Deixo aqui o guião da minha intervenção ontem no Concerto "Serenata com a Lua por perto", tocada pela Orquestra Clássica do Centro em Condeixa no ãmbito do festival das Artes de Conímbriga - MUSAS:
SERENATA COM A LUA POR PERTO
Orquestra Clássica do Centro no Festival de Conímbriga, 19/9/2020
1.ª Intervenção
É um prazer estar em Condeixa, no último concerto do primeiro Festival das Artes de Conímbriga - MUSAS. Parabéns à Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova pela iniciativa, assim como a todos mos seus parceiros. Hoje, aqui neste magnífico sítio do museu POROS, quando a Lua está no início de quarto crescente, vai haver um concerto muito especial, com a Lua por perto. Ela está a 384.000 km, pouco mais do que um segundo-luz, que é a distância que o luar demora até chegar até nós. A Lua e os astros em geral sempre inspiraram os grandes criadores musicais. Os antigos falavam da “música das esferas,” isto é, os astros, com os seus movimentos, formavam uma melodia. E a busca da ordem dentro do mistério – da luz dentro da escuridão – sempre foi um tema da arte e também da ciência. As duas, sendo diferentes, estão juntas na procura de iluminação.
Muitos dos
temas que vamos escutar hoje têm a ver com o amor, que é um fenómeno
físico-químico no nosso cérebro e no nosso corpo, e que é também algo que as
artes tentam descrever. A ciência do amor é difícil de fazer e de transmitir.
Mas uma música que descreve um sentimento de amor é algo que entra em nós
facilmente porque o nosso cérebro é extraordinariamente sensível à música.
A Serenata de hoje é grande música, na maior parte
excertos de óperas, um género musical que tem uma particular relação com a
ciência. A ópera nasceu em Florença no século XVI, na mesma altura em que a
ciência moderna estava a nascer. Mas, mais do que isso, um dos primeiros
adeptos da ópera foi Vincenzo Galilei, alaudista na corte dos Medici, que foi
pai de Galileu Galilei, o primeiro a observar a Lua com um telescópio mostrando
montes e vales que ninguém tinha visto antes. A Lua é, afinal, montanhosa como
a Terra. Mas, à medida que a ópera se foi desenvolvendo, houve curiosas
intersecções com a ciência. Num livro recente, Poções e Paixões - Química e
Ópera, o meu colega João Paulo André fala do papel da química num sem
número de óperas. O amor é um tema recorrente em óperas e, para favorecer ou
fenecer a química do amor, existem várias poções, desde a que aparece no Elixir
do Amor, de Donizetti, que é uma bebida preparada por um impostor simpático,
até ao veneno de Romeu e Julieta, de Gounod.
Perante vós está a Orquestra Clássica do Centro,
a qual, sob a notável batuta de Emília Cabral Martins, tem protagonizado a grande
música em Coimbra. O seu maestro hoje é José Eduardo Gomes. Natural de Vila
Nova de Famalicão, onde iniciou a sua formação musical, prosseguiu os seus
estudos no Norte do país. Estudou direcção de orquestra na Haute École de
Musique de Genève (Suíça). Como clarinetista, foi fundador de grupos de
câmara e laureado em vários concursos. É maestro da Orquestra Clássica da Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto e professor na Escola Superior de Música
e das Artes do Espetáculo do Porto, onde tem trabalhado com várias outras orquestras.
Já foi maestro da Orquestra Clássica do Centro, da Orquestra Clássica do Sul,
do coro do Círculo Portuense de Ópera e da Orchestre de Chambre de
Carouge, na Suíça. Foi recentemente laureado com o 1º prémio e o prémio
Beethoven no concurso de direção de orquestra da União Europeia
A soprano Lara
Martins é natural de Coimbra, mas tem fortes ligações a Tomar (Condeixa
está entre uma e outra terra!). Tinha seis anos quando o pai, um grande amante
de música, lhe contou a história de La
Traviata através das imagens que estavam impressas na capa do disco de
vinil. A ópera fazia parte do quotidiano da família mas só mais tarde, quando
já estava no Conservatório, é que ela decidiu ser cantora. Como bolseira da
Fundação Gulbenkian, formou-se na Guildhall School of Music and Drama em
Londres, onde terminou o curso superior de canto, com a nota mais alta (Lara
Martins é capaz das notas mais altas…) Muito ecléctica, brilhou em Londres no
musical dos musicais, O Fantasma da Ópera.
