Em Inglaterra, várias escolas básicas desenvolvem actividades relacionadas com o ensino do latim a crianças. Professores, Especialistas e Directores de escolas enumeram as vantagens desta aprendizagem precoce a nível cognitivo, atitudinal e instrumental.
O latim aparece como um modo de imprimir sucesso a aprendizagens futuras. As crianças parecem ficar fascinadas com histórias de heróis longínquos e o seu nível de desempenho torna-se verdadeiramente superior a nível linguístico. Assim, o elitismo em que parecia consistir o ensino do latim democratiza-se, permitindo o alargamento de horizontes.
Assistam aqui .
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18 comentários:
Concordo em absoluto. Estimula a lógica e o planeamento de tarefas , o Latím. Tem de se arrumar tudo muito bem antes de traduzir. É a matemática das letras.
Mais uma machadada no latim! JCN
Apesar da sua formação humanística, Salazar era contra o ensino do latim nas escolas a pretexto de que, sendo a matemática das línguas, seria matemática a mais. Pobres crianças! JCN
Fico muito contente. Sempre tive um grande fascínio pelo Latim, mas nunca tive oportunidade de o estudar. Uso imenso 'latinices'! :)
Coisas...
acho muito bem, pena é que num país de língua neo-latina se aprenda tão pouco e se desvalorize tanto a nossa "língua-mãe".
No século XIX o latim era considerado o "coração viril das Humanidades", e começou a perder força quando os países começaram optar pelo idioma pátrio.
A reaparição deveu-se à necessidade de formar não apenas latinistas mas também helenistas, com o objectivo de lançar no mercado tradutores do grande acervo de textos clássicos ainda não traduzidos, ou certificação dos já traduzidos.
Depois,como diz a Alexandra, tornou-se uma disciplina elitista que, mesmo assim, foi preterida pela motivação de novos instrumentos tecnológicos que exigiam outras atenções e outros saberes.
Quanto à experiência do latim no ensino primário inglês pode parecer louvável para o futuro da língua clássica, mas, infelizmente não passará apenas de uma disciplina extra para conhecimento esporádico dos jovens alunos.
Pode ser que a interiorização desperte em alguns uma vocação latinista inesperada e novos tradutores de textos, ainda não traduzidos ou mal traduzidos, possam revelar-se.
As grandes árvores nascem de uma pequena semente.
Língua-mãe... ou língua-avó? JCN
Por aqui se fica a defesa do latim?!... Ó terra de humanistas! Quem te viu e quem te vê! JCN
Fantástico! Na Inglaterra estão fazendo a mesma coisa com o sânscrito. Desculpa-me anunciar aqui, mas escrevi um post sobre isso em sítio.
Como linguísta, acho isto muito positivo...
E não me canso de re-clamar: que volte o Trivium!
Eu acho que evia ser o malaio, é uma língua interessantíssima. Deviam até ensinar mais línguas (há tantas!) e, já agora, música. Pensando bem, há ainda mais coisas mas não quero ser demasiado longo. O chinês, por exemplo, a escrita é uma coisa fascinante de que a maior parte não faz a menor ideia.
E porque não... o indo-europeu?!... JCN
Na final da década de 1070 contactei profissionalmente com um engenheiro alemão a trabalhar numa empresa suíça. Disse-me que estudara, como outros engenheiros, Latim, não sei dizer exactamente quanto anos. O que sei é que estranhei, porque aqui, na década de 1060, como foi o meu caso, um aluno do liceu de Ciências não o estudava, se exceptuarmos uns rudimentos muito básicos de declinações, como as do "rosa", nos 3.º ao 5.º anos do liceu.
Perdão! São, claro, as décadas de 1970 e 1960.
Américo Tavares
Um erro... verdadeiramente astronómico, ou não estivéssemos no Ano Internacional da Astronomia. É o que dá... a falta do latinzinho! JCN
Américo Tavares
Era intuitivo o erro.
Toda a gente deu imediatamente pela proximidade traidora do 0 e do 9, no teclado.
Mas não lhe fica mal a correcção, para quem não conhece o teclado.
Então e a língua gestual? O Esperanto e o Safo?
Eu acho é que é crime não se ensinar a escrita hieroglífica. Eu estudei-a e não arranjo emprego.
Enquanto países como Inglaterra e Alemanha, cuja língua não se deriva diretamente do latim, valorizam o ensino de latim, Brasil e Portugal fazem o oposto.
Hoje em dia, só alunos dos cursos de letras têm contato com este idioma. Há um grande número de alunos de história e filosofia que tem o interesse em aprender latim, mas não possuem oportunidade. Além disso, ao olharmos para sites de relacionamentos como o orkut, encontramos uma grande quantidade de pessoas interessadas pelo latim.
Disciplinas como filosofia, sociologia e letras clássicas (latim e grego) são, a meu ver, importantes para a formação intelectual dos indivíduos. Infelizmente as escolas, nos dias de hoje, se interessam somente em formar mão de obra para o mercado de trabalho, não cidadãos conscientes.
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