quarta-feira, 24 de março de 2010
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3 comentários:
LIDAR COM PEDRAS
As vilas, as aldeias, as cidades,
na sua topográfica estrutura,
têm alma própria, têm identidades
como qualquer pessoa ou criatura.
Além de um eixo de orientação,
em quase todas elas há por norma
um largo principal, cuja feição
não se deve alterar de qualquer forma.
Não se pode mexer num monumento
sem conhecer primeiro o seu passado
e seu correspondente envolvimento.
Cada lugar terá de ser tratado,
se for o caso, com discernimento
a fim de não ficar... desvirtuado!
JOÃO DE CASTRO NUNES
VASOS GREGOS
(Ode helénica)
Ao distinto Arqueólogo e Pré-hostoriador
Prof. Dr. Luís Raposo
Das mãos do oleiro trabalhando a argila
por encomenda de nações distantes
saem peças de linhas elegantes
que em tabuleiros vão secando em fila.
Ei-as no bojo das trirremes gregas
demandando as paragens mais remotas
em odisseias de furtivas rotas
sob o comando audaz dos estrategas!
Aqui, além, por essas costas fora,
a cada passo vão surgindo agora,
esbeltas como corpos femininos.
Melhor que os frisos de esculpidas cenas,
são hoje os vasos de Corinto e Atenas
o rosto dos helénicos destinos.
JOÃO DE CASTRO NUNES
Bem haja, onde começa o Doutor, avança o Poeta, esse colibrí de seda feito gente, JCN! Margea flores, eleva o valor de perceber o néctar do soneto em prol de cores distintas, das tintas portuguesas.
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