Texto na sequência deste.
Como os leitores bem sabem, os jornais em papel e online, bem como os rádio e telejornais têm dado amplo destaque aos exames nacionais de Português e de Matemática para o 4.º ano de escolaridade que se realizaram nesta semana e que têm uma certa ponderação na classificação final dos alunos.
Amplo o destaque mas pobre a discussão, polarizada, basicamente, em três aspectos: o stress das crianças, novas demais para saírem ilesas da situação; o caso único ou quase único de Portugal nesta insistência dos exames; e o regresso a um passado obscurantista e politicamente marcado.
(A imagem acima reproduzida, de que não consigo identificar a fonte, ilustra um texto onde esses aspectos são evidentes).
Entrevistam-se especialistas, que corroboram tudo isto; entrevistam-se representantes disto e daquilo que são da opinião dos especialistas; entrevistam-se pais e encarregados de educação, e pessoas de comuns que respondem de acordo com a formulação (orientada) das perguntas dos jornalistas...
Vi apenas duas mães (do Norte, se é que isso interessa) que tinham ido acompanhar os filhos ao transporte para a escola-sede trocarem as voltas a uma jornalista. "As senhoras concordam...?". E as senhoras, que sim, que os exames fazem parte do que a escola é... "E os vossos filhos não estavam nervosos de manhã?". E as senhoras, também que sim, mas que isso é normal, revela algum sentido de responsabilidade dos miúdos... Um delas, salientou que eles, mesmo pequenos, em certas coisas são mais capazes do que aquilo que os adultos pensam.
Não me apercebi de alguém ter perguntado se a realização de exames contribui para a aprendizagem (conheço estudos recente da psicologia e pedagogia cognitiva que indicam que sim), se um nível aceitável de ansiedade relacionado com o desempenho académico desde idades precoces é estruturante da personalidade (não conheço estudos, mas entendo que a pergunta é pertinente), se os exames escolares devem continuar a associar-se a opções políticas, de esquerda ou de direita (devo salientar que, se não são tratadas como coisas absolutamente distintas, devem passar a sê-lo)....
Teria sido importante que alguém fizesse perguntas de teor mais elaborado do que as que circularam a pessoas que sabem do assunto, que as deve haver no país.
E ainda haveria oportunidade para noticiar os incidentes ocorridos na rede escolar pública: as deslocações para a escola-sede de centenas de crianças, a vigilância das provas por professores externos a essa escola, as declarações de honra assinadas pelos alunos para não usarem telemóveis, a confusão das partes do teste antes ou depois do intervalo...
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33 comentários:
Coitadinhas das crianças. Coitadinhas.
E abençoados tais defensores delas. Pergunto: tendo eles feito exames, e sendo os exames tão prejudiciais, e podendo atirar futuramente as criancinhas para os psiquiatras, será que os "especialistas" opinadores já andam nos psiquiatras? Ou estarão a caminho disso? Em qualquer dos casos estão nas melhores condições para se pronunciarem? E quais deles dão aulas ou deram ( e quanto tempo...) a crianças?
Ou será que não fizeram exames?
Admito que muitos não tenham feito. E nota-se.
Perdoai-lhes, crianças do meu país. Mesmo àqueles que não aprenderam a escrever. Ou talvez a esses.
E se os mandássemos para a escola onde houvesse exames?, nos casos que valesse a pena?
Chama a atenção a declaração de honra assinada para nem usar telemóvel; será que o esclarecimento da palavra bastaria.
Seria possível que nem crianças a serem confiscadas?!
Enquanto isto os adultos, os formadores, os voluntários deste sistema credenciam e acrescentam notas e, mais notas; as diferenciadas aldrabices.
Carissima Professora Helena Damião;
Eu, com grande frequencia transcrevo o pensamento pedagógico de José Sebastião e Silva, figura maior deste País, e ao mesmo tempo tão imerecidamente desconhecida.
