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4 comentários:
Vou buscar uma remessa deles, não sei quantos,
hoje, ao início da tarde, para "corrigir".
Dias duros, os próximos.
Depois poderei falar sobre eles, com os
ensinamentos da realidade vivida, por mim e
por muitos. Pelos alunos também, claro.
Em "hibernação", portanto.
Os dados comparativos são, mais uma vez, muito claros. Número de países na Europa com exame no 4.º ano de escolaridade? Zero. Aliás, praticamente nenhum país tem exames (ou seja, provas com influência no percurso escolar dos alunos) antes do final da escolaridade obrigatória. Portugal vai “inovar”, coisa que aliás faz imenso sentido num país que já tem os maiores défices de qualificações.E é com mais exames que vamos responsabilizar e melhorar o ensino?E é com mais exames que vamos motivar e organizar melhor o trabalho dos alunos e professores?Parece-me que vamos alocar recursos nacionais para mais exames! Incrivel!Não haverá medidas mais estruturais e importantes para o ensino?Era mesmo disto que o sistema de ensino estava a precisar?
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Os exames são na actualidade uma forma de ensino temporário de avaliação para determinadas matérias, em que se assiste à perversidade do estudo intensivo pré-exame, e consequentemente o pouco conhecimento após a sua realização. A aprendizagem é contínua e a substituição de exames por trabalhos práticos e a sua exposição são muito mais valorativos para
avaliação, ensino e conhecimento aos alunos. Não sou a favor de mais exames, mas sim e apenas no acesso ao ensino superior.
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Querer resolver eventuais problemas do ensino com exames é como achar que análises ao sangue vão tratar uma doença.Os exames a contar para a nota não acrescentam à avaliação do ensino nada que as provas de aferição não fizessem já.A actual lógica do ensino é profundamente errada, pretendendo considerar importantes apenas as disciplinas de Português e matemática, mas a educação é muito mais do que isso. Por que será que não há outro país na OCDE com exames no 4º ano a contar para a avaliação do aluno? Será que vamos inventar a roda?
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Penso que a estratégia do Ministério é errada. A solução apresentada para passarmos a ser sérios e rigorosos é exames finais. Quem discorda é visto como um construtivista selvagem. A estratégia que este Ministério segue é abertamente “comportamentalista”. “Programar” os alunos para realizar exames e provas é possível, mas é extremamente desinteressante.
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Sou frontalmente contra a existência de exames. Exames são bons para quem gosta da antiga vadiagem coimbrã, que rebaixa o ensino a um único momento em todo o ano. Quem faz testes e apresenta trabalhos ao longo de todo o ano esse está a ser avaliado, esse sim merece ser enaltecido. Ao longo do meu curso sempre fiz exames e sei perfeitamente como é que o exame pode ser feito contra o aluno escondendo rasteiras em pertenços conhecimentos transmitidos. Não é uma opinião minha existe ampla bibliografia sobre isto. Mas também sei de muitos outros cursos onde a avaliação é feita com frequências, em que é que os exames vão preparar para alunos destes cursos.
Alunos que estudam seriamente durante o ano não tem problemas com exames... já os que vivem de "trabalhinhos"...
Não concordo. Os exames são a ÚNICA forma de colocar todos os alunos ao mesmo nível, tanto os de escolas públicas como os de privadas. Há muitos e muitos meninos filhinhos de paizinhos ricos que pouco fazem e sem qualquer esforço têm 18, 19 e 20 e sabemos que no ensino público as coisas não são bem assim, pelo menos no secundário. Muitos vão para o privado para terem altas notas, entrarem em medicina por exemplo, e acabam com notas muito melhores do que muitos que se esforçaram muito mais e que são bons alunos, mas que não estão no privado onde muitas das notas são literalmente compradas! Pelo menos assim, quando se candidatam ao ensino superior, todos se candidatam supostamente com alguma igualdade!
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