domingo, 12 de maio de 2013

Nós e os outros

"Sabemos, de há longa data, que a humanidade está dividida em duas categorias: Nós, os melhores e os Outros, os menos bons. Todos os grupos, com efeito têm tendência a privilegiar os próprios membros e a depreciar os que deles não fazem parte."
Jacques-Philipp-Leyens e Georges Schadron, 1980, 161.
Artigo: Porque discriminam mais os grupos que os indivíduos? categorização ou pretexto? In Revista Psicologia, 1, 2, pp 161-168.

6 comentários:

Ildefonso Dias disse...

Professora Helena Damião, sejamos francos, a questão é agora de escolha, e em quem queremos confiar essa escolha do caminho que seguiremos.

As palavras da citacão que nos trás não podem servir para justificar uma má escolha. Isso nunca.

No que toca aos exames temos os dados todos, tudo é suficientemente conhecido, e por isso escolhe-se o que se quer. Trata-se, repito de uma escolha. Escolha em quem confiar.
Ou pelo menos assim deveria ser.

Mas a verdade senhora Professora Helena Damião é que neste país a escolhe está viciada. Ignoram-se os melhores exemplos e dá-se todo o crédito a quem não têm.


perhaps disse...

A afirmação parte de um dado com vício: o do certo e do errado - não existe apenas a dualidade simples e linear, a vida é bem mais complexa -. O segundo, decorrente do primeiro, nós somos os certos e os outros são vistos à luz dessa certeza o que, sendo diferentes de nós, os torna errados.
É muito egocentrismo. Ou preconceito. Ou egoísmo.Ou supremacia. Ou.

Mas é que somos mesmo esses(zinhos). Todos. Incluindo os que bem escrevem sobre. A escrita não é o ser.

Helena Damião disse...

Estimado Perhaps
Talvez a frase, com ironia e imediata chamada de atenção para as nossas crenças, devesse ter sido contextualizada. Os seus autores fazem uma revisão de estudos cujas conclusões têm o sentido da frase. Mais, explicam que a identidade que consideramos muito nossa face a outras identidades pode ser modificada (acentuada ou aligeirada). No artigo apresentam uma investigação que realizaram nesta linha.
Cordialmente,
MHD

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Restara acrescentar: categoria de (pouca) humildade.



É claro, psicologia à parte.

perhaps disse...

Obrigada pela informação :) Desconheço artigo e autores. Limitei-me a interpretar, reconhecendo-me nesses erros tão comuns. A mudança de atitudes é do mais difícil que existe; diz-mo a minha experiência de se humano.
Boa noite

Anónimo disse...

É uma questão de auto estima. Quando defendo uma coisa é porque creio que está certa, pelo menos até ao ponto de achar que devo defendê-la. Portanto actuo como se a minha ideia fosse a melhor e a dos outros pior. Se achasse a dos outros melhor eu passaria a tomar como minha a dos outros. Admito que possa estar errado mas, na prática, procedo como se estivesse certo. Sob pena de nunca actuar, reduzindo-me à dúvida eterna e abúlica. Não estou parado, actuo. Logo creio que a minha acção é boa, pelo menos melhor que a dos outros. Não há outra hipótese, salvo a abulia eterna, isto é, o suicídio.

Direitos e dever(es)

Texto gentilmente oferecido por Carlos Fernandes Maia, professor de Ética.   O tema dos direitos e deveres desperta uma série de interrogaçõ...