E porque é imerecidamente desconhecida, deve-se tornar conhecida o mais que se puder, e por isso fica um link da biografia deste homem verdadeiramente impar de que todos nos devemos orgulhar. [escolhi esta parte da biografia, para que a senhora Professora Helena Damião possa também apreciar a grandeza deste homem invulgar num aspecto importantissimo e que me é sugeriso pelas suas palavras “(devo salientar que, se não são tratadas como coisas absolutamente distintas, devem passar a sê-lo)”]
http://www.esec-sebastiao-silva.rcts.pt/JSS/biograf/entrada.htm
Quanto ao que a senhora Professora Helena Damião diz sobre os “estudos recente da psicologia e pedagogia cognitiva que indicam que sim” que os exames contribuem para a aprendizagem!!!
Carissima Professora, Helena Damião, como? de que forma?
Aqui, recorro novamente ao Professor Sebastião e Silva (excluida que está, nesta figura maior do nosso país - como bem atesta a sua biografia - a politiquisse deveras imunda).
“11.-Alunos e professor devem assumir nas aulas uma atitude descontraida (1), que afaste tanto quanto possivél de espirito dos alunos a idéia da nota que irão ter no fim do periodo (lembrando que o seu interesse principal é aprender) e modere no espirito do professor a idéia de que é juiz (lembrando que a sua missão é, acima de tudo, ensinar). Assim, o que deve dominar nas aulas é o interesse pelos assuntos tratados. (...)
(1) Descontraccão não implica má-criacão.
Sabe senhora professora, os seres humanos têm as suas caracteristicas, têm as limitacões inerentes à sua natureza, tal como a Terra, que gira!! e essas estão lá, e sempre estarão, como se pode perceber nas palavras de Sebastião e Silva.
E não haverá estudo que as elimine, pois essas caracteristicas intrinsecas à natureza do ser humano, carissima professora, e quanto mais depressa as pessoas compreenderem isso mais depressa avancaremos, possa por isso a senhora compreender isso, é o que eu lhe desejo.
Nota: A parte que refiro no comentário é o capitulo ESPÍRITO LIBÉRRIMO que eu gostaria que a senhora lê-se.
Estimado Leitor Ildefonso
Para não ter de procurar muito, pode ler, por exemplo, a apresentação de um livro de divulgação recentemente publicado em Portugal: http://dererummundi.blogspot.pt/2012/12/sobre-avaliacao-dos-alunos.html
Neste livro, o artigo de Jeffrey Karpicke é particularmente interessante. Querendo profundar, consulte algumas das referência em que este autor se baseou, algumas das quais estão disponíveis na internet.
Cordialmente,
MHD
“Os problemas dão uma boa oportunidade de alargar a matéria das licões e de tornar mais realistas, e mais firmes na mente, as idéias que expusemos.” [Prefácio de Feynman - The Feynman Lectures on Physics]
“9. Na aprendizagem da matemática não basta ter intuicão, compreender, definir e raciocinar. É também indespensavél adquirir certos automatismos psicológicos. Isto vale, especialmente, no que se refere a técnicas de cálculo. Tais técnicas são mais perfeitamente assimiladas quando o aluno conhece bem os fundamentos teóricos das mesmas. Mas esse conhecimento não basta: o professor deve insistir para que os alunos se treinem bastante em exercicios equilibrados, que requeiram a aplicacão das referidas técnicas.” [Sebastião e Silva - Normas gerais (Guia para a utilizacao dos compendios de matemática).
Professora Helena Damião, repare nas duas transcricões acima quando comparadas com o seguinte texto que a senhora nos dá a ler :
"Modernamente, as ciências cognitivas vieram revelar um factor vantajoso associado à realização de provas. Os conhecimentos ficarão mais consolidados se eles forem chamados, isto é, a inquirição dos alunos sobre aquilo que sabem torna-os mais sábios e a solicitação sobre aquilo de que são capazes torna-os mais capazes.”
Carissima Professora Helena Damião em que diferem?
Só na conclusão abusiva (sem provar nada, absolutamente nada!) que depois se retiram de quão acerca bons são os exames!!! porque os exames?! e porque não exercicios para consolidacão dos conhecimentos? porque é que os exames são melhores?!
