros meios em que ela podia caminhar, denunciando sempre...
A Mafalda fica, isso é certo. E ficando, voltemos a ela, ouça-mo-la no seu discernimento impertinente, na sua segurança ingénua, na sua rispidez ternurenta.
Bem precisamos de a ouvir, pois como António Barreto explica no texto republicado neste blogue, ao contrário do que muitos esperariam, eu incluída, o pensamento não tende a abrir-se, mas a fechar-se; a linguagem não tende a apoiar a liberdade, mas a distorcê-la.
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