O tenor Paulo
Ferreira, natural de Santa Maria da Feira, é o tenor português com maior
notoriedade internacional. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian, estudou piano,
violoncelo e canto na academia de música da sua terra e concluiu o curso de
canto da ESMAE, no Porto. Aperfeiçoou-se em Itália, tendo estudado com grandes
nomes. Em 2011 estreou-se na grande sala de concertos da Philharmonie de
Colónia, ao lado de Anna Netrebko. Paulo Ferreira tem-se apresentado por toda a
Europa, em palcos como os de Bilbau, Cardiff, Nápoles, Hanôver, Bayreuth e
Basileia, como protagonista masculino em grandes óperas. Estreou-se há dois
anos na Filarmónica de Berlim como tenor solista do Requiem de Verdi.
Passo a apresentar e comentar as quatro primeiras
composições desta Serenata.
1-Abertura do Barbeiro de Sevilha, de Gioachino
Rossini. Instrumental.
A abertura é de uma ópera bufa do italiano Gioachino
Rossini (1792 - 1838), que foi um fracasso na sua estreia em 1816 em Roma, mas
que depois conheceu um retumbante êxito. O argumento do escritor francês
Beaumarchais começa com uma serenata do conde Almaviva a Rosina, uma jovem tutorada
por um médico, o Dr. Bartolo, que também a quer. Há uma curiosa ligação do 2.º acto
à meteorologia, que hoje não nos favorece, quando a orquestra faz a descrição
musical de uma tempestade, com trovoada.
O interesse pela electricidade era enorme na época romântica…
2- “Ah tardai troppo”, de Linda di Chamounix,
de Daetano Donizetti. Soprano.
Linda di Chamounix é um melodrama operático de Daetano Donizetti (1797 - 1848), o famoso
compositor contemporâneo de Rossini que nasceu em Bérgamo, no norte de Itália, que
foi há meses o centro da COVID-19, e morreu na mesma cidade, de neurosífilis,
após ter escrito 75 óperas. A sua última
ópera tem a ver com Portugal: D. Sebastião. A ópera Linda di Chamounix estreou em
1842 em Viena. “Ah tardai troppo”, “Ó cheguei tarde”, é um recitativo do 1.º
acto, que conta o enamoramento de Linda por Carlo, um artista pobre: "Cheguei tarde ao nosso/ local preferido e não encontrei/ o meu querido Carlo./ Ninguém
sabe/ o que ele terá sofrido.” No 2.º acto, Linda ficará demente devido aos
seus problemas amorosos. As cenas de loucura
eram muito do gosto do público do século XIX, quando a psiquiatria ainda
era incipiente.
3- Prelúdio do 1.º acto de La Traviata, de Giuseppe
Verdi. Instrumental.
Esta ópera do genial Giuseppe Verdi (1813 - 1901), em três actos, estreada em 1853 em Veneza, baseia-se no romance Dama das Camélias, de Alexandre Dumas. La Traviata, a mulher caída, é Violeta, que se apaixona sem revelar que está gravemente enferma. No final, Violeta morre, vítima de tuberculose, nos braços do seu amado, Alfredo. É uma doença que dizimou muita gente no século XIX, incluindo numerosos artistas (entre nós Júlio Dinis, António Nobre, Cesário Verde, etc.). Mas isso é só no fim da ópera, vamos ouvir o prelúdio. Só uma nota sobre a morte do próprio Verdi, de derrame cerebral: as suas exéquias foram impressionantes, com mais de 200.000 pessoas a cantar “Va Pensiero”, uma área de Nabucco, tocada por uma grande orquestra dirigida por Toscanini.