Quero ainda recordar-lhe as suas palavras “... mas é certo também que os exames, os testes, as provas com carácter sumativo, que permitem a classificação, desempenham um papel importante, tanto na aprendizagem como na prestação de contas à sociedade que financia a escola.”[MHD]
O que são os exames é aquilo que nos mostra o Professor Sebastião e Silva:
“Todos nós sabemos que os exames são a parte ingrata (de certo modo negativa) do ensino; praticada em excesso, acaba por massacrar docentes e discentes, fatigando-os inutilmente, tirando-lhes a vontade para o trabalho construtivo, levando-os por vezes a execrar a ciencia e os cérebros que a geraram(1). É evidente que se trata dum mal necessário, mas, por isso mesmo que é um mal, conviria reduzi-lo ao mínimo necessário. [Sebastião e Silva - Sobre o Ensino da Matemática na Alemanha]"
(1) Sem esquecer que, muitas vezes, o exame faz uma seleccão errada, colocando em primeiro lugar o aluno mais espectaculoso, mais expansivo, que não é geralmente o mais concentrado, o mais profundo.
E a melhor atitude em face do mal, que são os exames é tambem a dele:
11.-Alunos e professor devem assumir nas aulas uma atitude descontraida (1), que afaste tanto quanto possivél de espirito dos alunos a idéia da nota que irão ter no fim do periodo (lembrando que o seu interesse principal é aprender) e modere no espirito do professor a idéia de que é juiz (lembrando que a sua missão é, acima de tudo, ensinar). Assim, o que deve dominar nas aulas é o interesse pelos assuntos tratados. (...)
(1) Descontraccão não implica má-criacão.
P.S.: Professora Helena Damião, nem Jeffrey Karpicke nem ninguem consegue estabelecer o papel importante (que não existe) dos exames na aprendizagem; tudo o que se disser nestes moldes “Modernamente, as ciências cognitivas vieram revelar um factor vantajoso associado à realização de provas. ...” mais não é que uma tentativa de atirar areia para os olhos dos incautos. Porque não podem provar aquilo que afirmam e aquilo que não é.
Cordialmente,
Carissima Professora Helena Damião;
Em relacão às respostas dadas pelas mães, tal como nos mostra neste seu ‘post’ tenho a dizer-lhe que elas estão em consonãncia com aquilo que é o diminuto conhecimento que a maioria dos pais e encarregados de educacão têm acerca do ensino e da aprendizagem.
Tal falta de esclarecimento é muitissimo negativo, não só porque esses pais e encarregados de educacão deixam os seus educandos à mercê da arbitrariedade de um qualquer professorzeco, como é ainda um factor impeditivo da elevacão colectiva que se deseja no ensino e tão necessária que é para o desenvolvimento do país.
Porquê professorzeco e não paizeco ou mãezeca? Ou mesmo estudantezeco?
Porque esses são as vitimas.
E as culpas que têm é precisamente as do desconhecimento que revelam acerca dos metodos de ensino e aprendizagem.
Hà até um exemplo bem esclarecedor que eu li em tempos num comentário aqui no DRN. Dizia um professorzeco, em linhas gerais o seguinte:
Como os alunos se encontravam ávidos por conhecimentos, e queriam dispor de material para aprender, ele, o professorzeco, deu-se ao trabalho de preparar em casa uns elementos de estudo "apontamentos" e distribui-os pelos alunos que lhos tinham solicitado. E anunciava aqui a sua "proeza", salvaguardando que o tinha feito com o consentimento ou conhecimento dos pais dos alunos, não fora dar-se o caso de algum encarregado de educacão apresentar uma "queixa" o que o deixaria em problemas e ele não desejava isso.
Caro anónimo, este professorzeco, com esta atuacão, destroi nos estudantes qualquer iniciativa de pesquisa, de criatividade, de aprendizagem pela redescoberta. Destroi qualquer tentativa de modernizacão do ensino que se pretenda implementar.
O que ele fez foi sabotar a implementacão desse método de ensino, assente naqueles pressupostos. Deveria ser punido por isso. Mas não é. Apenas é um professorzeco.
Fica a pergunta já antes colocada e a resposta: Como chegar-lhe a estes professorzecos????? Não sei.
Prezado Leitor Ildefonso
O que diz na sua última intervenção tem sentido, mas em abstracto. Acontece que são vários os professores que conheço que têm tido problemas com encarregados de educação por darem "mais" aos seus alunos, ou seja, por lhes proporcionarem apontamentos, tratarem assuntos que vão além do manual, que vão além do programa... E isto porque vêem que os alunos acompanham, querem saber. Disso, já falei no DRN.
