domingo, 17 de fevereiro de 2019

Fracas ferramentas para conseguirmos o sucesso dos nossos alunos

Encontrei neste endereço da Direcção-Geral da Educação um sítio intitulado "Guia Europeu para as Escolas". Eis a sua apresentação:
"O Conjunto de Ferramentas europeias para as escolas oferece ideias concretas destinadas a melhorar a colaboração dentro, entre e fora das escolas, com o intuito de permitir que todas as crianças e jovens alcancem o sucesso escolar. Os dirigentes escolares, os pais e outras pessoas envolvidas em diferentes aspetos da vida escolar podem encontrar informações úteis, exemplos de medidas e materiais de consulta para inspirar os seus esforços de prestação de uma educação pré-escolar e escolar eficaz e de elevada qualidade".
Fui ver que ferramentas, ou seja, que "informações úteis, exemplos de medidas e materiais" são essas, capazes de  "permitir que todas as crianças e jovens alcancem o sucesso escolar".

São, então, cinco às áreas de ferramentas disponibilizadas: Governação escolar; Professores; Apoio aos alunos; Participação dos pais; Envolvimento dos intervenientes.

 Abri a área que se refere aos professores. Aí se diz:
Um volume significativo de estudos de investigação evidenciou que o apoio que os alunos recebem dos professores é o indicador mais importante do envolvimento escolar. Esta forte relação está ligada ao bem-estar social, emocional e comportamental e às atitudes. Espera-se, cada vez mais, que os professores se tornem facilitadores da aprendizagem. Ao motivar, orientar e apoiar continuamente todos os alunos, os professores podem ajudá-los a controlar a sua própria aprendizagem. Esta abordagem exige que os professores desenvolvam uma relação forte e baseada na confiança com os alunos e os seus pais.
Detive-me no apoio aos alunos. Ai se diz:
As necessidades dos alunos devem constituir o foco central da educação. Todos os alunos têm direito a um ensino de elevada qualidade, a um programa curricular pertinente, a avaliações adequadas e a oportunidades de aprendizagem «equivalentes» e valorizadas. As escolas devem proporcionar um ambiente que contemple a diversidade dos alunos, designadamente as várias necessidades de aprendizagem, a fim de maximizar o potencial de cada jovem. Deve ser delineado um ensino de qualidade e ajustado aos alunos, ao invés de os forçar a ajustarem-se a um sistema vigente. Esta abordagem deverá garantir a sua participação no processo de aprendizagem, bem como a perceção de um propósito claro para os seus estudos. Trata-se de incentivos importantes para a sua permanência no sistema escolar.
Continuei a abrir link atrás de link... Sempre a mesma narrativa, a retórica "educativa" oca e doutrinal, mais do que estafada. Aquela que se lê nos documentos produzida pelo Banco Mundial, pela OCDE, pela União Europeia, pelo Ministério da Educação, e, claro, que dá corpo a trabalhos académicos!

Não vi, portanto, qualquer indicio de inovação ou de consistência. Não é por aqui, por certo, que conduziremos (a maior parte d)os alunos ao sucesso académico.

Sem comentários:

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...