Também assisti, como a maior parte dos portugueses, ao debate nas televisões entre Passos Coelhos e Sócrates. Pareceu-me que Passo Coelho estava cansado e apático - o que é natural, pois as coisas não lhe têm corrido bem na governação (por exemplo, ele já devia saber na altura que a venda do Novo Banco era um flop) - e que António Costa denotava mais ímpeto - o que também se percebe pois estava a jogar uma cartada decisiva na sua carreira política. Fiquei com a ideia que Passos Coelho já quis o lugar, mas agora é Costa quem mais o quer. E nisto de ser primeiro ministro é preciso querer.
O momento-chave foi, quanto a mim, quando veio à baila a questão dos jovens altamente qualificados que emigraram. Quando Costa disse que, com o programa "Vem", não vem ninguém, Passos ficou embatucado. Noutra altura teria dito qualquer coisa, agora calou-se sem argumentos. De facto, ele não tem qualquer solução a dar às pessoas que estão lá fora e querem voltar. Pior: aparentemente ele acha que fez muito bem em promover a emigração juvenil.
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