Cordialmente,
MHS
Estimada Professora Helena Damião
Já na minha actividade escrevi, com muito gosto, para os meus alunos, sempre que eles o solicitaram, mas nunca me preocupei com qualquer consentimento dos pais, e nunca dei fé de haver algum problema com isso (alguns até fizeram questão de agradecer). Também nunca me gabei de tal facto, o que seria ridículo. Porém, o texto acima, em linguagem de carroça, sabe a senhora muito bem que foi escrito com a intenção de ofender a minha pessoa. Debalde. Mas, sobre a atitude reincidente de quem o escreveu gostava muito francamente de lhe comunicar o seguinte, porquanto, "quem não se sente não é filho de boa gente":
Sou contra qualquer tipo de censura da livre opinião, do mesmo modo que sou contra a possibilidade de ofensa gratuita, intencional e repetida, mesmo que derivada de casos ou estados patológicos. Ora, aqui neste sítio, para além de mim, que não dou importância a certos indivíduos, ao que dizem e ao que fazem, já foram mal tratadas ou insultadas pelo mesmo interveniente pessoas tão diversas como: Sara Raposo e uma sua (talentosa) aluna, Desidério Murcho, Jorge Buescu, António Barreto, Pacheco Pereira, Vergílio Ferreira (nem a obra nem a morte o livraram…), João Gobern, Mariano Gago e, mais do que todos, Guilherme Valente, a quem aproveito para manifestar a minha solidariedade. Honrar-me-ia muito estar (ou ter estado) ao lado de qualquer uma daquelas Pessoas, mas lamento que seja nestas circunstâncias. Obviamente, pronuncio-me em nome próprio para dizer que o De Rerum Natura tem obrigação de decidir se permite uma coisa tão grotesca e de tamanhas proporções. Se o não fizer aceita-a. E se a aceita convive com ela. Por mim, se algum dos autores do blogue fizer o favor de me dizer que devo deixar de aqui fazer visitas, cumprirei escrupulosamente, sob compromisso de honra. Sem levar a mal. Afinal estou em casa alheia, apesar de, por gostar, a ter feito um pouco “minha”. Ilegitimamente, claro.
Muito obrigado.
Sou: José Batista da Ascenção
Caríssima Professora Helena Damião, esses casos de que fala deveriam ser analisados para verificar o quanto fechado e rendido aos condicionalismos tradicionais ainda se encontra o nosso ensino (em todo o caso, e seja como for, as vitimas de tudo isso são as mesmas).
O caso que eu descrevo não trata de uma situacão dessas.
Trata sim, de um abuso, e de uma intervencão desastrada de um professor.
Hoje acredito que o ensino terá certamente os seus “mecanismos” - muito melhores que no passado - que permitem fazer face a situacões dessas. No passado existiam os condicionalismos tradicionais que eram dificéis de transigir. Repare-se por exemplo a Advertencia que o Professor Sebastião e Silva coloca no seu compendio de Algebra:
“São facultativos todos os assuntos teóricos e exercicios que, neste livro, vão marcados com asterisco. Todas as restantes partes do texto impressas em corpo menor têm funcão meramente esclarecedora; a sua leitura não é, portanto, obrigatória, mas recomendável, especialmente aos alunos mais interessados.”
Cordialmente,
P.S.: Senhora Professora Helena Damião, acrescentando à lista, também já discordei do sr. Paulo Guinote, mas nunca mal tratei ninguem.
Caríssima Professora Helena Damião;
Vou transcrever-lhe uma passagem de Boschetti-Alberti, bem elucidativa, do quanto desastroso um professor pode ser!!! (como foi o professorzeco no caso que relatei)
“(...)
« E qual deve ser a posição do mestre perante o aluno no problema da instrução?
« - Criar para ele uma ambiência de justa liberdade, na qual a inteligencia possa desenvolver-se livremente e a sua individualidade livremente libertar-se; não perturbar, nem o desabrochar da inteligencia, nem a afirmação da personalidade.
« Eis o principal dever do mestre.
« E para triunfar nesta tarefa, o professor deve, desde o principio, habituar a criança à educação de si mesma, educação que nem por um instante deverá ser desmentida».