4- “Lunge da Lei” de La Traviata, de Giuseppe
Verdi. Tenor.
A área seguinte é também de La Traviata. Alfredo,
no 2.º acto, repleto de felicidade por estar junto da sua amada, ilustra bem o
seu enamoramento na ária «Lunge da Lei», “Longe dela”, onde confessa que
esqueceu o mundo e quase mora no céu. A letra diz: “Três luas já voaram/ desde que a minha
Violeta/ me deixou… Aqui ao lado dela sinto-me renascido”. Na química
amorosa, para além das hormonas sexuais existem as substâncias do amor
romântico, que desempenham um papel essencial no processo da paixão. Uma
molécula importante é a serotonina,
que está associada à primeira fase do amor romântico, em particular à tendência
para fantasiar revelada nesta ária.
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2.ª Intervenção
Passo a comentar as quatro composições que vamos ouvir em seguida:
5- Intermezzo de Cavalleria Rusticana,
de Pietro Mascagni. Instrumental.
Cavalleria Rusticana (em português “Cavalheirismo, ou nobreza, rústica”) é uma ópera num só
acto do italiano Pietro Mascagni (1863 - 1945), com libreto extraído de uma
novela de Giovanni Verga, que foi estreada em 1890 em Roma. Mascagni, um adepto
de Mussolini, morreu pobre logo após a libertação da Itália, há 75 anos. Apesar
de estar pouca gente nessa estreia tornou-se um sucesso imediato. Dividida em
duas partes, separadas pelo intermezzo que vamos escutar, a Cavalleria
Rusticana é uma das primeiras composições do realismo operático italiano.
Trata-se de uma história de amor, ciúme e morte que termina num
duelo. Esta composição tem sido usada como banda sonora de séries e filmes. Uma
nota curiosa: O êxito de Mascagni deve-se à sua esposa, que enviou a ópera sem
ele saber para um concurso musical, no qual obteve o primeiro lugar. Arrás de
um grande homem…
6- “O Mio Babbino Caro” de Gianni Schichi, de Giacomo
Puccini. Soprano.
Regressa a nossa soprano para cantar a ária “O Mio Babbino
Caro”, “Ó meu paizinho querido”, imortalizada pela voz de Maria Callas, que pertence
a uma ópera cómica num só acto do italiano Giacomo Puccini (1858 – 1924) – Puccini
não podia faltar neste espectáculo! – baseada numa história relatada na Divina
Comédia de Dante e estreada em 1918, por altura da gripe espanhola, em Nova
Iorque. Esta obra imortal de Dante apresenta o modelo cosmológico de Ptolomeu, no qual se situam o Paraíso e o
Inferno, o Paraíso no alto do céu e o Inferno no interior da Terra. Schichi, um
inimigo de Dante, é colocado por este no Inferno. Na área que vamos ouvir Lauretta,
que está loucamente apaixonada por Rinuccio, tenta amolecer o coração do pai,
que resiste a aprovar o namoro: ''Oh meu paizinho querido./ Eu amo-o, ele é
tão belo./ Quero ir à Porta Rossa/ para comprar o anel!” Puccini tem uma interessante relação
com a física: sofrendo de um cancro da garganta foi das primeiras pessoas a ser
sujeita a radioterapia. Infelizmente, não resistiu à doença.
7- “E Lucevan
le stelle” de Tosca, de Giacomo Puccini, Tenor.
