quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

OS LIVROS COMO "MÁQUINAS DO TEMPO"

Sinopse da minha intervenção na VI edição do Encontro "Para além de Princesas e Dragões", subordinado este ano ao tema "Educar. Saber. Criar e Inovar," que vai ter lugar a 8 de Março na Biblioteca Municipal de Albergaria a Velha: 

 Sempre foi sonho do homem viajar no tempo. O livro "Máquina do tempo" do escritor inglês H.G.Wells, de 1895, é talvez o exemplo mais famoso das obras de ficção científica que corporizam essa vontade. É tecnicamente muito difícil, talvez mesmo impossível, construir uma "máquina do tempo." Mas os livros, embora metaforicamente, podem ser considerados "máquinas do tempo" no sentido em que permitem enviar mensagens ao futuro. São comprovadamente o melhor meio de enviar mensagens para o futuro. Conforme, tão bem escreveu o astrofísico Carl Sagan, no seu livro "Cosmos," os livros asseguram a "persistência da memória". Não seríamos nunca quem somos se não fosse a memória que eles nos dão do mundo e da humanidade. Tanto na ciência como na arte, os dois partes da vasta cultura humana, há uma "persistência da memória" que permite a ligação ao longo da linha do tempo. Inspirado por grandes divulgadores da ciência como Carl Sagan e Rómulo de Carvalho (que, como António Gedeão, tão bem juntou a ciência à arte), o "Rómulo - Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra", uma moderna biblioteca de cultura científica, procura, nos dias de hoje, quando os livros em papel e os livros digitais se complementam, fazer a melhor ponte entre passado e futuro. Ao comemorar os seus 10 anos, a última iniciativa do Rómulo é a escola Ciência Viva, uma iniciativa conjunta com o município de Cantanhede, que permite a todas as crianças de 10 anos desse concelho uma imersão durante uma semana na Universidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

A construção de uma máquina de viajar no tempo é perfeitamente exequível!
Vai pra mais de vinte anos, que tive a oportunidade, e o privilégio, de frequentar uma ação de formação, orientada por uma doutora especialista em Desenvolvimento Curricular e Aprendizagem em Contexto de Sala de Aula, onde os grupos de trabalho, constituídos por professores dos ensinos básico e secundário e educadores de infância, chegaram à conclusão brilhante, por votação de braço no ar, de que viajar no tempo será tão fácil como hoje é andar de avião, assim a escola inclusiva acolha no seu regaço as sementes da mudança de mentalidades urgente na transição do espaço euclidiano para o espaço de Minkowsky. Efetivamente, de acordo com a clarividência da formadora, a máquina a construir mover-se-á fora das coordenadas newtonianas, pelo que, em rigor, será uma máquina para viajar no espaço-tempo de Einstein, onde a fruição dos efeitos relativistas e quânticos estará ao alcance do mais comum dos mortais!
O sonho de viajar no tempo ainda não é uma realidade porque os fundos europeus estão escandalosamente a ser desviados para o apoio a atividades pouco inovadoras e, por outro lado, as grandes companhias petrolíferas não prescindem dos enormes lucros obtidos com a venda a retalho do gasóleo. Uma máquina do espaço-tempo não se faz sem uma fonte de energia muito mais sofisticada do que o vulgar, e poluente, combustível fóssil gasóleo.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...