“Quando eu introduzi na minha escola este método, havia um pensamento que constantemente me preocupava: eu quero obter da criança que trabalhe por si mesma. Todavia, se o seu esforço de educação pessoal ultrapassar os limites convenientes, eu devo intervir.
« Como descriminarei eu então se o esforço é normal - e neste caso o meu papel é não perturbar - ou se, pelo contrário, o esforco começa a ser excessivo, cumprindo-me então intervir?
« Oh! esta tendencia perpétua a criar-nos inquietações supérfluas, a endossar responsabilidades que não nos pertencem!
« Depois de vários anos de experiencia eu rio-me hoje dos meus cuidados de antanho.
« Não temos que preocupar-nos em descobrir ou descernir quando comeca a dificuldade; sabê-lo-emos facilmente e de uma forma bem simples. A criança, habituada à educação de si mesma, procurar-nos-á espontaneamente quando uma dificuldade grande se lhe apresentar.
« Minha senhora, - diz uma criança - hà quatro dias que procuro uma regra para multiplicar números decimais, e ainda não a encontrei!...»
« Se algum professor inexperiente desse à criança uma resposta feita, com que desgosto o aluno, habituado a procurar por si mesmo a resposta, escutaria este desastrado conselheiro! « Não, não, deixe-ma procurar, eu a encontrarei por mim mesmo!» Os nossos alunos defendem tanto a sua independencia e o seu trabalho como a sua própria individualidade.
« E que alegria o descobrir uma regra nova, o corrigir por si mesmo um erro ou adquirir um conhecimento! A criança exprime, assim, uma alegria tão forte que eu não sei compará-la a nenhuma outra alegria infantil.
« E quando eu observo esta alegria tão radiante, tão expressiva, tão viva, pergunto a mim mesmo: Com que direito nós adultos e «sábios», ousaremos privar uma criança duma tal satisfação?
(...)
Qualquer pessoa com principios percebe que as duras críticas que aqui fiz a António Barreto e Mariano Gago são justissimas, que não se trata de mal tratar ninguem, mas sim de lhes atribuir as responsabilidades que têm enquanto governantes, desastrosos que foram, incompetentes que foram e continuam, mas que todavia conseguem enviar os seus familiares para estudar no estrangeiro, porque o país paga-lhes bem pela incompetencia, com as chorudas reformas, os filhos do Sr Dr. Jorge Sampaio, só para dar um exemplo, onde estudaram, não foram ao estrangeiro estudar!!! dispensam bem este ensino que temos. Quem lhes pagou os estudos!!!
É pena que os filhos dos pobres, que sustentam essas benesses, esses nem tenham dinheiro para estudar no ensino superior de que dispõem.
Com todas as outras pessoas que este este senhor pérfido, colocou numa espécie de “lista” vergonhosa por mim mal tratadas ou insultadas, devo dizer que o que existiu foram discordâncias de opiniões, e que eu sempre justifiquei ou tentei justificar os meus pontos de vista. Insisto, nunca mal tratei ninguem nem insultei, apenas fiz uso da franqueza das palavras.
Mas como sempre existem pessoas a quem falta a vergonha, e que vem aqui apresentar mais uma sujeira, e por isso mesmo não são pessoas para se evergonar de nada, são pessoas talhadas para os grandes espectaculos, mesmo que sejam por demais vergonhosos.
É isto que tenho para dizer.
Felizmente tudo fica registado no site, por exemplo neste post
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/09/apresentacao-do-livro-os-anos.html
Alguem pode vêr algum insulto feito por mim ao Sr. Dr. Guilherme Valente, certamente que não, ou já não se pode ser franco na forma de falar com as pessoas!
Deixo aos leitores do DRN o desafio da apresentacão de um insulto meu a alguma das pessoas referidas. Insulto que não existe tenho a certeza.
Ainda sobre a infeliz personagem e sua tirada desastrosa....
O post da aluna que eu alegadamente mal tratei e insultei é este (nada disse).
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/12/quino-e-platao.html
No post em que dou a minha opinião em que falo do assunto é este.
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/12/no-dia-do-seu-nascimento-singela.html
E pergunto onde é que eu, nos meus comentários, tratei mal ou ofendi a aluna Diana Tódica e sua professora Sara Raposo.
