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A praxe consistia em enterrar os jovens na areia próximo da água de forma a que pudessem estar imobilizados enquanto lhe eram dadas, à boca, bebidas alcoólicas.
A jovem (...) teve de ser transportada de ambulância para o Centro Hospitalar (...) é estudante do primeiro ano do curso de Biologia (...) «Espumava pela boca e perdeu os sentidos»
«A minha mãe viu cerca de 20 jovens enterrados na areia, imobilizados, sem conseguirem mexer os braços».
Nas imediações, nos caixotes do lixo, eram visíveis dezenas de garrafas de bebidas alcoólicas.
Extracto do Diário de Notícias de hoje.
No passado ano o Parlamento aprovou uma recomendação onde se declarava "tolerância zero à praxe violenta e abusiva". Saiu em Diário da República (Resolução 24/2014, de 17 de Março).
Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:
1 - Pondere, no âmbito do grupo de trabalho criado com as instituições de ensino superior e as associações representativas dos estudantes, a realização de uma campanha institucional de sensibilização pela "tolerância zero à praxe violenta e abusiva".
2 - Incentive e promova a articulação entre as várias redes já existentes nas diferentes instituições de ensino superior e associações académicas, de apoio e informação aos estudantes, como são exemplo os gabinetes de psicologia, os gabinetes de acolhimento de novos alunos ou os gabinetes de apoio aos estudantes, nomeadamente através da partilha de boas práticas destes gabinetes.
3 - Desenvolva esforços para garantir que as instituições de ensino superior e as associações académicas e de estudantes, sem prejuízo da autonomia universitária, promovam uma ação pedagógica que defenda a liberdade dos estudantes de escolher participar ou não na praxe e que reforce os mecanismos de responsabilização e de denúncia às autoridades competentes de qualquer prática violenta e abusiva.
2 comentários:
Parece-me que já chega de recomendações. Está visto que, neste caso, os conselhos são insuficientes.
Concordando com o leitor, tratando-se de adultos, com vontade própria, reconheço que será difícil tomar medidas de carácter preventivo. A "psicologia das multidões" teria, necessariamente, de ser tida em conta.
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