A vida é uma fracção de segundo,
num universo que não dá por ela.
Quando se nasce, está-se moribundo,
se usarmos, da galáxia, a tabela.
Nascemos, crescemos e descobrimos,
e, no fim deste arco ascendente,
após termos enfrentado abismos,
fica rápido curso descendente.
A vida humana é só um momento,
bem cheio de barulho e de fúria,
como, em fim de colossal portento,
viu Macbeth, reduzido à penúria.
Vive-se (pouco) e logo se morre,
num universo que mal se percorre.
Eugénio Lisboa
quarta-feira, 6 de março de 2024
VITA BREVIS
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