Felizmente, repito, tudo fica registado. E permite o esclarecimento. As poucas vergonhas essas ficam com quem as pratica.
Relativamente ao Professor Jorge Buescu, está aqui um post.
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/06/uma-nova-historia-da-matematica-em.html
Onde é que eu mal tratei ou ofendi o Professor Jorge Buescu?!
Inclusivamente deixei-lhe ao professor Jorge Buescu, num outro post, uma critica preciosissima, de grande valor, que retive numa leitura de Sebastião e Silva, e que tinha a vêr com Pedro Nunes, lembrando-lhe que PEDRO NUNES enfileira entre os percursores da análise infinitesimal.
Enfim, deveriam existir limites para a pouca vergonha.
Mas a submissão, o lamber de botas ultrapassa tudo, leva as pessoas a exporem-se a todas as patétices.
Idem...
Para Virgilio Ferreira
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/11/nunca-o-ocultei-porque-cumpri-sempre.html
Para João Gobern
http://dererummundi.blogspot.pt/2013/04/educacao-para-adultos.html
Para Paulo Guinote
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/04/educacao-do-tempo-de-duas-geracoes-da.html
No comentário que esta manhã dirigi à Professora Helena Damião escrevi "mal tratadas" em vez de "maltratadas". Fica a correcção. Pelo erro, as minhas desculpas.
Meu caro Dr. José Batista, sei que é uma pessoa bem formada e um professor atento, cuidadoso e competente. Admiro a frequência dos seus comentários a muitos textos do De Rerum Natura, e a maneira inteligente e sensata que sempre revestem. Pessoalmente penso que será uma pena e um empobrecimento que eles desapareçam do RN. Espero poder continuar a lê-los. Peço-lhe que continue e penso sinceramente que muita gente que frequenta este blogue pensa como eu. Cordialmente.
Caríssimo Professor João Boavida;
A maioria dos leitores do DRN são jovens e livres no pensamento e tambem nos actos, e por isso não compreenderão essa sua solidariedade.
Solidariedade, para com Mariano Gago que, enquanto ministro, afirmou que “José Socrates era um modelo de estudante, um exemplo que todos os estudantes do país deveriam seguir”;
Pergunto: Se, para os jovens, livres, deste país, esse senhor merece a solidariedade que lhe entrega?
Solidariedade, para com António Barreto, que por principio, diz que o ensino superior não deve ser acessivél a todos, por causa do seu custo, quando ele recebe reformas chorudas;
Pergunto: Se, para os jovens, livres, deste país, esse senhor merece a solidariedade que lhe entrega?
Solidariedade, para com José Batista, que é solidario, com aqueles que o senhor é solidario, que deformou e deturpou o conceito de Escola Única, e que anda aqui hipocritamente a reclamar pelos pobres;
Pergunto: Se, para os jovens, livres, deste país, esse senhor merece a solidariedade que lhe entrega?
Solidariedade, para com aqueles, que fazem a defesa de uma ideologia ultrapassada, querendo o regresso ao passado;
Pergunto: Se, para jovens, livres, deste país, esses senhores merecem a solidariedade que lhes entrega?
Solidariedade para com aqueles que ocupando os mais altos lugares na hierarquia do Estado, e estrutura universitária, impõem, contra o interesse nacional, vetos a manifestacões de homenagem a cientistas como Sebastião e Silva, que mais não seriam que um dever patriotico;
Pergunto: Se, para os jovens, livres, deste país, esses senhores merecem a solidariedade que lhes entrega?
Eu creio que o que eles merecem é desprezo senhor professor Boavida.
Não se pode trilhar dois caminhos em simultaneo, o senhor mostra aqui aos jovens o seu caminho, que não é o que interessa aos jovens.
E por isso não se admire que a maioria dos leitores do DRN, jovens, se afastem de si, que não queiram ir consigo, nesse caminho de solidariedade com a desumanidade.
Meu querido Professor,
Acabo de ler o comentário que me dirigiu e duas lágrimas saltaram dos meus pobres olhos.
