domingo, 17 de junho de 2012

A nomeação de Vitor Pinheiro por Miguel Relvas

“Mais afastado da frente mediática do Executivo depois do seuenvolvimento nos polémicos casos das secretas e das alegadas pressões sobre ojornal ‘Público’, Miguel Relvas assume, cada vez mais, um papel de ministro sectorial” (Ângela Silva, autora do artigo “Das Novas Oportunidades para o Impulso Jovem”).

Depois de ter lido e comentado positivamente o post de Guilherme Valente aqui publicado,Exames a sério – finalmente uma auditoria ao ‘eduquês” (16/06/2012), em transcrição de um seu artigo de opinião, no Expresso, fui colhido de surpresa com esta notícia saída na mesma edição desse semanário, intitulada “Das Novas Oportunidades para oImpulso Jovem” (p. 12, Primeiro Caderno). Dessa notícia, transcrevo este excerto:

“O actual Governo sempre torceu o nariz às Novas Oportunidades – programa de apoio ao emprego lançado por José Sócrates que Passos Coelho acusou na campanha eleitoral de diplomar ignorância -, mas foi precisamente um ex-técnico das Novas Oportunidades que o ministro Miguel Relvas foi buscar para coordenar o programa do actual Governo para estancar o desemprego jovem”.

Trata-se o nomeado de Vítor Pinheiro de cujo currículo consta ter tido a seu cargo (2008 e 2010), “a organização, gestão e acompanhamento deacções no âmbito do Programa Novas Oportunidades". Mais há aqui o perigo de Vitor Pinheiro, até agora, chefe de divisão na Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho, com tutela na contratação pública e recursos humanos, pelo seu passado nas Novas Oportunidades, não querer tornar-se personagem maldita de Miguel Torga: “Maldito seja quem se nega aos seus nas horas apertadas”.

Ou seja,há o perigo de Vitor Pinheiro, mesmo julgando estar a fazer obra asseada e de de louvável solidariedade (o que seria deveras espantoso!), não se negar aos seus nas horas apertadas. O compadrio em Portugal tem grande e indestrutível tradição... e "gato escaldado de água fria tem medo".

Na fotografia: Miguel Relvas.

Sem comentários:

O QUE É FEITO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS?

Passaram mil dias - mil dias! - sobre o início de uma das maiores guerras que conferem ao presente esta tonalidade sinistra de que é impossí...