De novo o grande Puccini, num ária cantada pelo nosso
tenor. A Tosca, uma ópera trágica em três actos estreou em Roma em 1900,
ano em que surgiu a teoria quântica, que hoje nos explica os átomos e as
estrelas. O título usa o nome de uma prima dona que é a personagem principal numa
história de amor. Na época da estreia, a atmosfera política na Itália era
tensa, com muita agitação socialista e anarquista. A rainha e o
primeiro-ministro assistiriam à estreia, e temia-se que o teatro fosse alvo de
um ataque terrorista, mas tal não ocorreu. Porém, seis meses mais tarde, o rei
italiano era assassinado por um militante anarquista. Tudo isto se passou oito
anos antes do regicídio em Lisboa de D. Carlos. Esta ária do 3.º acto ilustra bem
o enamoramento sob o céu estrelado. Mário, o amado de Tosca, canta: “E luziam as estrelas/ E o solo exarava
um aroma./ Rangeu a porta do jardim./ E um passo leve sobre a areia./ Ela
entrou com o seu perfume,/ E caiu-me nos braços./ Ó doces beijos, o suaves carícias/
Enquanto eu, trémulo,/ as belas formas livrava dos véus,/ esvaneceu-se para
sempre/ o meu sonho.”
8- “O Soave Fanciulla” de La Bohème, de Giacomo
Puccini. Dueto.
Ainda Puccini, três vezes Puccini portanto, agora com a soprano e o tenor em palco. "O soave fanciulla" (“Oh doce menina”) é um dueto romântico da famosa ópera estreada em 1896, ano da descoberta da radioactividade. É cantada a fechar o 1.º acto por Rodolfo e Mimì. Os dos apaixonam-se mal se vêem pela primeira vez, o que hoje os neurocientistas explicam através de uma substância química, a β‑feniletilamina, que actua como como neurotransmissor cerebral. A letra diz: “Ó doce menina,/ ó doce rosto/ banhado no suave luar,/ em ti eu vejo/ o sonho com que sempre sonhei!”.
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3.ª Intervenção
Passo a comentar as três penúltimas peças desta
Serenata.
9- Abertura de Cavalaria Ligeira, de Franz von Suppé.
Instrumental.
Vamos escutar uma peça instrumental: a abertura muito
conhecida da opereta Cavalaria Ligeira, do croata Franz von Suppé (1819
- 1895), que estreou em Viena em 1866. Embora esta opereta só raramente seja executada
ou gravada, a sua abertura é uma das composições mais populares do compositor, tendo
ganho vida própria. Muitas orquestras têm a peça no seu reportório e o seu tema
principal foi citado inúmeras vezes no cinema, incluindo desenhos animados. É
um tema de sabor militar, com o solo de trompete, a jeito de fanfarra, a chamar
os outros instrumentos.
10- “Meine Lippen sie
küssen so heiß,” de Giuditta, de Franz Lehár. Soprano.
Vamos agora ouvir uma ária para soprano de uma comédia
musical em cinco cenas do compositor austro-húngaro) Franz Lehar (1870 - 1948), que foi o seu
último trabalho. Surge quase no final, no 3.º acto: “Os meus lábios beijam
ardentemente” canta Giuditta, a heroína da peça com o mesmo título estreada em
1934. Giuditta abandona o seu marido e foge com Octavio, um oficial do exército,
para o Norte da África. Devido à sua profissão, Octavio deixa a sua amada, que
se torna uma dançarina de um clube nocturno. Vem a descobri-la após ter deixado
a sua unidade. Giuditta alcança sucesso na sua nova profissão, mas a
auto-estima de Octavio fica arrasada. Ela canta: “Os meus lábios beijam tão
ardentemente./ Os meus braços são tão macios e brancos./ Nas estrelas está escrito:/ Deves-me
beijar, deves-me amar!” Isto claro não é astronomia, mas sim astrologia. Dá
muito jeito para namoros…
11- “Lippen
schweigen”, de Viúva Alegre, de Franz Lehár. Dueto.