Tive o privilégio de ter bons professores e a honra de lhes escutar as lições e de me submeter aos seus exames. Também às suas aulas - às suas mesmo - nunca faltei, eu e um grupo de que fazia parte. Foi o Senhor que (melhor) me falou dos grandes pedagogos. Ainda guardo, empoeirados e muito amarelecidos, os apontamentos que então tirei.
Mas, o melhor que me deu foi a atitude e o exemplo, que, ciosamente, guardo no peito.
Serei sempre um seu aluno.
Aceite um abraço imenso.
E desculpe a fraqueza que confessei logo no início deste pequeno texto.
Muito obrigado.
Meu Caro Ildefonso Dias
Não se trata de solidariedade nem de falta dela para com as pessoas que nomeou.Não sou nem nunca fui próximo deles. Limitei-me a lamentar que uma pessoa que frequenta diariamente este blogue,que segue com atenção quase tudo o que nele se escreve, e que tem feito comentários sensatos e inteligentes, pelo menos os que li, merece consideração e é pena que nos abandone. O caso de ter sido meu antigo aluno e de saber que se tornou num bom professor é, para mim, motivo de satisfação. Mas não é a razão do meu pedido para que aqui continue. A grande razão é que, como todos sabemos, e vemos todos os dias, comentar não é fácil. Nem mesmo no País dos comentadores.
Estimado Leitor José Batista
As suas intervenções têm enriquecido o conteúdo deste blogue. Não está em casa alheia, está numa casa que é de todos.
Cordialmente,
MHD
Professor Boavida e Helena Damião;
Os senhores Professores não leram os insultos de José Batista a um leitor e comentador do DRN de nome António Pedro Pereira, pois claro que não leram!!!
Esse leitor e comentador, pessoa muito culta, (que aqui me falou e deu a ler António Nóvoa) foi vitima de uma tentativa de enxovalhamento por parte do inqualificavel José Batista (felizmente fracassada, porque facilmente se percebia a diferenca de cultura e linguagem).
António Pedro Pereira declarou no comentário que tal era motivo para não vir aqui mais ao DRN comentar.
E deixou de comentar. Nunca lhe foi dada uma palavra de solidariedade e apoio com o seu trabalho.
Dá-se a estes individuos, formatados para a submissão e o lamber de botas. Sabe-se lá o porquê!!! talvez seja doce...
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/01/entrevista-guilherme-valente.html
José Batista da Ascenção1 de Fevereiro de 2012 à0 15:28
Ele há indivíduos que não são vesgos.
E dão lições sobre todas as coisas, mesmo que ninguém
lhas peça e todos lhas dispensem. Embora eu fale
(apenas) por mim.
E tanto escrevem "mostrar-mos", como "usa-mos" como
dão soberbas lições de etimologia. Eu já fui vítima
de uma "lição" dessas. Não quero maçar ninguém
expondo a prova do que afirmo. Porque me espanta e
me faz doer. Mas, se alguém duvidar do que escrevo,
pode confirmá-lo aqui:
http://dererummundi.blogspot.com/2011/10/contra-estes-exames.html
Dê-nos Deus santa paciência para aguentar situações que
não seriam expectáveis.
Que pode um mortal fazer?
De qualquer modo, farei tudo para não voltar a este
assunto.
Aos leitores do DRN;
Neste post acima os senhores Professores Boavida e Helena Damião ficam muito mal na fotografia quando se associam ao inqualificavél José Batista.
É como é.
Em toda esta miséria, existe uma pergunta que se exige.
Quem é GUILHERME VALENTE???
Quem é este senhor, na verdade, ao qual muitos se vergam?!
Que poder tem neste país?!
Qual a sua capacidade de influencia no ensino em Portugal?
Quais os seus interesses?
Porque se vergam a este senhor muitos professores e universitários?!
Assim, que futuro será o nosso?
Muito obrigado pelas suas palavras, caríssima Professora.
Da "lista" de pessoas por mim insultadas feita e apresentada aqui por Josá Batista, "escapou-me" um figurão maior da nossa democracia que é José Pacheco Pereira, desse senhor certamente o que disse, é que foi um feroz defensor da Guerra do Iraque.
Diz José Batista: "Honrar-me-ia muito estar (ou ter estado) ao lado de qualquer uma daquelas Pessoas..."
Com Pacheco Pereira eu gostava de o ver, ambos, confraternizando mas no Iraque.
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