De novo os lábios e de novo uma obra de Léhar, num actuação em dueto. Há pouco os lábios estavam abertos, agora estão fechados. “Lippen schweigen”, “Fechar os lábios” é uma ária do final do 3.º acto da Viúva Alegre, uma divertida opereta em três actos, na comédia francesa. Estreada em 1905, o ano da teoria da relatividade de Einstein, em Viena, a peça pertence à época dourada da opereta. No enredo, várias pessoas tentam casar uma viúva rica para captar o seu património. Diz a canção, do 3.º acto, que lembra uma valsa: “Embora os lábios estejam fechados, os violinos sussurram:/ Cuida de mim!/ Todos os nossos passos de dança me dizem:/ Cuida de mim!/ Os nossos dedos apertados parecem tão certos para mim/ dizendo-me claramente: É verdade,/ tu queres saber de mim!”
----------------------------------------------------------------------------------------------------4.ª Intervenção
Aproximamo-nos do final. E terminamos em grande
beleza.
12- “O sole mio”, de Eduardo di Capua. Tenor.
De noite reinam a Lua e as estrelas. Mas de dia reina
o Sol, do qual depende toda a vida na
Terra. “O meu Sol” é uma célebre canção napolitana, composta em 1891 pelo
napolitano Eduardo di Capua (1865 - 1917), que Luciano Pavarotti, entre outros
grandes nomes, tão bem cantava. A letra diz: “Que bela coisa uma jornada de
sol, /um ar sereno depois de uma tempestade./ Pelo ar fresco parece já uma
festa./ Que bela coisa uma jornada de sol./ Mas um outro sol/ mais belo não há/
O meu sol,/ está na tua fronte.../ O sol, o meu sol,/ está na tua fronte.”
13- “Brindisi” de La Traviata, de Giuseppe Verdi. Dueto.
Vamos ouvir o terceiro e último excerto de La Traviata, de Verdi, neste
espectáculo, com o regresso do dueto, Lara Martins e Paulo Ferreira. O
“Brindisi” ou "Libiamo ne' lieti calici", um dueto que na ópera é
acompanhado por um coro, é uma das mais célebres melodias da história da ópera.
Surge no 1.º acto de La Traviata, cantada por Violeta e Alfredo, durante
uma festa em casa de Violeta. Um “brindisi” (que significa “saúde,” a palavra de
um brinde) é uma canção de bebida em grupo. O álcool, quimicamente C2H6O,
modifica o espírito, neste como em vários outros brindes operáticos. Alfredo
canta: “Bebamos, bebamos deste cálice de alegria./ Isto reforça a beleza/ Que
no fugaz instante/ prevaleça a volúpia./ Bebamos àquele doce êxtase/ que o amor
desperta./ O olhar penetrante/ Aponta directamente ao coração./ Bebamos ao
amor, e as nossas bebidas/ tornarão os nossos beijos mais ardentes.” Também
aqui, neste grande final, a música nos vai animar a todos. Não há álcool, mas ergamos
simbolicamente a nossa taça a esta orquestra, a este maestro e a estes dois
extraordinários solistas. Muito obrigado pela vossa inspirada serenata de hoje!
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Intervenção final
Encore -
“Blue Moon”, de Richard Rodgers (1902-1979) e Lorenz
Hart (1895-1943). Dueto.
O encore, um tema de música americana fora do universo da ópera, fala da Lua Azul. Escrita em 1934, “Blue Moon” é uma canção clássica do século XX. Foi cantada por grandes artistas como Billie Holiday, Elvis Presley, Bob Dylan e Cliff Richard. Na cultura popular, a canção já apareceu em filmes musicais como Grease e Blue Moon. É o hino do Manchester City, onde está o português Bernardo Silva. A Lua Azul é um acontecimento astronómico relativamente raro: chama-se assim a segunda lua cheia que acontece num mês. Fiquem atentos: a próxima “Blue Moon” será no próximo dia 31 de Outubro, dias antes da eleição americana. Boa Lua Azul em Outubro! Foi um prazer a Vossa companhia. E muito boa noite para todos.
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